O Ébano - Capítulo 21

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Coloco o celular no viva voz e coloco no suporte do carro.

- Alô, amor?

- Sue...

- O que foi? Você não é de estar ligando...

- Eu só estava com saudade.

- Owwwt.

- Você vem, né? Para o Baile de Inverno da escola?

- Claro que vou! Seremos Rei e Rainha este ano.

- Você acha?

- Eu sou linda! Você é o mais gato da escola toda! Com certeza.

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Ângela ligou para mim hoje...

- O que a mamãe queria?

- Uma novidade - fala com empolgação - mas não vou falar nada. Ela quem vai dar a notícia.

- Odeio surpresas.

- Ah, para de ser bobo. Amor, preciso ir, nesse fim de semana vou pra Raventown...avisa seus pais, vou ficar na sua casa.

- Quando você e a mamãe estão juntas...é impossível ficarmos debaixo do mesmo teto.

- Seu idiota! Tchau, beijo.

Quando ela desliga, só a música baixa no rádio preenche o interior do carro. Depois que deixei o David com o "amiguinho" em casa, comecei a dar voltas e voltas pela cidade. Eu até pensei em ir a Kerry, uma cidade próxima, só para não ter de ir pra casa.

Eu sei que não deveria me sentir assim, mas ficar em casa é sufocante. Amo minha mãe, meu pai, meus irmãos...mas sinto que eles cobram muito de mim.

Penso que para minha mãe ter ligado para Sue, é porque algo grande vem aí. Respiro fundo, me preparando.

Passo pelos grandes portões de ferro entalhado, seguindo pelo estrada de tijolos de pedra, ladeando a fonte e parando na frente da Casa Grande, como muitos locais chamam. A casa é de granito, pedra e mármore negro. Uma grande porta de ébano para entrada. Quatro grandes janelas de cada lado no piso inferior e seis janelas grandes no piso superior, isso só na frente da casa.

Desço do meu carrinho simples e vou até a porta, nem chego a bater e ela se abre imediatamente. Roake, o mordomo está lá parado.

- Boa noite Sr. William, bem-vindo ao lar

Neve sobre o Ébano (Romance Gay) - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora