A NOVA VINGADORA

18

_ São três da manhã, Steve, devemos voltar? _ Pergunto assim que ele se levanta e arruma sua roupa. O melhor é que consigo ver quase metade do seu abdômen. _ Acho que rasguei um pouco demais.

_ Você acha? _ Ele pergunta olhando para a camisa e sorrindo _ E não, não podemos voltar agora. Tudo está sendo monitorado por câmeras, se voltarmos, todos serão acordados.

_ Mas somos nós!

_ E há pessoas com poderes de transformação. Podemos ou não sermos nós realmente. _ Fiquei confusa! _ Logo a frente tem uma cabana secreta, Tony construiu por causa de suas saídas noturnas quando estava brigado com a Pepper. Podemos passar a noite ali.

Subimos em sua moto e em determinado minuto ele entra pela floresta, seguindo uma trilha até chegarmos na cabana. Ele coloca seu veículo dentro da cabana, para que ninguém saiba que tem gente aqui.

A cabana é toda de madeira, eu olho para o sofá e me jogo no mesmo.

_ Sexta-feira, tranque tudo. _ Steve fala e ouvimos as janelas e portas sendo trancadas.

_ Será que tem vinho em algum lugar? _ Pergunto e Steve me olha assustado.

_ Na adega secreta do Stark _ Sexta-feira responde e eu me levanto.

Volto alguns minutos depois com duas taças e uma garrafa de vinho. Steve pediu para sexta-feira preparar uma pizza para nós dois e nos sentamos no sofá.

_ Por que duvidou de mim? _ Pergunto.

_ Quando?

_ Sobre o cara na balada, duvidou da minha capacidade.

_ Eu não duvidei de você, apenas quis te proteger, cuidar para que nada de ruim acontecesse contigo. _ Eu sorrio com sua resposta.

_ Bem, você parece ter curtido bastante com festa do meu estilo, agora eu quero curtir com um estilo das festas de sua época.

_ O que você está dizendo Cris? _ A dúvida estampada em seu rosto me fez sorri.

_ Sexta-feira, toque Glenn Miller. _ Digo e a música começa a tocar. Steve ri e eu me levanto.

_ O que está fazendo?

_Eu quero que você me ensine a dançar essa música. Ei, eu conheço essa! _ Afirmo sorrindo.

_ São músicas conhecidas, mas tudo bem._ Ele se levanta e segura minha cintura, me puxando para mais perto do seu corpo. _ Me dê sua mão, isso. Agora coloque a outra em volta do meu pescoço e me deixe te conduzir.

_ Eu não sabia que dava para dançar rápido abraçado com alguém. _ Falo e rio.

Depois, começou a tocar outra música.

_ Eu gosto desta, é mais lenta. Deite sua cabeça em meu pescoço. _ Ele fala e eu chego mais perto.

_ Assim?

_ Exatamente assim. _ Ficamos dançando por alguns minutos, e parecia que eu ficava cada vez mais relaxada.

Assim que a música terminou, eu afastei minha cabeça e o olhei. Minha mão ainda estava segurando seu pescoço. Ele começou a me encarar e percebi que aos poucos ia chegando mais perto de mim. Eu me afasto e respiro fundo.

_ Acho que devemos nos deitar. _ Digo recuperando o ar.

_ Sim, vamos.

Caminhamos em direção ao quarto, mas paramos ao ver que só há uma cama de casal.

_ Durma aqui. _ Steve fala e eu o olho.

_ Mas e você?

_ Eu posso dormir no sofá.

_ Não. _ Digo e puxo seu braço. _ Acho que podemos dividir a cama.

_ Não acho uma boa ideia.

_ Eu acho perfeito. _ Digo e puxo sua cabeça até a minha. Olho para seus lábios por alguns segundos e sorrio antes de encostar minha boca na sua. Ponho meus braços ao redor de seu pescoço e ele faz o mesmo com os seus em minha cintura. 

Eu o levo lentamente até a cama, e tiro meu moletom rapidamente. 

_ Posso tirar o que restou da sua camisa? _ Pergunto rindo.

_ Só se você deixar eu tirar a sua.

Quando dei por mim, estávamos deitamos na cama, seminus e abraçados. Steve começou a beijar meu rosto e pescoço.

_ Sexta-feira, apague as luzes. _ Peço e tudo fica escuro.