𝘵𝘸𝘦𝘯𝘵𝘺 𝘧𝘪𝘷𝘦

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S T E V E

Encarei um garoto que estava sentado em um canto, sorri para ele, mas ele parecia sem esperanças.

- O que ele tem, Aidan? - encarei o assistente social que sorriu. - Está a muito tempo aqui, os pais eram usuários de drogas e por isso ninguém quer adotar ele.

- Anthony... - ele sorriu.

- É ele. - eu assenti.

- Bom, vocês sabem como funciona. - Aidan sorriu. - Eu vou começar a arrumar os papéis, dentro de uma semana vocês obtêm a resposta dee vocês. Eu vou fazer o máximo para que vocês consigam.

- Certo, obrigada Aidan. - ele sorriu.

- Conversem com ele se quiserem. - ele disse e saiu nos deixando com uma das coordenadoras do abrigo.

- Ei, cara. - ele nos encarou. - Eu sou o Steve e esse é meu marido, Tony.

- Sou Harley. - ele apoiou os braços sobre a mesa e cruzou as próprias mãos. - Bom, se vieram aqui para dizer qur vão me adotar e depois sumirem quando descobrirem o que aconteceu com os meus "pais", suponho que seja melhor para todos que vocês vão embora e me deixem em paz.

- Gênio forte, gostei... - Tony disse sorrindo. - e nós sabemos dos seus pais e não vamos a lugar nenhum.

- Sabem? - Tony sorriu.

- O que você gosta de fazer garoto? - ele deu de ombros.

- Eu gosto de máquinas, gosto de mecanismos e essas coisas. - ri fraco.

- Você tem algum tipo de ímã? - perguntei.

- Não sei do que você está falando... - Tony sorriu.

- Nem eu, me expliquem? - sorrimos para ele.

- Tony é físico e "mecânico", desculpa amor, eu não sei ao certo qual é. - Harley riu e apoiou o rosto entre as mãos. - E nossos outros dois filhos querem seguir essa profissão...

- Tadinho, a culpa é nossa se pinturas são sem graça?

- Como assim? Eu amo pintar! - abri um sorrisinho para Anthony quando Harley exclamou isso.

- Você aceita ir morar conosco? - perguntei. - Olha, você pode pensar se quiser, mas nós realmente gostaríamos de ter você como nosso filho.

- Porque vocês não adotam uma criança? Tem certeza de que eu sou a pessoa certa? - ele parecia bem inseguro.

- Bom, nós já temos a Morgan, ela tem doze mas ainda é um bebê e ninguém aqui aguenta mais cuidar de criança e sim, temos certeza de que você é a pessoa certa. - Tony disse calmamente. - Mas a escolha é sua, se você quiser ir conosco, nós damos um jeito e te levamos.

- Eu quero! - ele quase gritou e eu sorri abertamente. - Desculpa. - disse olhando em volta.

- Vamos falar com o Aidan e você vai estar conosco logo logo. - eu disse.

- Senhor Stark? - Aidan apareceu com os papéis na mão. - O conselho não quer liberar ele.

- O que? - nós três dissemos juntos.

- Bom, o senhor é famoso e o Steve também é, vocês assumirem esse relacionamento agora prejudicou a ficha de vocês e pode prejudicar a vida do jovem Harley. - o garoto riu.

- Eu já saquei a sua, Aidan. - ele se levantou. - Você inventou essa história de pais drogados, todos sabem que meus pais morreram em um acidente, meu irmão foi levado e você nunca permitiu que eu saísse daqui.

- Garoto, você não tem direito de falar assim...

- Eu tenho e você vai escutar. - ele estava vermelho e a voz embargada. - Eu quero ir embora dessa merda, me deixa sair daqui, ninguém gosta de mim pelas coisas que você inventou.

- Harley... - ele começou a chorar.

Fiquei sem reação, o garoto nos encarou.

- Perdão. - e saiu dali.

- Eu vou voltar em uma semana e quero ele pronto para ir para casa. - Anthony disse. - E você sabe que se eu estalar os dedos você perde o cargo.

- Senhor Stark, essa criança não sabe o que fala. - ele estava nervoso.

- Sabe sim e você sabe exatamente o que fazer. - se levantou e saiu.

Encarei ele e respirei fundo, passando a mão pelo rosto.

- Você vai acreditar nisso, Stee? - ele tentou me tocar. - Nos conhecemos a muito tempo para você simplesmente não acreditar em mim.

- Aidan, você e eu fomos criados juntos e é exatamente por isso que eu sei que você está mentindo. - me aproximei dele e abaixei um pouco para ficar cara a cara com ele. - Eu sei o que você pode fazer quando está com raiva e você sabe exatamente o que eu posso fazer se você descontar a raiva nele. Agora faça o que o meu marido falou. Passar bem.

Sai dali e Anthony já estava dentro do carro, no banco do carona para ser mais exato.

- Se eu dirigir é bem capaz de acontecer alguma merda, então dirige você. - passou a mão pelo cabelo. - Você demorou, o que aconteceu?

- Deixei um aviso para o acesso de raiva dele. - dei de ombros.

- Você está muito calmo. - sorri.

- Nós vamos levar o menino para casa. - passei o polegar em sua bochecha. - Vai dar tudo certo, confia em mim!

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora