𝘰𝘯𝘦

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S T E V E

Me sentei no chão, encarando meu filho e marido, Peter tentava entender uma conta de matemática que eu não tenho a mínima ideia de como fazer, por isso deixo a tarefa para o Tony.

- Então esse número aqui, vai elevar a esse e você vai ter esse resultado. - Tony disse.

- Tá bom, pai! - Peter suspirou pesadamente.

- Eu acho que isso é falta de uma boa pizza do Brooklyn! - meu filho sorriu animado.

- Hm, eu também acho! - Tony concordou.

- Quais sabores? A Carol me ligou ainda pouco e disse que chega daqui a pouco com a Nat. - sorri.

- O tio Bucky, tio Thor e tio Loki também! - Peter disse mais animado olhando a tela do celular.

- Vamos comigo, garoto? Vou precisar de ajuda! - ele se levantou em um pulo.

- Claro, pai! Podemos passar na MJ? - ele me encarou com os olhinhos brilhando, não consigo dizer um não para essa criança. - O pessoal está vindo para cá, mas ela disse que não tem como sair de ônibus a essa hora.

- Tudo bem, pirralho. - Tony disse.

- Pai, eu tenho 16 anos. - arqueou as sobrancelhas.

- 16 anos e ainda pede ajuda com continhas de matemática. - se levantou parando na frente do Peter.

- Porque você me odeia? - fez drama.

- Você sabe que é o maior amor da minha vida. - disse sorrindo. - Não conta isso para o seu pai, eu disse isso para ela pela manhã. - franziu o cenho fazendo o óculos que estava em seu rosto subir e descer graciosamente.

- Eu ainda estou aqui, ok! - eles riram. - Vamos, Pete. - me aproximei do Tony e selei nossos lábios rapidamente. - Te amo! - ele sorriu.

- Eu também te amo! Não demora, você sabe como o pessoal é! - sorri.

- Você nem vai perceber que eu saí. - sorri abertamente.

Eu e Tony nos conhecemos no colegial, começamos a namorar na faculdade e casamos um tempo depois de nos formamos, eu fazia curso de artes e ele de física. Adotamos o peter a onze anos, ele tinha apenas cinco, os pais haviam morrido em um acidente de carro, assim como os pais do Tony. Lembro dele nem ter ido ao enterro, se trancou no laboratório e ficou por lá uns quatro dias. Os pais não aceitavam a sexualidade dele, por isso nunca quiseram me conhecer, mas nunca pararam de falar com o filho, apenas me apagaram, como se eu não fizesse parte da vida do filho deles, eu nunca questionei.

- Pai? Está tudo bem? - Peter perguntou quando se sentou ao meu lado no meu audi a8.

- Sim, filho! Eu só tava pensando em como você cresceu e o tempo passou rápido, nossa! - ele sorriu.

- Pois é, eu falo assim mas não quero que meu pai pare de me chamar de pirralho, eu até que gosto! - eu ri baixo e ele me encarou. - Não conta para ele.

- Será o nosso segredo. - ele riu e se calou.

O tempo em NY está tão frio que me faz bater o queixo, mas mesmo assim eu e Peter usávamos apenas calça e casaco de moletom, meias grossas, chinelos e toucas. O rosto do meu filho estava tão vermelho que me deixava preocupado. Liguei o aquecedor rapidamente.

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora