Capítulo #2 - Carta anônima

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O senhor Forreta estava sentado diante do monitor da sua sala de comando no sétimo andar do grande edifício Álamo

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O senhor Forreta estava sentado diante do monitor da sua sala de comando no sétimo andar do grande edifício Álamo. O telefone branco estava próximo a uma pilha de papeis que teria que assinar naquela manhã, e as paredes de vidro lhe permitiam sentir como se não houvesse qualquer divisão entre seu escritório e os prédios vizinhos. Jéssica saíra havia poucos minutos, deixando ali uma carta que o perturbou profundamente...

O papel veio anexo a escritura do grande casarão onde inaugurariam o seu maior projeto nos últimos anos: O reality show: Watch-Pad. O nome era sugestivo: "Assistir" (Watch) "num acolchoado" (Pad), além de soar como o nome daquela famosa plataforma de escritores...

Forreta suou frio assim que leu pela primeira vez, as palavras ainda dançavam em seu inconsciente:

"Eu não podia estar lhe dizendo isto, não quero me envolver mais, mas... há coisas que... Oh, meu Deus, eles ainda estão por perto. A casa, você precisa ter muito cuidado. Não são forças que seguem a lei deste mundo, nem o pacto. Há um risco. Eles querem... não consigo...

Os artefatos são a salvação com a maldição. Não liberte! Cuidado! Isso tem que parar.

Pelo portão que muitos se puserem a entrar, um apenas há de sair e se salvar!"

Levantou-se e foi em direção ao seu bebedouro particular.

Jéssica fora enfática quando questionada por três vezes, minutos atrás, sobre a entrega do envelope:

— Não senhor, ninguém viu quem deixou isto na correspondência hoje cedo e, não há registros de câmera, nada. Pensamos até que nem tenha vindo junto com o malote principal. – Disse olhando a outra pilha de correspondências que deixou, a maior parte dívidas ou respostas de patrocínio.

— Vá! Quero saber que brincadeira de mau gosto é essa... – Despachou-a.

A água gelada percorrendo a garganta o trouxe de volta à realidade da carta e das dívidas. Simplesmente não podia adiar a produção. Investira tudo nisto, não havia marcha atrás. Não podia se dar ao luxo...

— Droga! – Bradou, dando-se conta que não poderia tomar todo conteúdo do copo. Atirou-o no cesto e se voltou para as dívidas. Que fazer? A penhora poderia ser iminente. Pensou em telefonar para a única pessoa de confiança que julgava ter. Mas era uma jogada arriscada...

Sua mão tocou os primeiros envelopes, queria sentir algo, foi então que se deu conta do terceiro dos embrulhos, um grande patrocínio das corporações Mega. Uma salvação?

O grande incidente trouxe ao mundo uma grande realidade, onde as plataformas não eram as maiores donas da verdade. A humanidade era uma parte do conjunto maior agora, onde as coisas funcionavam baseadas no grande pacto. Daí o fato de os inscritos não o surpreenderem tanto agora. Não deu tanta atenção a coisa toda, mas a carta...

Watch-Pad: O reality show de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora