Capítulo #16: Scripts

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Desde que retornou da mansão onde trabalhou na preparação do cenário da festa junto a uma equipe relativamente numerosa, Caruso se reuniu com todos individualmente

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Desde que retornou da mansão onde trabalhou na preparação do cenário da festa junto a uma equipe relativamente numerosa, Caruso se reuniu com todos individualmente.

— Então este aqui será o meu papel hoje? – Disse um Minas um tanto quanto insatisfeito.

— Sim, e veja se desta vez consegue se controlar... – O outro respondeu, visivelmente insatisfeito com a cena com Samantha e Kasten.

Caruso saiu deixando-o ler o material enquanto se preparava, era tranquilo mesmo para alguém que não sabia atuar – como era o seu caso – o que tornava tudo muito mais natural.

— Saímos todos daqui em meia hora! – Alertou, segundos antes de a porta se fechar às suas costas.

— Oi, eu me chamo Carol e sou fotógrafa! – A moça loira disse, contrafeita, próxima a outra que tivera que tomar aulas de decoração para lidar com Eva.

Caruso se reunira com todo o grupo de roteirização minutos depois, era um fato que o título de roteirista júnior era algo que não conseguia conceber, no seu entender sua mente brilhante era grande demais para estar respondendo a alguma outra pessoa que não fosse seu líder maior.

— Onde diabos estão aqueles dois? – Indagou a outro dos roteiristas júnior.

— Estão por aí. O que vamos montar para a festa?! - Desconversou.

Era um grupo composto de cerca de dez pessoas, tendo à cabeça Dino – seu apelido – um verdadeiro dinossauro no que diz respeito a experiência com roteirização. Algo que, embora inesperado por telespectadores, está sim presente em todo reality show que se preze. Não se trata de dar um texto para que os participantes atuem, na verdade, até aqueles ratos de laboratório não fazem ideia de que estão sendo manipulados. No final das contas é colocar um pedaço de queijo em um labirinto onde o ratinho faminto só tem à opção de persegui-lo. A ideia o excitava, principalmente sendo um conhecedor do roteiro maior.

— O DJ na festa foi finalmente contratado – dizia Dino – é um drogado famosinho que até toca lá um bom som. Com a verba que tínhamos não dava pra pagar o melhor dos melhores, mas também não poderíamos colocar um cantor de boteco, né?

Todos riram, menos Caruso, que se levantou e anunciou que tinha outra coisa a fazer:

— Chefe? Eu preciso encontrar os apresentadores...

— Caruso, você está voltando lá, certo? Acha mesmo que a ideia de colocar estes freelancers no meio da festa? É ousado...

— O que seria do mundo se não fossem as pessoas ousadas? Agora preciso ir... tenho que me preparar, e estar lá para garantir que tudo saia como esperado...

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