Capítulo 46.

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Callie Torres

Aquela ligação mexeu comigo e certamente mexeria com Arizona também, principalmente com ela. Após desligar o celular, me sentei na cama procurando as melhores palavras para contar a minha namorada o que estava se passando.

- Callie, quem era? - ela me pergunta agoniada.

- Era a Megan.

Ela me olhou confusa.

- Megan do orfanato? - eu assenti- Está tudo bem com as crianças? Quem tá no hospital?

-Está tudo bem com eles. Ela ligou porque...

- Porque...- fez um gesto com as mãos me incentivando a continuar.

- Porque a família que está com Noah ligou para lá hoje.- eu engoli a seco quando seus azuis me fitaram com angústia.- Noah está internado.

- O quê? Mas, como assim? O que houve? - Arizona perguntou com seus olhos cheios de lágrimas.

- Eu não sei direito, amor. Eles só ligaram pro orfanato porque ele começou a ter muita febre a noite e chamar por você, eles gostariam que você fosse até o hospital. - Olhei para Arizona e ela já estava procurando uma roupa para se trocar.- Ué, aonde você vai?

- Vou até o hospital, qual é mesmo?

- Arizona, você não sabe voltar para cidade sozinha.

- Callie, eu preciso. - ela falou quase liberando suas lágrimas.

Eu levantei e fui até ela, a abracei e beijei calmamente seus lábios.

- Meu amor, é perigoso você sair nesse estado agora, sem nem saber como voltar. Noah está bem, eu prometo. Vamos descansar e amanhã nos vamos juntas até ele e eu vou te ajudando vendo no celular como chegar na cidade.

Ela ficou me olhando com suas lágrimas insistindo em cair, tenho certeza que estava pensando em negar. Mas ela respirou fundo e concordou.

- Tudo bem, mas vamos bem cedo, eu preciso ver o meu pequeno.

- Tudo bem. Vamos bem cedo.

Deitamos na cama e logo Arizona se entregou ao sono.

Megan, na ligação, me contou que Noah sonhou com Arizona e começou a chorar chamando por ela, então ele começou a sentir febre e dores, tudo de fins emocionais, mas Arizona já estava muito mal com Noah lá com outra família para eu contar isso para ela. O médico disse que seria bom se o motivo dessa crise emocional fosse ver o pequeno para que ele se sentisse melhor, devido a isso, a família procurou o orfanato e solicitou a presença de Robbins.

Pedi a Deus que cuidasse do pequeno Noah, me aninhei nos braços de Arizona que logo rodearam meu corpo e adormeci.

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Na manhã seguinte acordei com, literalmente com o sol me dando bom dia, a janela tinha dormido aberta e os raios solares invadiram o quarto. Arizona estava tão cansada do tempo que passou dirigindo que nem havia se mexido, então eu levantei, fiz minha higiene matinal, fechei a janela e deixei o quarto todo escuro novamente para que minha namorada não acordasse e desci para preparar um café da manhã para a garota que me faz feliz sempre.

Chegando na cozinha encontro meu pai tomando seu precioso café.

- Bom dia, papa! - beijo sua bochecha.

- Bom dia, Hija! Dormiram bem?

- Perfeitamente. Mas Arizona e eu vamos voltar hoje para a cidade.

Meu pai me olhou.

- Como assim, Calliope? Você nem ficou aqui direito. Namoro que afasta você do seu pai, não é um namoro saudável.

O improvável amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora