Capítulo 48

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    Em poucos segundos, há duas dúzias de admiradores de S/N à nossa volta, na pista de dança, cantando e cobrindo-a com sorrisos, abraços e atenção. Posso ver seu rosto se iluminar e sua atitude ficar mais relaxada.

    Então ela volta a olhar para o cara uma vez, e até mesmo isso é um gesto praticamente distraído. Na maior parte do tempo, seu foco é nas pessoas à sua volta. E em mim.

    Posso ver o gelo se derreter cada vez que seus olhos encontram os meus. Quando sorrio, ela sorri também. Quando pego a sua mão, S/N entrelaça seus dedos nos meus. E quando se vira para mim, parece, pelo menos no momento, que parou de me ver como aquele canalha que ela desejaria que tivesse caído embaixo de um trator.

    Sua expressão está brilhante e feliz, e ela parece estar realmente satisfeita.

    - Obrigada. Você é um ótimo agente de descafajestização.

    - Ah, esse não é o meu método favorito. Acredite. Mas se a faz feliz, por mim tudo bem.

    Ela desvia o olhar timidamente, mas volta a me fitar, incapaz de resistir ao magnetismo que há entre nós.

    - Bem, isso me faz muito feliz.

    - Então vamos considerá-lo exterminado, certo?

    Ela ergue as sombrancelhas e sorri. Vejo a garota atrevida voltar à tona. Ela se sente como se pudesse enfrentar o mundo, capaz de derrotar qualquer coisa, inclusive um ex-namorado.
    
    Está pronta para pular de cabeça. E eu estou pronto para agarrá-la.

    - O que você tinha em mente? - pergunta S/N de forma recatada, passando a língua nos lábios.

    Olho ao redor do salão e localizo a sinalização dos banheiros. Então lanço um sorriso para ela, seguro as mãos dela e me afasto da multidão, indo em direção aos toaletes. Sem perder o contato visual.

    Seu rosto está vermelho e seus olhos, arregalados de excitação. Ela não sabe o que tenho em mente, mas acho que pensa que é algo malicioso. E parece tranquila em relação a isso, o que me deixa ainda mais confiante.

    Enquanto nos dirigimos aos banheiros, ela não volta a olhar, nem mais uma vez, para a mesa daquele cara, mas de rabo de olho, consigo vê-lo. Ele diz algo à garota que está ao seu lado e se levanta para ir embora. Parece zangado, o que me faz sorrir de modo pretensioso.

    Quando chegamos ao pequeno corredor do lado de fora dos banheiros, puxo S/N para junto de mim e a beijo. Ela é receptiva e flexível e, em poucos segundos, está acariciando meu cabelo e apertando seu peito contra o meu.

    Eu só planejava beijá-la para que aquele babaca pudesse nos ver, mas S/N não está pensando mais nele.

    E, agora, nem eu.

    A música começa a diminuir à nossa volta, e ela dobra os joelhos e esfrega a perna na minha. Eu me abaixo e passo os dedos na pele macia da sua panturrilha. Então ela segura a minha mão, guiando-a até seu quadril. Atendendo ao seu sinal, com a mão em forma de concha, aperto sua bunda.

    Seu gemido faz cócegas na minha língua, provocando vibrações na minha parte inferior. Tudo enrijece da cintura para baixo. Quando a beijo, que era para ser apenas uma provocação, se torna ardente, deixo de pensar em tudo, exceto na garota nos meus braços.

    Consigo tatear a maçaneta da porta atrás de mim e abri-la, para podermos entrar no banheiro. Faço uma pausa durante um segundo para recuperar o fôlego e olhar ao redor. Estamos no banheiro feminino.

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⏰ Última atualização: Dec 26, 2018 ⏰

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Louca por você - Tom H.Onde histórias criam vida. Descubra agora