Capítulo #37 - O começo do fim, ou o final de um começo?

27 3 4
                                    

            − O que você acha que está fazendo?! – A voz profunda do regente retumbou no interior da cabeça da rainha de um dos reinos, por um breve momento ela tocou a têmpora, parecia que a coisa toda nem estava se desenrolando vários metros adi...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

            − O que você acha que está fazendo?! – A voz profunda do regente retumbou no interior da cabeça da rainha de um dos reinos, por um breve momento ela tocou a têmpora, parecia que a coisa toda nem estava se desenrolando vários metros adiante dos seus olhos, e sim na própria cabeça. O próprio Negromante parecia petrificado ao seu lado, se existiam experiências de quase morte, com certeza estava tendo uma agora.

Agora não havia apenas um rapaz diante de si, havia também um homem feito com aparência de quarenta a cinquenta anos, alto, ombros largos e o cabelo salpicado de fios brancos. Parecia atemporal com aqueles óculos escuros que bem lembravam cascos de tartaruga. O mais jovem o fitou de onde estava:

− Meu senhor... – disse.

− Você me envergonha! – O recém chegado admitiu, e em seguida cuspiu para o lado.

− Existe outro meio – começa o que acabara de se levantar – a purifi...

− O que fizeram contigo? – Interompe – Você se iguala a estes seres inferiores... viu o que fez? Você se dá conta?

− Eu apenas compartilhei o nosso...

− Não ouse me interromper! Nunca antes alguém se negou a purificar! Este povo está perdido, não são dignos de escolhas, são péssimos em fazê-las, eles...

− Eu sei o que são! Eu estou aqui! A purificação não é a saída para tudo! Eles amam, eles tem esta coisa de ter uma ligação entre si, é meio idiota racionalmente olhando, mas isso aflora ações neles que podem ser melhores que a consequência da lógica.

O rapaz se deteve, demonstrava-se visivelmente impressionado com a resiliencia do outro por deixá-lo interromper e terminar a frase. Vinhas, no entanto, podia ver o que o outro tinha: supresa. De certo modo o medo era um sentimento e a sensação de se surpreender também. Estavam em um mundo envolto por esta coisa estranha, um mundo humano como deve ser...

Quando o regente mais experiente retomou fôlego, a voz ainda não tão firme quanto era enojada:

− Tudo o que eles tem são ilusões...

− Eles tem sentimentos e...

− ELES TÊM ILUSÕES!!! ELES TÊM DELÍRIOS DE GRANDEZA QUE SÓ PRODUZIRÃO GUERRAS, FOME E MORTE! ELES DEVEM SERVIR A ALGO MAIOR! DEVEM SE RENDER A FORÇA DE SEUS SOBERANOS UNIVERSAIS! ELES SÃO RATOS IMUNDOS! NO FUNDO NO FUNDO, ESTÃO DESESPERADOS POR UM CONTROLE MAIS CAPAZ E SUPREMO! – Vociferou o maior.

− ISTO É ESCRAVIDÃO! SE FIZERMOS EXATAMENTE O QUE ELES FAZEM, ENTÃO NÃO SOMOS MELHORES QUE ELES!!!

− Co-mo é que vo-cê ou-sa fa-lar as-sim com seu soberano! – A mão do mais forte foi na garganta do mais jovem, erguendo-o ligeiramente acima da relva. Os olhos se escancararam em um duelo de sustentação, até que resolveu tornar a deixá-lo no chão.

Watch-Pad: O reality show de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora