𝘵𝘩𝘪𝘳𝘵𝘦𝘦𝘯

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S T E V E

Depois que o Erik deu alta para o Peter, Happy veio buscar a gente. Agora eu com certeza estou emburrado e Peter está irritando o Happy. Bom, eu queria ir para a MINHA casa e agora estamos indo para casa do Tony.

- Pai, chegamos! - encarei Peter um pouco entediado.

- Certo. - ele saiu do carro e abriu a porta da frente.

- TIO STEVE! - a voz da Morgan se fez presente me fazendo sorrir a abertamente e abrir os braços e ela pular no meu colo.

- Oi, mini Stark! - ela beijou minhas bochechas. - Como você está bonita de amarelo. - ela alisou o macacão.

- Obrigada, foi a mamãe que me deu. - sorri.

- Cadê ela? - olhei em volta.

- Foi para casa dela... - se aproximou do meu ouvido. - ela e o papai brigaram e se separaram. - ela disse um pouco alegre demais.

- E você está feliz? - encarei o rostinho delicado dela.

- Ele gosta de você, titio. - ela disse sorrindo. - A mamãe é chata, ele não gosta dela.

- Você não deveria falar assim da sua mãe, Morgan!

- Ela não gosta de mim. - abaixou a cabeça.

- Ela te ama, Morgan. - ela balançou a cabeça e mostrou o braço. - O que é isso? Tony! - ela escondeu o braço.

- Não conta! - ela disse assustada. - Ele pode saber.

- O que eu não posso saber? - Anthony perguntou me encarando.

- Nada! - Morgan falou.

- A Pepper está batendo na Morgan. - levantei o braço da garotinha.

- Tio... - ela agora fala como uma adulta. - Eu vou no banheiro, não fala nada.

- Entendeu porque eu não larguei elas? Pepper dizia que iria tirar ela da minha vida e quando eu tentei ela me mandou fotos da Morgan bem marcada e disse que faria pior se eu não voltasse. - eu não tinha reação e me senti um idiota.

- Eu não sabia, Tony.

- Não tinha como, eu quis te poupar disso. - sussurrou.

- Tony... - ele balançou a cabeça.

- Não, tudo bem! - suspirou. - Eu não queria te magoar.

- Tony, eu não me importaria se você tivesse me falado, eu entendo os seus motivos, eu perdi os meus pais ainda era pequeno e sei como é difícil. - ele abaixou a cabeça. - Mas eu tô aqui com você, não vamos deixar ela pegar a Morgan de novo. - ele estava próximo demais e eu senti que não iria aguentar mais nenhum segundo sem beijar ele.

- Senhor Stark, o molho vai queimar se você não desligar ele agora. - ri e encarei o homem na minha frente.

- Você é péssimo na cozinha. - fui até o local. - Deixa eu te ajudar. - me aproximei do fogão desligando o molho.

- Você é um anjo que caiu do céu na cozinha. -ri alto e encarei ele. - Bom, o frango está no forno, acho que não queimou.

- Ainda está cru. - eu disse e fechei a porta. - Você aprendeu o tempero?

- A única coisa que eu aprendi nesses anos todos. - sorriu se sentando no balcão.

- Você está bem? - ele me encarou confuso.

- O que? - ele tombou a cabeça para o lado.

- Qual foi, eu te conheço a tempo o suficiente para saber que você não está bem. - ele a abaixo a cabeça.

- Eu só estou cansado, não consigo dormir tem dias, sabe... - ele suspirou.

- O espaço vazio na cama. - ele assentiu.

- Tentei dormir em todas as camas dessa casa, até no sofá eu tentei. - eu abaixei a cabeça.

- Entendo perfeitamente. - ele sorriu fraco.

- Pois é...

- A Morgan se trancou no banheiro e está chorando. - Peter disse da porta.

- Fica aqui, eu falo com ela. - eu disse e nem esperei resposta.

- Pai? - Peter chamou.

- Eu explico depois. - bati na porta do banheiro. - Mini Stark?

- Oi? - ela fungou.

- Pode abrir a porta? Eu prometo que não vou chamar seu pai. - silêncio. - Eu não vou deixar ela te levar. Nunca mais. - sussurrei. - Abre aqui. - ela abriu e me abraçou.

- Eu não quero que ela chegue perto de mim. - me abaixei.

- Eu não vou deixar. Eu vou cuidar de você. - beijei a testa dela.

- Promete? - ela levantou o mindinho.

- De dedinho! - enlacei nossos dedos.

Abracei ela mais uma vez e peguei ela no colo a levando para cozinha, ela colocou a cabeça no meu ombro quando eu comecei a cantarolar put your head on my shoulder. Tony estava encostado no balcão e sorriu para mim, Peter estava olhando o forno.

- O que está fazendo, criança? Já disse que você não pode mexer no forno enquanto ele estiver ligado.

- Eu tenho 17 anos! - revirei os olhos.

- Ainda é um pirralho! - encarei Tony indignado. - O que?

- Você estava aí sentado e nem falou nada. - ele riu e se sentou na cadeira.

- Fica tranquilo, ele faz coisa pior com a MJ! - encaramos ele espantados.

- PAI! - Peter berrou e saiu da cozinha falando coisas desconexas.

- Tony, porque não vai jogar com a Morgan? Eu já vou colocar a mesa e chamo vocês. - entreguei a criança para ele.

- Certo. - ele sorriu.

(...)

Coloquei a comida no prato cor de rosa da Morgan, ela sorriu abertamente.

- A comida do papai é horrível! - soltou e então tampou a boca.

- É mesmo, não se preocupe! - Peter e eu dissemos juntos.

- Isso é ódio acumulado contra a minha pessoa? - Tony perguntou.

Encarei a mesa e me senti completo pela primeira vez em semanas, me senti em família, Tony me encarou e eu sustentei aquilo por um tempo, até ele soltar uma risada fraca e desviar o olhar, como eu consigo me apaixonar mais ainda por ele? Mesmo depois de tudo eu percebo que a cada dia que passa eu amo mais esse homem.

Que inferno de homem!

𝘽𝙀𝘾𝘼𝙐𝙎𝙀 𝙄 𝙃𝘼𝘿 𝙔𝙊𝙐Onde histórias criam vida. Descubra agora