𝘵𝘩𝘪𝘳𝘵𝘺 𝘵𝘸𝘰

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P E T E R

Me separei do Harley e ele sorriu.

- Você é um idiota! - suspirei e ri.

- Ah, qual foi. O nome disso é preocupação. - ele balançou a cabeça em negação e me apertou em mais um abraço.

- Certo, só não repete isso. Na próxima eu não perdoo. - ri baixo e suspirei pesadamente.

- Obrigado por se preocupar, cadê nossos pais? - ele sorriu bagunçando meus fios de cabelo.

- Mandei eles para casa, eles não saem daqui tem três dias. - sorriu fraco. - Espero que não tenha problema, mas o Steve não parava de chorar e o Tony já estava preocupado demais. Ai o Killmonger disse que você estava bem e eu achei que podia...

- Você fez certo, H. - ele suspirou aliviado.

- E aí, o que quer fazer? - ele me encarou. - Eu trouxe um jogo de casa, quando eu fiquei aqui...

- Você ficou aqui?

- Uhum, Morgan teve uma febre braba e os pais tiveram que cuidar dela. - meu coração apertou.

- Mas ela está bem agora? Como ela está? - ele me entregou um controle.

- Está ótima, acho que era saudades, já que depois da consulta dela, ela passou por aqui e melhorou bastante.

Começamos a jogar em silêncio, Harley era péssimo o que me causava boas risadas.

- Você foi para escola, não é? - ele não me olhou.

- Sim, Tony obrigou. - dei de ombros. - Como sabe?

- Hm, você está usando tênis. Você odeia usar qualquer calçado que não sejam chinelos e meias... - ele pausou o jogo e me encarou.

- Você me conhece a quanto tempo, Petey? - ele riu.

- Eu reparo nas coisas, só isso. - dei de ombros. - Conheceu alguém?

- Ah, Gwen me apresentou a escola. Muitas pessoas vieram perguntar sobre você, só a Sofya veio falar comigo sem interresse em você... - ele sorriu timidamente.

- Oh, aquela água de salsicha? - ele gargalhou alto. - Ela me odeia com todas as forças...

- Ah, teve um que veio super preocupado perguntar sobre você. - arqueei as sobrancelhas. - Um tal de Wade.

- Oh... - ele sorriu me encarando, meu rosto estava quente.

- Que bonitinho, você aí todo vermelhinho. - ele riu me zoando.

- Cala a boca! - empurrei ele fraco.

- Mas me conta aí, qual o seu problema com a gatinha ruiva? Sinceramente, eu achei ela um grude. Chatinha, mas né... - ri um pouco alto.

- Bom, ela vivia em cima do Wade e ele dizia que ela era melhor amiga dele. Bom, isso até o dia em que ela disse que ele agarrou ela a força. - deu de ombros. - Ele nunca negou, vivia me chamando de inseguro e tal.

- Ele me falou sobre isso... - sussurrou. - Bom, a Sofya disse que vocês se odiavam. Mas ele disse que é perdidamente apaixonado por você.

- Certo, eu não quero mais saber dessa conversa. - interrompi.

A realidade é que eu não superei o Wade e acredito que também não vou superar, continuamos jogando mais algumas partidas.

- Por Deus, eu tive que trancar os pais de vocês dentro de casa. - Bucky disse entrando no quarto. - Como você está?

- Bem melhor! - ele me deu um abraço rápido e entregou um pacote para o Harley.

- Você precisa comer, está aqui por tempo demais...

- O-obrigado, James! - ele estava vermelho e olhava para qualquer canto do quarto.

- Por nada. - se sentou ao lado dele.

O desconforto do.meu irmão era engraçado, mas ao mesmo tempo estranho.

- Buchanan, o que fez com o meu irmão? - perguntei quando ele levantou com um suspiro pesado e disse que precisava de água sendo que tinha uma três garrafas de água ali.

- Pare de me chamar assim e digamos que eu meio que ameacei ele para não contar algo que ele viu... - dei de ombros.

- E isso seria você aos beijos com o tio Sam? - ele engasgou.

- O que disse? - ele limpava a boca freneticamente. - Eu vou matar esse moleque.

- Calma lá, surtado. Todo mundo já sabe desse rolo a muito tempo. - ele arqueou as sobrancelhas.

- Como? Nós dois não damos a entender nada disso.

- Bom, desde que namorado visionário da Wanda largou ela, ela saí com o Loki e o Sam fingiaque pegava ela, mas vocês dois sempre estão juntos e o que você estaria fazendo na casa do Sam naquele dia do sonho do meu pai? - ele suspirou.

- Nós só não queriamos que ninguém surtasse com isso.

- Pelo amor de Deus, nossa família é quase toda LGBT.

- Eu sei, mas o Sam quer privacidade.

- Isso vocês nunca vão ter... - ele riu. - Quanto tempo?

- Dois anos...

- O que? Tio, se meu pai descobrir ele mata vocês dois.

- Eu sei, estou tão ferrado...

Batidas na porta me interromperam, não poderia ser o Harley, ele não bate nas portas. Bucky levantou e foi até a porta e abriu a mesma lentamente. Flores e cabelos castanhos entraram no meu campo de visão.

- Oi, Pete. - encarei aquela pesso incrédulo, Bucky estava tão surpreso quanto eu.

- O que faz aqui?

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora