O improvável amor.

Capítulo 12.

Callie Torres

Fui despertada pelos raios solares que invadiram meu quarto pela janela, que eu esqueci de fechar a janela ontem, abri um sorriso e virei para o lado mas não encontrei a loira que dividiu a cama comigo por essa noite, que dormiu agarrada comigo como se eu fosse fugir a qualquer momento, e eu amei dormir com seus braços enlaçados em mim, e sua respiração tranquila contra meu pescoço.

Abro um gigante sorriso olhando para o teto de barriga pra cima pensando em como foi bom dormir com Arizona, em como está sendo bom compartilhar cada segundo ao lado dela, Robbins disse que ia me conquistar e acabo por morder os lábios quando percebo que ela está conseguindo me conquistar totalmente, eu já estou entregue a isso, eu não sei ainda o que eu sinto, eu só sei que é bom e que eu quero cada vez mais estar ao lado dela.

Sou arrancada dos meus pensamentos por ouvir uma voz murmurar "droga" e uma batida, levanto meu corpo me apoiando no antebraço na cama e mordi o cantinho do meu lábio inferior ao ver Arizona só de toalha com seus cabelos molhados e o corpo, aparentemente ainda úmido e curvada mexendo no pé, provavelmente deve ter batido ele na minha mesa de estudos, soltei uma risadinha e ela me encarou séria mas sorriu.

- Está rindo da desgraça da sua futura  namorada logo cedo? - acenei positivamente com a cabeça e ela abriu boca em um perfeito "O" indignado e semicerrou os olhos para mim e veio andando na minha direção. - Você é tão cruel, Torres.

Ela me agarrou e assim eu acabei deitando de novo e ela por cima de mim, e distribuiu vários beijos por todo meu rosto me fazendo soltar uma risadinha e ela beijar a ponta do meu nariz, eu franzi o rosto com isso e ela me deu um longo selinho.

- Eu daria tudo para ter sido acordada assim, mas você não pôde esperar. - fiz um bico em drama.

- Você estava linda dormindo, e eu ia te acordar depois que me vestisse, você que se apressou. Então - pincel ou meu nariz com seu dedo, e minhas mãos se mantinham em sua cintura sobre a toalha, mas era tentador querer colocar a mão na sua bunda, não sei porque - a culpada é você, Calliope! - beijou minha testa e se levantou, meu corpo reagiu mal a ausência do dela.

- Você é abusada! - ri e me sentei na cama cruzando as pernas em "borboleta" - por que levantou tão cedo?

- Eu sou acostumada, eu raramente  acordo tarde, tenho que está com muita ressaca ou muito cansada. - ela deu de ombros. - Já guardei a roupa que me emprestou, não coloquei para lavar para você sentir meu cheiro todas as vezes que quiser.

- Você se acha!- Revirei os olhos e rimos.

Ela se aproximou de mim, e disse perto do meu ouvido.

- Eu não me acho, eu sou! - se afastou e piscou. - Bora, Torres, levanta e se arruma, ainda temos que passar na minha casa antes de irmos.

Ontem a Arizona me disse que iriamos a um lugar especial para ela, eu fiquei extremamente curiosa, eu sou uma pessoa curiosa mas eu estava tão cansada e querendo tanto aproveitar o corpo dela junto ao meu que não quis perguntar.

- Irmos, especificamente, aonde?- perguntei tentando obter respostas.

- Não vou te dizer, Calliope! É uma surpresa. Eu acho que você vai gostar.

Revirei os olhos por ela não querer me contar, levantei e fui bufando para o banheiro e ela riu de mim sonoramente. Tirei minha roupa e entrei embaixo da água gelada, isso mesmo, gelada para acordar, eu não costumo e nem gosto de acordar às 9h da manhã em um sábado, e pela "animação" de Arizona ela havia acordado muito mais cedo que eu. Tomo um banho bom, que me faz acordar e lavo meus cabelos, ainda nem pensei que roupa eu vou usar hoje.