Após a discussão na mesa Luffic e Dórfus estão na adega particular da família Friguel, ele abre um vinho e começam a conversar.
– Temos que aproximar os dois Luffic. – Sua voz havia um tom de preocupação.
– Eu sei, mas como vamos fazer isso? – ele então dá um gole na sua taça de vinho.
– Há um vendedor de escravos que vive perto do porto.
– Então você quer que nossos filhos caçam esse merdinha?
– É uma forma de se conhecerem melhor, já que minha filha reluta.
– É muito perigoso.– Na verdade não, ele perdeu grande parte do apoio, após libertamos uma fragata cheia de escravos, ele está se escondendo em uma pequena casa abandonada nos limites da cidade.
– Se não tem outra jeito.
Leste, Muralha Medusa:
Muffar está vigiando no topo da muralha, a noite está fria afinal o inverno estava se aproximando, e não dava para ver muito a frente por conta da neblina, a Garganta do Diabo um dos lugares mais perigosos do reino. Os ataques nas muralhas eram frequentes e dificilmente as noites são calmas, Muffar desce as escadas de madeira que dão ao corredor, ele segue até um ponto onde da para uma escada de pedra que leva ao pátio da muralha, ele era um dos homens mais respeitados do reino, mesmo sem poder falar seu olhar fazia muitos o temerem. O céu estava limpo as estrelas brilhavam intensamente, a noite estava realmente muito linda, assim que Muffar chega ao pátio todos o olham para ele.
Mas nesse momento há um ataque de gigantes, seres muitos fortes chegando a medir mais de dez metros , eles lançam pedras contra a muralha Muffar usa Libras para se comunicar com as tropas, a luta tem início então eles ativam a Górgona uma arma que transforma quem olha em pedra, assim que os gigantes olham para a cabeça da górgona esculpida na muralha, seus olhos soltam um brilho verde e transforma todos em um raio de duzentos metros. Mas uma espada vinda do céu acerta um soldado lado de Muffar no pátio, a espada atravessa o peito do homem, a cravando no chão, Muffar reconhece a arma que possuía a aura negra, então ele passa a mão no seu pescoço lembrando do monstro que arrancou seu pai, o olho de seu irmão e sua voz quando era mais novo. Ela saca sua espada, e não demorou muito até Guerra aparecer, sem pensar duas vezes ele ataca o inimigo, mas uma flecha atravessa seu abdômen, fazendo ele cair no chão, mesmo com um ferimento ele se levanta, e começa a andar contra seu inimigo não olhou para trás pois sabia que alí seria seu fim, afinal ele tinha em mente que ele não estava enfrentando somente Guerra mas seus aliados também. Então Guerra ataca Muffar, que se defende e contra ataca apesar de estar velho ele era veloz, sua lâmina passa em horizontal na barriga do adversário, mas ele percebe que não surgiu efeito, então Guerra ataca e arranca a mão direita de Muffar que ele usava para segurar a espada, estão uma lança perfura suas costas na altura do peito e o joga para longe, na quela altura Muffar em seus últimos suspiros pensa no seu filho Jason e em sua falecida esposa, mas mesmo assim ele sem a mão direita, seu abdômen com uma flecha atravessada, e seu pulmão esquerdo perfurado ele se levanta com dificuldade, ele não abaixa a cabeça para o inimigo. Duas facas longas acertam seus ombros, ele quase caí seus homens tentam defender ele, mas ele sabia que seria inútil, então uma silhueta masculina aparece diante dele, e arranca as duas facas longas de seu ombros assim que elas saem sua alma vai junto. Então ele arranca com as mãos a cabeça de Muffar como troféu e os quatros vão embora após cumprirem seu objetivo, deixando um mar de sangue e entranhas para trás.
Já é de manhã Luffic acorda Noam, e da a missão para ele de capturar o vendedor de escravos, Dórfus o espera do lado de fora da fortaleza, assim que os dois atravessam o portal Ashy vira a cara para Noam sem entender nada.– Bem, o local foi passado para vocês, tragam ele vivo ou morto. – diz Dórfus.
Os dois saem do castelo, e seguem pelo Porto da Sereia, Noam fica encantado com a beleza do lugar, vários tipos de barco, crianças brincando, muitos comerciantes, o Sol estava agradável, a brisa do mar enchia seus pulmões de energia, ele tenta puxar assunto com aquela garota que só sabia apenas o nome.
