CAPÍTULO TREZE

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A N G E L I T A

A chuva ainda caia de leve, abro meu guarda-chuva e saio do orfanato, decidida em ir caminhando para casa, já que no caminho iria comprar uma pizza para o meu jantar.

Paro na pizzaria, peço minha pizza, e espero; quando ela está pronta, a pego e volto a caminhar para a minha casa... Estou caminhando distraída, com uma pizza em uma mão e meu guarda-chuva em outra, quando vejo um carro começar a andar devagar do meu lado, a janela se abaixa, revelando Luke, que me analisa com o olhar; retorno a olhar para frente, ignorando a sua presença. De repente o carro para e ele abre a porta.

- Entre. - manda e o olho, franzindo o cenho. - Aproveite a carona, garota. - murmura, deslizando para o lado, deixando um espaço para que eu sentasse.

Bufo e entro no carro, fechando o guarda-chuva, e o pequeno caminho é feito em silêncio. Luke me encara o tempo todo e eu só consigo pensar que deveria ter vindo de tênis, meus pés doem como o inferno.
Ignoro a sua presença, até o carro parar em frente ao meu prédio.

Na realidade, só penso em querer chegar nos meus aposentos, colocar minhas pernocas para cima e comer a minha pizza. Saio do carro e dou a volta nele, indo para entrada no apartamento, e assim que passo pela porta dele, a vejo abrir e ele sair, apenas garoava e não abrir o guarda-chuva.

- Que mal educada, me convide para subir. - murmura, em seu jeito mandão, que (pelo amor de Deus!) estava me irritando.

- Não quero sua presença na minha casa. - digo e caminho para o meu apê, Penso que ele se foi, mas quando entro no elevador e as portas estão prestes a se fechar, vejo ele colocando a mão, a impedido que feche, e entra sem dizer nada. Tenho vontade de mandá-lo se foder ou mandá-lo me foder, porém uso de toda a minha elegância para segurar minha pizza e ficar calada. Chego no meu andar e saio, Luke parece uma sombra e acho que faz para me irritar; pego minha chave na bolsa e abro a porta, entrando, não me importando em fecha-la, pois se ele quiser mesmo entrar, apostaria um rim, que ele arrombaria sem pestanejar.

Tiro meus saltos com os próprios pés e gemo com a sensação de ter meus dois filhos livres, no chão frio; ponho a pizza na mesa, ainda ignorando sua presença, até que ele bufa atrás de mim.

- Vai continuar me ignorando? - pergunta e o olho sorrindo, como um anjo que estou longe de ser.

- Querido, eu vou sentar e comer. Ou você se senta ou vai embora, e pare de me irritar. - digo e vou para a cozinha, pego uma coca e dois copos.

Eu era completamente viciada em coca cola, era um dos meus maiores vícios de bebida.
Vou para a sala e Luke já está sentado com uma fatia da pizza na mão, comendo; me sento ao seu lado, pondo coca nos copos e lhe entrego um e ele virá bebendo metade. Puta merda! O homem comia rápido, bebia rápido, será que ele fodia rápido? Devo está com uma cara de curiosa.

- Porque essa cara? Quer me fazer alguma pergunta? - indaga grosseiramente e apenas bebo minha coca.

- Nada. - respondo e peço um pedaço de pizza que já veio cortada e começo a comer, o vejo sorri de canto e franzo a testa. - O que foi? - indago e ele dá outra mordida. Acaba de mastigar e depois responde:

- Pensei que a princesa ia pegar o grafo, faca e prato, para comer a pizza. - zomba e sorrio mastigando.

- Pensou errado, como tudo que você pensa sobre mim é. - ele ergueu a sobrancelha.

- Tudo bem, minha linda anjinha. - ele usa toda sua ironia. - Você é uma pessoa tão boa... eu que sou mal e estou te fazendo a vilã. - diz .

- Estou longe de ser um anjo, mas você não está longe de ser um monstro. - digo, sugestivamente, e ele termina de beber a coca e sorri.

RAINHA DA VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora