III

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Assim que chego a parte de trás do edifício vejo Erik marcando uma das árvores. Passo por ele falando.

- Convoque uma reunião agora com os outros líderes, te encontro aqui. - ando apressado para o lado do edifício e logo estou em frente. Caminho para onde Leo e Agna estão.

- Tem três homens e duas mulheres no rio. Estão desacordados. - Leo me encara e se levanta do local onde se senta.

- Quem são? Inimigos? Querem atacar nosso grupo? - ele abre as mãos aos seu lado e curva uma perna.

- Não sei quem são, se cobrem como nenhum outro grupo, praticamente o corpo todo está coberto. Uma das mulheres está ferida. - Leo assente e se vira para Agna.

- Volto logo. - ele a puxa para seus braços e ela se prende em seu pescoço colocando as pernas ao redor de seu quadril. - Não deixe as crianças saírem do abrigo. - Agna sorri.

- Não demore. - ela lança um olhar ameaçador para mim. - Proteja Leo. - Salta de seus braços e cai apoiando uma mão no chão.

- Protejo os meus! - digo rispidamente. Caminho de volta e Leo me acompanha.

- Leo! - paro e Leo olha para trás - Ensine bons modos para Madroc ou terei que chutar as bolas dele qualquer dia. - bufo e volto a caminhar. Algumas de nossas mulheres olham com curiosidade e Lisandra para a minha frente.

- Saia! - digo com autoridade.

- Posso ir? Parece que vão caçar. - desvio de Lisandra e volto a andar.

- Não! Não pode! Se tentar me parar novamente terei que te assustar. - ouço ela suspirar e Leo ri.

Voltamos para os fundos do edifício.

- Temos três homens e duas mulheres no rio. Precisamos trazê-los para cá e descobrir por que estão por aqui. - Começo a correr e sinto os outros perto. Assim que chegamos a ribanceira os líderes tomam passos cautelosos, descemos para a água e cruzamos o rio. Assim que chegamos do outro lado caminho para a mulher ferida. Os líderes se aproximam e analisam. Me debruço sobre a mulher ferida e cubro seu corpo com o meu, Tarço e Vincent tentam se aproximar e abaixo a cabeça olhando de forma ameaçadora . Leo se aproxima.

- Eles tem um cheiro doce. - assinto virando a cabeça para ele. Ele limpa a garganta - Levem eles e coloquem dentro do perímetro de prisioneiros. - Assim que ele retornam a água Leo aponta para ela - Posso? - Me levanto e sento do lado direito dela. Ele se aproxima de seu pescoço e fica por alguns segundos. - Ela também. Quer que eu a carregue? - nego e ele se afasta.

Pego ela nos braços passando um braço por baixo de seus joelhos e outro abaixo de seus braços. Levanto e vou para a água. Assim que a água cobre meu corpo solto um braço e apoio o outro abaixo de seus seios. Nado para o outro lado e volto a segurar ela firme contra mim. Subo a ribanceira e assim que alcanço o topo Leo fala.

- Quer que eu leve? - olho para ele furioso.

- Não! - ele ri.

- Ela não pesa? - assinto.

- Como uma pena. - digo e ele parece se divertir. Algo me diz que tanto humor não é bom. Assim que chego ao edifício caminho para onde os outros foram deixados. Uma barreira alta em forma de círculo feita com troncos é o local onde estão. Três líderes ficam a porta. Caminho para a escadaria de pedras do edifício.

- Para onde vai levá-la? - Leo questiona.

- Para meu piso. - ele parece irado.

- Ela não vai ficar com os outros? Não sabemos quem eles são! - ele bufa - E se forem perigosos para meus filhos!? Ela fica!

Madroc - Série Esquecidos - Onde histórias criam vida. Descubra agora