– Ashy certo? – ela olha mas não fala nada. – então... Você não quer falar, eu respeito isso.
– Cala a boca.
– Estamos evoluindo primeira palavra que você fala deste que eu cheguei.
– Não tente ser legal está bem!
Eles continuam até a entrada da cidade sem falar nada. Até que o informante de Dórfus passa a localização exata do vendedor de escravos, eles seguem pela parte mais humilde da cidade, conhecida como Beco dos Ratos, um lugar sujo, fedorento onde viviam os pobres e mendigos, ele chegam até a casa abandonada, Ashy sem perder tempo usa seu feitiço de fogo, ela estende os braços para frente e ergue as palmas das mãos, naquele momento um pequeno círculo vermelho de magia surge.
– Encentinus. – a casa pega fogo intensamente.
– Você está louca! – diz Noam.
– Relaxa não vai se espalhar e logo ele vai sair.
– Mas se tivesse pessoas inocentes lá dentro?!
– Só tem uma pessoa lá, acha que sou idiota? Eu chequei antes, só há uma aura de mana dentro da casa. – Noam percebe, um pequeno círculo vermelho na frente, do olho esquerdo dela, então um homem gordo sai da casa em chamas, Noam não perde tempo e dá um soco na cara dele que cai no chão.
– Pegamos você. – diz Noam.
– Tem certeza? – rebate o vendedor de escravos.
Noam percebe uma sombra em cima de um telhado, ao se virar era um arqueiro mirando em Ashy, assim que a flecha e disparada Noam pula em Ashy e tira ela da direção da flecha, mas o projétil acerta sua panturrilha, o vendedor de escravos aproveita e começa a fugir Ashy, sem perder tempo olha para cima e vê o arqueiro, então lança com sua mão esquerda cristais de mana que acertam o homem na perna que cai do telhado, e despenca de cabeça quebrando o pescoço assim que encontra o chão. Ashy olha para a rua mas não encontra o alvo deles. Mais tarde no castelo Dórfus cura o ferimento de Noam, Ashy olha com desprezo para o pai e Noam e sai do aposento.
– Senhor Dórfus?
– Sim?
– Eu fiz alguma coisa para sua filha?
– Não se preocupe, eu vou falar com ela depois. Mas agora você deve descansar um pouco.
Dórfus sai do quarto, e vai até Ashy que está na varanda, olhando o por do Sol no mar.
– Filha?
– O que foi agora? Achou outro cara pra me dar como se fosse um pedaço de carne?
– Não. Escute, eu quando era da sua idade queria achar meu amor, e encontrei, na época que eu frequentei a escola de bruxaria, mas o pai de sua mãe queria as habilidades de magia, que eu possuía, então meu pai me vendeu por alguns punhados de ouro me casei para criar uma futura geração de magos assumi o nome de Friguel e deixei o nome Pérmefic para trás.
– Eu não sabia pai.
– Após o casamento descobrir o real motivo, na verdade meu pai usou aquele dinheiro entregar para um povoado que estava refugiado aqui, e como consequencia, ele se juntou a eles e partiram em busca de uma revolta em seu país de origem, soube algum tempo atrás que o rei caiu, daquela região, o povo pode viver livre de tormentos. Se não fosse aqueles punhados de ouro, talvez a histórias daquelas pessoas fosse diferente. Filha o ponto que eu quero chegar é que, as vezes devemos sacrificar coisas importantes, mesmo não querendo, pelo bem maior. Seu casamento com Noam, acabaria com os problemas das duas regiões, a nossa falta de suprimentos e a falta deles de soldados. Isso vai além de nós. Esse é o dever de líderes como você e eu, colocar o povo em primeiro lugar acima de tudo, assim como meu pai fez, mesmo sendo um plebeu.
– Mas pai! Não posso fazer isso sabendo que ele só está sendo legal comigo por causa do casamento.
– Luffic não contou para ele. – então Dórfus vai embora deixando sua filha refletir.
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Luz e Sombra
FantasyUm reino divido próspero, com um ideal de paz com a raça humana predominante, tem sua era de paz abalada, por quatro inimigos misteriosos, cujo seus ideais não passam de caos e morte, agora em um período de guerra a humanidade deve se unir com outr...