IX

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Ando pela floresta de volta para a lagoa e paro assim que vejo o bumbum de Aisha virado para meu lado. Ela se abaixa e pega o top e o coloca. Engulo seco e viro para trás parado. Olho para as copas das árvores e fecho os olhos.

"Ela não é para você!" Recordo de Agna correndo para me encontrar antes de voltar para cá.

- Não tem curiosidade Madroc? - me virei e olhei ela de cima abaixo.

- Sobre? - ela cruzou os braços.

- Aisha... - ela sorri - Ela nunca foi vista nua, sabe o que quer dizer. - ela suspira - diferente de muitas de nossas meninas ela ainda não foi tocada, já tocou em alguma assim? - nego. Ela sorri mais largamente - Imagina ser o primeiro homem a tocá-la? Bom... Pode ser que Leandro também queira. Quem está mais perto?

"Filha da puta!" 

- Madroc? - me viro e desejo que ela esteja fora dessas coberturas.  - Vamos? - assinto e estendo a mão. Ela coloca a dela sobre a minha e está super gelada.

- Com frio? - ela ri e olho para o chão pisando com cuidado.

- Sempre estou. - "Quem está mais perto?"   "Foda-se!" Puxo ela pelo braço e sinto uma dor pulsante no meu braço ferido. Passo o braço ferido por baixo de seus joelhos e o bom por baixo de seus braços, a puxo contra meu peito.

- Ma-Madroc? - ela passa um braço por cima de meus ombros e coloca o outro apoiado em meu peito.

- Te desço assim que pisar na grama. - ela respira descompasadamente, mas não se oferece para descer.

Assim que piso na grama coloco ela no chão. Ela desce e se abraça, olho para seu rosto e ela morde o lábio. Começo a andar e ignoro meu corpo tentando responder.  Ela me acompanha.

- Suas costas estão realmente feridas. Dormir nas folhas não vai machucar ma...

- Peguei uma das coberturas usadas no inverno. - interrompo enquanto entramos no edifício, vamos em direção as escadas. Assim que começo a subir ela parece gemer.

- Hum... - me viro subindo os degraus com cuidado.

- Está tudo bem? Tem dor? - ela balança a cabeça freneticamente me olha e desvia o olhar. - Aisha? Está tudo bem? - ela não responde. Paro de andar e ela continua resmungando algo incompreensível. Volto a caminhar e passo a mão pelos cabelos. Hoje deixei eles o dia todo solto e por isso ele está mais selvagem. Aisha está com os dela caindo em cascata pelas costas. Ela sobe apressada, quase correndo. - Não posso te ajudar se não dizer o que tem! Fez o mesmo som na lagoa agora a noite. - ela leva as mãos ao rosto e tropeça nos degraus. Seguro sua cintura e giro ela equilibrando na parede. Ela ofega, olha para meu rosto e desvia olhar. Aperto o maxilar e começo a sentir muita raiva "Quem está mais perto?" - Qual o problema? Quer me dizer algo? - digo com raiva emanando na voz ela nega levantando as mãos trêmulas e pressiona meu peito me afasto e ela volta a subir. Confusão me define.

Assim que chegamos em meu piso ela para. Forrei as folhas com coberturas de pele de urso e já deixei a fogueira acesa antes de voltar para a lagoa. Colocando a parte felpuda para cima, assim o pelo macio vai amortecer as folhas e não machucar minhas costas. Seu coração bate tão forte que posso ouvir. Suspiro e paro em sua frente segurando seus ombros.

- Você está passando mal? - ela nega novamente e fecha os olhos.

- Não saia amanhã antes do dia amanhecer! Eu realmente não consigo dormir depois que você sai. É frio aqui. - ela abre os olhos e parece soltar o ar. Rio.

- Era isso? - pergunto. Ela assente. Solto seus ombros e uso uma mão para segurar seu queixo. "Quem está mais perto?" Olho para sua boca e sinto meu corpo responder. Seguro seu queixo e olho para baixo. Aperto o maxilar. "Merda!" Ela tenta baixar a cabeça e seguro firme.

Madroc - Série Esquecidos - Onde histórias criam vida. Descubra agora