𝘧𝘰𝘳𝘵𝘺 𝘯𝘪𝘯𝘦

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P E T E R

- Steven Grant Rogers, abre essa porta! - ele não respondeu.

- Pai? Deixa que eu falo com ele. - eu disse calmo.

- Vai piorar a situação! - ele disse nervoso.

- Qualquer coisa eu finjo uma crise. - eu sussurrei. - Vai lá.

Bati na porta fraquinho e encostei o rosto nela.

- Pai, me escuta por favor! - sussurrei. - Abre essa porta e deixa eu te abraçar, por favor. - ouvi o trinco, mas ele não abriu por um tempo. - Papai?

- Eu só estou sentindo a casa vazia sem vocês e agora ela quer ir para Rússia, isso é demais para mim. - ele abriu a porta. - Eu não...

- Shiu, não precisa falar nada. - eu e Wade iríamos anunciar hoje de noite, mas acho que esse é o momento certo. - Eu e Wade estamos voltando para New York.

- O que? - segurei o rosto dele e sorri. - É sério?

- Sim, vamos descer. A MJ também está querendo voltar. Mas ainda não está confirmado.

Descemos a escada e Morgan veio abraçar o meu pai, eles ficaram conversando e eu resolvi dar privacidade.

- Hm, pai? Nós podemos conversar? - Tony me encarou. Wade pegou Louis do colo dele.

Fomos em silêncio para o jardim. Me sentei em um banco e abaixei a cabeça.

- O Wade apanhou na rua. - disse de uma vez. - Tem umas duas semanas, da ultima vez que viemos aqui, ele se colocou no lugar de duas adolescentes.

- O que? Vocês denunciaram, não é? - neguei com a cabeça.

- Eu queria, pai. - meus olhos arderam. - Mas não iria adiantar muita coisa, eu estou me sentindo um lixo até agora.

- Como isso aconteceu?

- Tinha uma parada gay e o Wade foi convidado, sabe, ele é uma figura pública, se assumiu na adolescência e luta a favor dos nossos direitos. - suspirei. - Tinham algumass garotas, eram namoradas e pediram para tirar foto com ele e bom. Um cara puxou o cabelo dela, queria obrigar ela a beijar ele e Wade se colocou na frente e tudo aconteceu. Ninguém viu um grupo de pessoas batendo nele no meio da multidão, pai? Eu gritei por ajuda, eram muitas pessoas a nossa volta e uns cinco batendo nele e ninguém ajudou, pai.

- Eu sinto muito, filho. Mas essa é a vida, seu pai apanhou e eu também já. A única diferença é que o nós mudamos de época, mas o preconceito das pessoas é o mesmo e independente de como vai ser daqui para frente, o preconceito vai continuar. - deitei a cabeça no ombro dele.

- Então... - solucei. - o Louis foi expulso da creche.

- Meu Deus, já? - eu ri.

- Um garoto de sete anos chamou ele de aberração. Era filho da diretora. Estava lá só para esperar a mãe e bom, ele tacou um brinquedo no olho do garoto.

- O garoto foi um idiota e o meu bebê que é expulso? Incrível! - ele ironizou.

Ficamos conversando por mais um tempo, ou melhor. Eu chorando e ele me consolando.

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora