𝘴𝘪𝘹

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S T E V E

Peter se despediu da Michelle que logo acenou para mim, meu corpo estava cansado. Eu não esperava nada disso e agora parece que a vida acabou para mim.

- Você está horrível, passou a noite em claro? - meu filho perguntou se sentando ao meu lado, os olhos dele estavam inchados.

- Sim, me acostumei a dormir com alguém do lado. - sorri fraco.

- Quando ele viajava você dormia. - sussurrou.

- Eu estava sozinho fisicamente, mas sabia que ele voltaria para casa e iria dormir comigo, mas agora nada disso faz sentido. - suspirei.

- Bom, eu posso ficar com você. - sorri para ele. - Eu não posso mudar nada disso a essa altura, mas eu posso dar o meu apoio.

- Me desculpa por deixar você presenciar isso, mas eu estava nervoso. - ele passou a mão no meu ombro.

- Pai, eu iria descobrir uma hora ou outra, meu pai está errado. - acelerei.

- Sim... - disse apenas.

Ficamos em silêncio por um tempo, mas Peter soltou um soluço alto. Me senti mais culpado ainda. Estacionei rapidamente.

- Peter! - tirei o cinto e abracei ele. - Vem cá, não chora, por favor. Me desculpa, eu sinto muito! - ele se apertou nos meus braços.

- A culpa não é sua, meu Deus. - ele chorava desesperadamente. - Eu não acredito que ele foi capaz de fazer isso, eu... - apertei ele mais.

- Não chora, anjinho. - eu disse fraco. - Olha, seu pai te ama, o que ele fez comigo foi horrível, mas eu não quero que você sinta raiva dele nem nada. - enxuguei as lágrimas dele. - Eu já estou me sentindo culpado o suficiente, não sinta raiva dele.

- Eu não sinto raiva, eu só estou chateado. - suspirou. - Imagina se ele traz aquela mulher para nossa casa?

- Ele não vai. - eu disse. - E se levar, eu arranjo uma casa para nós dois. - sussurrei. - Tá bom?

- Uhum. - beijei a testa dele.

- Quer ir no Thomas? - ele assentiu.

Me arrumei no banco e coloquei o cinto de segurança, o caminho até o Thomas foi silencioso, mandei algumas mensagens para Bucky. Logo ele estava conosco ali, como nós passamos o dia juntos ele sabia de tudo.

- E ai, Rogério. revirei os olhos.

- Para de me chamar assim. - suspirei.

- E ai, Peterzinho! - bagunçou o cabelo dele.

- Ai tio! - resmungou. - Pai será que dá tempo de escolher o Stranger como padrinho? - sussurrou. - Pelo menos eu ganharia presentes caros.

- Hm, então você não quer isso? - Bucky empurrou uma caixa branca com uma fita vermelha para Peter.

- Meu Deus, é o que eu estou pensando? - eles se encararam, se não fosse por um momento difícil eu estaria rindo descontroladamente.

- Abre. - eu disse rindo fraco.

- É eu também estou curioso para saber o que é! - Peter encarou Bucky.

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora