Capítulo 58

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POV Barbara Palvin

O número de seguranças aumentou gradativamente desde nossa volta do Canadá. O motivo daquilo tudo ainda era desconhecido por mim, talvez eu nem queira saber o porquê de ter mais de cem homens espalhados pelo quintal de casa, e mais seis quando eu saio no portão nem que seja para colocar o lixo na rua. O que me deixou ainda mais espantada foi o fato de que a casa, em três dias, se tornou uma verdadeira prisão. Não pelo fato de me sentir presa, mas sim pelo fato de que agora havia grades em todas as janelas, cerca elétrica de alta voltagem mesmo o muro sendo muito alto, e outra tecnologia em todas as portas que só abrem com a minha digital, a digital do Justin ou a senha dos meninos e da Maria.

Eu pensei em vários motivos que poderiam levar o Justin a reforçar a segurança, mas nenhuma veio a minha cabeça. Talvez possa ser um inimigo de outro estado, ou até um traficante da cidade vizinha querendo roubar o território dele. Nunca se sabe.

O número de seguranças aumentou também pelos corredores da boate que era o local aonde eu andava nesse exato momento. As paredes, como de costume, eram um vermelho escuro, no chão havia pisos escuros e os seguranças contendo, cada um, uma metralhadora e uma pistola na cintura.

Abri a porta do escritório de Justin de uma vez, o vendo mexendo em alguns papéis sobre a mesa e com o seu notebook ligado na sua frente. Não demorou muito para ele notar a minha presença.

- O que você está fazendo aqui? -Perguntou, colocando os olhos em mim e depois voltando para os papéis. Parecia que ele procurava por algo.

- Eu vim ver meu namorado. -Falei caminhando lentamente até ele.

- Seu namorado está ocupado. -Disse, se afastando da mesa e abrindo a gaveta, começando a procurar por algo. Me sentei em seu colo, fazendo ele parar de procurar e me olhar. - Quem te trouxe?

- Ryan.

- Eu falei pra ele te distrair hoje, não te trazer aqui.

- É, mas ele não pode me dar o que eu quero.

- E o que você quer?

- Você. -Falei, e ele riu pelo nariz voltando a olhar para a gaveta e procurar por algo. - Eu estou com saudade.

- Eu também, amor. Mas eu te falei que ficaria ocupado, não falei?

- Sim, mas eu continuo com saudade. -Disse, e ele me olhou respirando fundo.

- Eu também sinto saudade de você. -Falou me dando três selinhos rápidos e voltando a mexer na gaveta.

- O que está procurando?

- Preciso de um documento. -Falou, começando a ficar nervoso. - Eu vou ir para o Panamá hoje, preciso de drogas novas.

- Mas e aquele seu amigo de Las Vegas? -Perguntei confusa, lembrando de quando fomos naquela festa que só tinha bandido.

- Ele não quer mais vender pra mim. E não pergunte o motivo, nem eu sei. -Disse fechando a gaveta com força, e voltando a olhar os papéis sobre a mesa.

- Então vocês não brigaram? -Perguntei e ele negou com a cabeça, visivelmente irritado com isso. - Você precisa relaxar.

- Não tem como. -Falou, e bufou encostando as costas na cadeira. - Eu estou cansado. Em um dia, fiquei treinando todos os novos seguranças, no outro tive que cuidar de algumas coisas da boate e hoje o Dollan não quer mais vender mercadoria pra mim.

- Eu sei um jeito de você relaxar. -Falei, me levantando e me sentando de frente pra ele.

- É? E como é esse jeito? -Perguntou safado, colocando suas duas mãos nas minhas coxas me fazendo sorrir.

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