-Hey, Paul! Como você está?
Com o sorriso contagiante de Cynthia Lennon, Paul McCartney foi recebido em Kenwood, a residência dos Lennon em St. George's Hill. Nos braços dela estava o pequeno Julian, que se entretinha com um pequeno chocalho amarelo.
-Boa... -Paul mirou rapidamente para o relógio em seu pulso. -...tarde, Cynthia! Tudo bem, e com você?
Numa risada mais que agradável Cynthia deu espaço para que Paul entrasse.
-Bom dia, querido. Está tudo ótimo, mas já faz umas duas semanas que não te vejo! Onde estava?
-Bem, tirei uns dias de folga e levei a Jane comigo, então desapareci por aí pra relaxar um pouco.
-Compreensível. Ando precisando de uns dias desses também, principalmente depois desse garotinho. Muitas responsabilidades agora... Não é mesmo, fofinho?
Julian tentando morder o chocalho deu um sorriso para a mãe que sorria de orelha a orelha para ele, vibrante. Paul se encantou com toda aquela doçura e pôs logo em seguida seu baixo escorado em uma das poltronas da vasta sala, junto com uma valise preta.
-Olá, Julian! -Disse aproximando-se dele. -Você está crescendo muito rápido, rapaz!
Esperto, o garotinho esticou os bracinhos em direção a Paul, que prontamente o tomou em seus braços.
-Ele só é assim com você, sabia?
-Sério?
-Sim. Esse tempo todo ele nunca pediu colo nem a mim e nem ao John. Qual o segredo, hein?
-Talvez ele se sinta mais solto com baixistas. É isso ou meu perfume doce.
Ambos riram enquanto olhavam docemente para Julian. Conversaram ali mais um par de coisas até que Cynthia sentiu novamente a demora de John.
-Paul, eu vou ver a situação do John, ok? Você pode ficar com o Julian mais um pouquinho?
-Sim, claro, pode ir.
Cynthia apertou o passo até o quarto deles no andar de cima da casa. Indo mais uma vez tentar acordar o marido que teimava em ficar deitado. Porta escancarada, cortinas abertas, rádio tocando ao fundo. Nada acordava Lennon já naquela tarde de sábado.
-John... John... -Chamou Cynthia mais uma vez. -Paul já está aqui e esperando há quase meia hora.
-Hm...
-John?
-Hm?
-Você vai se levantar?
-Hm.
Fechando os olhos e respirando fundo, Cynthia tomou uma decisão drástica. Saindo do quarto a passos largos, ela seguiu diretamente para a sala. E tomando um semblante mais paciente, dirigiu-se a Paul dizendo:
-Eu sei que isso será terrível mas... Você se importaria de acordar o John?
McCartney prendeu um riso, mas respondeu sorridente:
-Só me dá um garfo e eu levanto aquela bunda preguiçosa de lá.
E em segundos lá estava McCartney: baixo no braço, a valise numa mão e um garfo na outra. Pronto para cruzar a porta e fazer um "mini espetáculo."
-MAS É HORA DE ACORDAR, MINHA DOCE BELA ADORMECIDA! QUE TARDE QUENTE E MARAVILHOSAMENTE ESPECIAL PARA ENSAIAR AS MÚSICAS QUE IREMOS GRAVAR SEMANA QUE VEM!
Dessa forma desligou o rádio, largou suas coisas em cima da cama e prontamente espetou a nádega esquerda de Lennon, que acordou num gemido e atordoado com tanto barulho.
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PARIS 61 - Mclennon
FanfictionColetânea de one shots McLennon. Histórias diversas entre 1957-1980.