𝘯𝘪𝘯𝘦

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T O N Y

Steve se levantou para abraçar uma mulher, ele sorria tanto que parecia que o rosto dele iria rasgar, minha única certeza é que eu estava vermelho de raiva.

- Tony, pare com isso! - encarei a Pepper furioso. - O que foi? Uma hora ou outra ele iria descobrir, Tones.

- E daí? Era para você ter ficado quieta, nós não estamos juntos, Potts. Temos um contrato apenas. - disse alto e pude notar o olhar de Nat sobre mim.

- Você não deve falar isso, Anthony! - suspirei frustado.

- VOCÊ NÃO DEVIA FALAR TANTA COISA E FALA, QUE DROGA POTTS! - gritei e agora está todo mundo encarando nós dois. - Perdi a fome. - joguei o cardápio sobre a mesa e dei um cartão na mão dela. - Não ouse vir atrás de mim.

Encarei Steve uma última vez e agora ele estava próximo demais da mulher, eles riam e conversavam. Meu coração parou por uns segundos. Era a Peggy, eu odiava essa garota, eles namoravam quando eu me declarei para o Steve. Isso é o que?

- Anthony? - ela disse sorrindo. - Quanto tempo!

- Eu achei pouco tempo até. - o sorriso dela desmanchou.

- Para com isso, Anthony. - Steve interveio. - Ela não tem culpa de nada, nos encontramos por acaso aqui.

- Realmente, eu não estou nem aí! - eu disse e me arrependi na mesma hora.

- Eu sei que você não está nem aí, você me traiu e além de tudo faz questão de passear com a sua amante por aí. Com licença! - ele disse baixo e passou do meu lado.

- Você vai continuar ferrando tudo até quando? Eu vou socar você! - ela pegou no meu braço e me levou para o lado de fora. - Você acha que pode chegar nos mesmos lugares que o meu melhor amigo e estragar tudo? E o pior, por um erro seu! - suspirou. - Eu não queria partir para esse lado mas eu estou com tanta raiva de você...

- Vamos embora, Nat. - Steve disse quando nos viu.

- Não! - ela avançou em mim e ele facilmente segurou ela. - Steve, pela nossa amizade me larga!

- Pela nossa amizade você vai deixar isso para lá, lembra o que eu pedi? Eu não quero que você e ninguém do grupo fique chateado com o Anthony. Eu já me sinto culpado o bastante! - ele disse e aquilo doeu em mim.

- Culpado? - eu e Natasha dissemos juntos.

- Sim, sabe... - ele fez uma pausa. - O Peter está sofrendo com isso, você e o Bucky estão se afastando dele. Tudo isso porque eu me deixei levar por algo que era de momento. - encarei ele. - Eu já falei demais, vou embora!

- Steve? - Nat chamou. - Me desculpa, eu não sabia! - ele se virou.

- Tá tudo bem, eu vou para o ateliê. - deu de ombros e saiu andando.

- Droga! - eu disse.

- Me desculpa! - Natasha disse e entrou no restaurante.

Fiquei ali parado, eu estava estatístico. Meu corpo não se movia, Nat saiu de lá do lado da Peggy e atrás estava a Potts.

- Podemos ir? - ela perguntou com ignorância.

- Vai sozinha, Potts. - suspirei. - Pede para o Happy te levar.

- O Happy me odeia!

- Vai de táxi, então. - suspirei.

- Liga para ele. - peguei o celular e disquei o número.

- Happy? - eke suspirou.

- Desculpe senhor, mas eu só sirvo ao Peter e agora a Morgan. - revirei os olhos. - Ah e ao senhor Rogers.

- Happy! - ele bufou.

- Eu não vou levar essa mulher em lugar nenhum! - ele disse. - Manda ela pegar um táxi, e também eu estou ocupado agora.

- Ocupado com o que? Quer saber? Esquece, como sabia que eu iria pedir que você levasse ela?

- Pelo seu tom nervoso, senhor. - revirei os olhos.

- Para de me chamar de senhor.

- Desculpa, senhor. Mas eu só paro quando o senhor se resolver com o Steve. - meu coração acelerou.

- Happy! - a voz do loiro cortou do outro lado da linha.

- Nem preciso responder a pergunta sobre a minha ocupação, estou levando o Steve em um lugar, depois eu falo com você! - e desligou.

- Vamos de taxi. - suspirei pesadamente e peguei a mão dela. - Happy está ocupado.

- Ele é seu empregado, deveria fazer com que ele te...

- Ele é um amigo, é como se fosse da minha família.

- Você tem que parar de ser assim, Tony.

- Tenho mesmo, o contrato acaba em dois meses sem renovação. - suspirei.

- E a Morgan? - encarei ela e ri.

- Eu e Steve estamos criando o Peter no meio de uma guerra civil, Morgan não vai morrer se eu disser que eu não amo mais você. - sorri debochado. - Até porque, ela sabe que eu nunca amei e vive perguntando se nós estamos separados e do fundo do meu coração espero que você não seja infantil e tire a Morgan de mim.

- Vamos começar que o Peter tem 16 anos. Ele é grandinho e já entende.

- A Morgan tem doze!

- E daí? - ela praticamente gritou.

- E daí que os pais do Peter MORRERAM quando ele tinha cinco anos. - eu disse rindo fraco. - Ele não morreu por isso...

- Você é um babaca, Stark. - sorri doce. - Você não vai encostar um dedo na minha filha depois disso.

- Ótimo, eu tenho o nome na certidão dela.

- Tá bom, eu vou na justiça avisar que você não é o pai! - ri.

- Sabe que você pode ser presa por isso, não é?

- Você não seria capaz. - ri fraco.

- Não seria, mas era você mesmo que iria se entregar. - dei de ombros. - Bom, vamos poupar saliva com isso! - fiz sinal para o táxi.

- Vai me largar sozinha com a Morgan? - ri e neguei. - Ainda bem...

- Vou te largar sozinha sem a Morgan, meus filhos devem se conhecer.

- Eles não são seus filhos. - eu juro que me vi pulando no pescoço dela.

- Desde o momento que eu criei, cuidei e dei todo meu amor e dedicação para essas crianças, elas são minhas filhas sim! - disse e sai andando.

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora