Only Your Babygirl - Camren (Finalizada)

Clary

O NOME DELA É JENNIFER

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Três meses depois

-Não façam barulho, ela acabou de dormir. -Diz Normani, descendo as escadas de forma impecável. Ela estava simplesmente divida em seu vestido longo e colado, lastrado por pedras de brilhantes na cor vermelho sangue. Seu salto batia contra o porcelanato fazendo ecoar pela sala um pequeno som.

-Tem certeza que podem fazer isso? -Pergunta Dinah, visivelmente preocupada. Normani não tardou até estar ao lado de sua esposa, com o braço rodeando sua cintura. Dinah estava simplesmente incrível em seu vestido azul, um pouco mais solto que o de Normani, mas que também havia lhe caido de forma perfeita.

Não. Pensei, mas pela minha boca não saiu um som se quer. Desde que Clarissa, ou Clary, como gostamos de chamar, nascera, o casal não havia tido tempo de aproveitar nem um pouco na vida, e bem, eu queria poder ajuda-las. Nós, na verdade. Eu e Camila.

-Eu e Lauren damos conta de uma criança de três meses. Não é como se fosse um daqueles dragões que quando você corta uma cabeça, nascem outras três. -Diz a latina, se aproximando de mim, mas não o suficiente para que eu pudesse toca-la ou senti-la.

-Vão logo, antes que eu mude de idéia. -Falo, e ambas me encaram. Por um segundo eu paro e encaro Camila, que abre um sorriso em minha direção. Logo estávamos empurrando Dinah e Normani para fora de sua própria casa.

Normani foi de bom grado, diferente Dinah que não se contentou em ir sem repetir pela milésima vez tudo o que precisávamos fazer.

Respirei aliviada quando finalmente ouvi o som do carro saindo da garagem, mas esse silêncio não durou muito, já que graças ao barulho do portão, gritos passaram a ecoar por todo o ambiente.

Respirei fundo e corri escada acima, seguindo em direção ao quarto da pequena Clary, que assim que me viu entrar, apenas parou um segundo para me encarar, e quando eu achei que estava tudo bem, o choro estrondoso voltou a ocorrer.

Não me demorei a aproximar-me, mas Camila foi mais rápida ainda assim. Ela parecia muito mais confiante do que eu me lembrava. Ela tomou Clarissa nos braços, e passou a balança-la, o que a acalmou nos primeiros cinco minutos, mas logo ela voltou a chorar.

-Ei meu amor! -A chamo, mas ela nem se quer se da o trabalho de me encarar. Logo eu a pego dos braços de Camila, e me dirijo até o berço, pegando um bico e colocando o mesmo em seus lábios, que colo se fecham por sobre ele, e passam a suga-lo.

-Vamos fazer uma mamadeira? -Pergunta Camila, e eu assinto.

-É só enquentar o leite no microondas. -Falo, mas Camila faz uma careta em resposta.

-Claro que não, Lauren. É só colocar o vidro de leite que Dinah deixou, numa panela com água. Logo vai amornar. Temos que esterilizar a mamadeira também. Ela é muito novinha pra ficar entrando em contato com bactérias.- Diz Camila, me surpreendendo como sempre. Cada vez que eu achava que a conhecia ao menos um pouquinho, ela me provava o contrário. Essa menina estava em constante mudança.

Camila e eu descemos para a cozinha, mas antes, precisei trocar a fralda de Clary, e colocar nela uma roupa de frio, pois as dez da noite, o vento, mesmo com todas as janelas e portas fechadas, estava gélido e cruel para uma criança recém nascida.

-Não acha que exagerou? -Pergunta Camila, e eu redireciono meu olhar para ela.

-Não, inclusive acho que deveria colocar um casaco também. -Falo, e assim que ela dá um passo a frente para se aproximar, dou outros dois. Eu e Camila haviamos nos tornado bastante próximas, mas eu evitava toques para não fazer nada que possa me arrepender depois.