𝘵𝘩𝘪𝘳𝘵𝘺 𝘵𝘩𝘳𝘦𝘦

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B U C K Y

Peter ficou tão pálido que eu achei que ele teria outra crise, fiquei parado ali, estava tão estático quanto ele.

- Mi-Michelle? - o garoto gaguejou, mas logo fechou a cara.

- Me escuta, por favor... - ela disse.

- Eu vou...

- Fica. - Peter me interrompeu. - Pode falar.

- Bom, eu não estou saindo com o Wade como você está pensando...

- Eu não quero saber disso. - ele resmungou.

- Peter, por favor... - ela suspirou pesadamente. - Eu nunca iria ficar com o Wade sabendo que vocês dois se amam. E ele só me pediu ajuda, eu poderia esconder que iria sair com ele naquele dia, mas preferi contar. Peter, você sempre foi o meu melhor amigo. E droga, eu sinto sua falta.

- Pediu ajuda com o que? - Peter ignorou tudo o que ela falou mesmo?

- Ele quer provar que a Sofya e a Gwen estão de armação e bom... - Peter me encarou rapidamente.

- Eu não quero saber... - ela entregou um envelope e sorriu de lado.

- Só peço que me perdoe... - ela se aproximou dele com cuidado.

- Eu, bom, eu tava morrendo de saudades e você é uma idiota! - ele abriu os braços e ela riu.

- Eu te amo tanto! - pude ouvir a voz abafada dela.

- Eu amo mais! - ele sussurrou.

- Bom, eu vou procurar o Harley. - avisei.

- Eu tô aqui. - eu me assustei ao perceber que ele estava parado ao meu lado.

- Desde quando? - perguntei levando meu braço de metal até o peito.

- Muito tempo... - deu de ombros e colocou os fones.

- Deus é mais, muito mais! - encarei o Peter.

- Eu tenho que ir, mas eu volto e peço que olhe esse envelope quando você sair daqui. Eu só quero o seu bem... - ela beijou a testa do meu afilhado. - Te amo e se cuida.

- Também te amo! - ele sorriu abertamente. - Até logo.

Ela saiu dali e deixou meu afilhado feito um bobo sorridente.

- Ai, eu tô curioso. Abre logo isso.

- Meu Deus, você me ameaçou para não fazer fofoca mas é um fofoqueiro! - meu outro afilhado disse sorrindo irônico.

- Cala a boca, moleque. - ele riu alto. - Vou te arrebentar!

- Vem na minha direção, João sem braço! - abri a boca, mas não saiu nada.

- Amei! - Peter disse rindo alto.

(...)

Steve abriu a porta e sorriu ao ver o Peter acordado.

- Que susto, garoto! - ele abraçou o filho apertado.

- Desculpa... - o garoto sussurrou.

- Não se desculpe. O seu irmão...

- Depois de tanto discutir com o Bucky dormiu. - apontou para o garoto que dormia pesadamente em cima de mim.

- O que você faz da vida cara? Você parece que tem a idade das crianças. - Steve me encarou. - Você discute como se fosse uma, né.

- O que? Eu sou maduro demais! - ele arqueou as sobrancelhas.

- Ah. Agora o nome dele é João sem braço...

- Olha, essas crianças estão muito abusadas. - encarei o Peter. Ele apenas riu. - Você vai para casa com o Harley.

- Nem pen...

- Você vai descansar! - sacudi o Harley. - Bora, seu pai está indo embora.

- Você vai ficar sozinho mesmo?

- Eu ligo para o Sam. - dei de ombros.

- Hm, ok. - abracei ele e sorri. - Amanhã eu apareço por aqui.

- Nem precisa, eu levo a criança para casa. - ele sorriu e deu um beijo no rosto do Peter.

- Até mais, amo vocês! - saiu com um leve sorriso.

Umas meia hora depois o Sam chegou, colocamos um filme e ficamos conversando. Peter e Sam eram próximos. Bom, até demais.

- E a Gwen, garoto? - Peter encarou o envelope.

- Huh, deve estar bem. - ele deu de ombros.

- Ai tadinho do Peterzinho, tá solteirinho. - Sam disse rindo.

- E você está bem acompanhado, né. - ele me encarou sorrindo e encarou o Peter em seguida.

- Ah, eu estou mesmo! - Peter sorriu.

- Ah ê, João sem braço se deu bem! - Sam não se segurou e começou a rir.

- Você pode parando, tá. - eu me fingi de ofendido.

A verdade é que o Peter não sorria assim há muito tempo e o Sam ficava muito preocupado com isso, acabou que quem saiu ganhando nessa noite foi eu, por ver meus dois amores felizes de verdade.

- Eu vou dormir, sem sexo crianças! - eu e Sam rimos.

- Boa noite, parquinho. - eu e Sam dissemos juntos.

- Boa noite! - ele disse se enrolando na coberta e dormiu em pouco tempo.

- Eu estava com saudades. - sussurrei no ouvido do homem ao meu lado.

- Eu também. - ele tentou esconder os arrepios, mas eu sorri e beijei o pescoço dele.

- Eu amo o seu perfume. - continuei sussurando.

- Barnes, para com isso. - ele disse rindo e encarou meus olhos. - Eu amo você. - disse baixo.

- Eu amo muito mais. - molhei meus lábios com a língua e aproximei nossos rostos. - Muito mais. - repeti antes de juntar nossos lábios.

Segurei seu rosto e ele colocou a mão nos meus ombros, me puxando para mais perto dele. Se é que era possível, ele riu fraco e me deu um selinho rápido.

- Estamos em um hospital, doido! - sorrie encarei ele.

- Doido para te... - fui interrompido.

- Eu to acordado, porra!

Sam gargalhou alto demais e eu calei ele com um beijo.

- Estamos em um hospital, doido! - repeti a fala dele que sorriu.

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora