XXXIII

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Eles já estavam em cima praticamente do abrigo dos loucos. Os tambores soavam a todo vapor e ele queria acabar com aquele som que perturbava a paz da floresta. Se posicionaram ao redor do abrigo e ajustou as soqueiras na mão. Ia quebrar alguns narizes para variar.

Assim que os tambores diminuíram um pouco o barulho Draco e todos os arqueiros começaram a atirar. Em segundos os homens que guardavam ao redor estavam no chão mortos. Invadiram o lugar e os gritos começaram. Tinha pegado eles desprevenidos. Demoraria para matar todos, mas ia fazer o trabalho com paciência. Aquele grupo ali já era. Podiam ter simplesmente ido para outros lugares como muitos fizeram, mas preferiram tomar o outro lado do rio e ainda pegar a mulher dele. Era inadmissível. Acertou a cabeça de um deles e o cara caiu duro no chão. Havia quebrado o crânio dele com a força que o acertou. Outro cara se aproximou dele com tanta velocidade que quase levou uma facada na nuca. Lisandra gritou furiosa e pulou nas costas dele enrolando as correntes dela em seu pescoço. Puxou e em seguida havia uma cabeça rolando. Madroc olhou para trás e sorriu. Sabia que ela estava brava com ele.

- Eu disse para ficar atento porra! - ele ia levar um soco depois provavelmente. Assentiu. Tirou os manguais da cintura e começou a girar eles no ar. Ia lutar de verdade. Começou a andar girando eles e assim que um cara atirou uma lança em sua direção ele decidiu usar suas habilidades. Girou o mangual exatamente no momento que a lança ia acertar seu peito. O barulho dos metais se cruzando era extremamente alto.

Em sua direção vinham alguns dos Loucos. Homens e mulheres armados até os dentes estavam prontos para derramar o sangue daqueles que haviam invadido o abrigo. Madroc avançou sobre alguns e acertou o que estava em seu caminho. A violência que se estabeleceu ao redor era realmente inexplicável.

Enquanto lutavam tentando avançar para o meio do abrigo deles Aisha estava dentro da tenda aterrorizada e desafiando aquele imenso homem que dizia que agora era tinha um dono. Queria quebrar a cara dele, mas se ele soprasse ela sabia que seria lançada longe. Ele era enorme. Assim que ele disse que ela seria dele sentiu a raiva subir. Ela não era.

- Olha aqui... Eu não sou sua não seu... Seu ... - Como que ela poderia ofender aquela montanha de músculos. Estava realmente assustada. A voz dela tinha ido embora assim que ele voltou a caminhar em sua direção. Ele simplesmente agarrou ela pela cintura e a tirou do chão. - Me solta agora! - Ia ser desastroso. Se debateu e esmurrou o homem em sua frente com força, mas ele parecia feito de pedra. Estava começando a se desesperar realmente. Ele ia obrigar ela a ficar com ele. Não queria aquilo. - Me larga seu monstro horrível! - Sentiu quando ele soltou seu corpo sobre o material fofinho. Assim que atingiu o chão tentou se levantar e correr, mas antes que pudesse o homem estava sobre ela. Mentalmente estava rezando para que aquilo fosse um pesadelo. Só conseguia pensar em Madroc. Queria que ele invadisse aquele lugar e tirasse ela dali. Queria que ele ficasse possessivo o suficiente para matar aquele homem antes que ele tentasse algo. Seus olhos estavam repletos de lágrimas e ela temia pelo que ia acontecer. Tentou sair de seu domínio, mas o homem havia prendido suas mãos acima da cabeça e estava retirando a roupa que ela estava. Ele a manuseava como uma boneca e aquilo era assustador. Sentiu quando o vento tocou sua pele. Estava sem nada e a humilhação que sentiu foi absurda. Gritar ou pedir por socorro era inútil, pois os tambores do lado de fora soavam altos demais e não tinha como sequer ser ouvida.

Seu medo foi maior quando ele prendeu os braços dela com uma mão só e começou a despir-se com a outra. As lágrimas estavam caindo e ela sabia que não ia poder sair dali. O homem se debruçou por cima dela e ela sabia que se não tentasse com todas as suas forcas, seria abusada ali.

- Me solta! - tentou se mover, mas era impossível. Estava imobilizada abaixo dele. - Não... Por favor.- implorou.

Leo estava ao lado de Madroc e avançava no mesmo ritmo acertando alguns caras. Ele sabia que teria que ficar de olho no grandão ou ele poderia cometer a besteira de deixar algum deles acertar ele com tudo. Sabia que Madroc estava focado, mas com os ouvidos em alerta para qualquer possibilidade de escutar Aisha e bastaria que ele escutasse um A dela que perderia completamente a atenção do acontecia ao seu redor e ia apenas tentar alcança-lá. Madroc estava cego de raiva a cada vez que entrava mais e mais dentro do abrigo deles. Sem se importar se matava os homens ou as mulheres foi derrubando o que via. Queria acelerar, mas sabia que tinha ir no ritmo que eles tentavam matar eles.

Madroc - Série Esquecidos - Onde histórias criam vida. Descubra agora