Capítulo XXII

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Lulin olha para o Ancião e os dois olham para Prim que estava chocado com o que aconteceu.

– Vamos para Priotery, temos algumas fadas e elfos lá ainda. – diz Lulin.

– Escutaram, passaremos pelo Sul e depois vamos para o Oeste, evitem o máximo possível de passar pela capital. – diz o Ancião.

– Soldados da capital são nossos inimigos agora matem todos sem piedade. – completa Prim furioso.

Após as ordens eles partem para o que restou do lar deles, levaria em torno de cinco dias se passassem pela capital, mas seguindo primeiro ao Sul a viagem aumentaria mais um ou dois dias sem parar. Em Belmuf Dórfus olha pela janela e Riga o acompanha.

– Falarei com o rei, Dórfus.

– Não é perigoso! – adverte ele.

– Eu conheço João deste crianças, não se preocupe.

– Não! Porque quer tanto falar com ele?

– Somos amigos, e quero saber o motivo do ataque, e fazer ele se render sem lutar, sou a única que pode fazer isso.

– Mas é perigoso!

– Partirei amanhã cedo, já tomei minha decisão. Boa noite. – então Riga sai do quarto, Dórfus pensa em impedir sua mulher, mas não adiantaria de nada, se ela pois aquilo na mente nada iria fazer mudar Riga de idéia.

– Tome cuidado, eu sei que ele foi seu grande amor no passado, mas estamos em eras diferente. – fala consigo mesmo com tristeza.

Na manhã seguinte João estava sentado em seu trono, seu olhar estava calmo com um sorriso suave e perverso no rosto, não demora muito até um portal oval esverdeado se abrir diante dele.

– João! – ruge Riga, estava usando uma calça justa preta, botas de cano pequeno marrons e uma blusa beje, quando entra sente uma presença maligna que fazem até sua alma tremer, mas não deixa isso resplandecer.

– Vossa Alteza, maga Riga! – corrige ele.

– Por que destruiu a capital élfica? Eu pensei ter convencido você a muito tempo que elfos e humanos poderia viver em paz!

– Você me convenceu. Mas a traição do Leste, Oeste, Norte e Sul se juntarem sem minha permissão é inadmissível!

– Isso é seu orgulho falando por você!

– Talvez, mas eu estava esperando a sua chegada, afinal eu preciso de você.
– como assim? – Riga entra em posição de ataque e invoca uma lança de ferro que surge na sua mão esquerda.

– Meu trabalho como rei é chato demais, eu prefiro lutar. – ele se levanta. – por isso que eu não sou mais o rei.

– Como? – Riga não estava entendendo nada.

– Afinal. – os olhos deles ficam pretos, e sua voz muda para um tom ameaçador. – eu não gosto de manter a paz.

– Eu sabia, quando entrei aqui eu senti uma presença diferente! Abandone o corpo do João!

– Corpo? Vamos lá Riga venha me pegar!

Riga ataca mas com máximo de cautela possível para não machucar o rei, ela ataca lugares para tentar restringir seus movimentos com a lança, mas ele desvia como se não estivesse lutando sério. Os dois se afastam para recuperar o fôlego.

– Até que você e um oponente decente! – ela pega alguma faca e joga nele que desvia para direita, sem tempo de se recompor mais uma faca é lançada, ele pula mais uma vez para mesma direção, pra se proteger, em pouco tempo ele já tinha dado uma volta na sala.

– Foram todas inúteis! – diz ele rindo.

Ele a ataca, com as mão limpas, Riga coloca a lança na frente, o golpe acerta o cabo que se quebra com tamanha força, ela acaba perdendo o equilíbrio e João aproveita e pega a parte da ponta da lança e enfia na coxa a atravessando, e a joga para longe.

– Você perdeu! – solta ele um sorriso maléfico.
– Têm certeza? – ela se levanta com um pouco de dificuldade. – ativar Selo das Mil Adagas. – cada uma das facas lançadas brilham em um tom azulado – você perdeu, foi tão tolo que não percebeu que quando me atacava eu enfiei uma das facas na sua perna.

– Então foi naquele momento? – ele relembra alguns segundos atrás, no momento que ele quebrou a lança, Riga tinha levantado a perna, ele pensará que fosse alguma forma de se defender, não esperava que ela tinha uma faca embaixo da bota, ele foi imprudente ao não perceber aquilo. – termine logo! Sua vaca! – Riga fica surpresa com a forma que ele a tratou, mas sabia que não era João.

– Eu trouxe só por precaução, mas parece que tive sorte, se não estaria perdida, Selar! – então correntes azuis claras saem da faca, que predem seu corpo e com isso a corrente de mana se prende com cada faca em volta da sala. – isso vai doer João mas me desculpe! Purificar!

João começa a gritar de dor, Riga fecha os olhos e vira o rosto, isso era muito doloroso para ela, mas não demora muito para os gritos virarem gargalhadas, ela fica surpresa e abre os olhos e olha para João.

– É um selo de espírito correto? Ele prende, e divide a alma do ser que tomou a posse de um corpo carnal, é considerado um selo supremo nesse quesito, praticamente impossível de se quebrar, eu estaria ferrado, se eu fosse um espírito maligno. – João se levanta e sem muito esforço quebra as correntes e assim desfaz o selo.

– Como é possível?!

– Simples. – João revela sua verdadeira identidade, seu corpo se torna uma sombra se mostrando como Morte. – agora não preciso mais me parecer com o rei, sua faca nem sequer encostou no meu corpo, tive que me concentrar um pouco para ela não passar no corpo.

– Onde está João?! – indaga ela com raiva.

– Vou te levar até ele. – Morte em um piscar de olhos agarra ela pelo pescoço e os dois vão parar em um lugar cheio de pedras, em um milésimo segundo. – aqui está o rei! – ele a joga no chão perto do corpo de João que estava já entrando em estado de decomposição, ele ao ver grita horrorizada. – espere ainda tem mais! – diz com uma felicidade demoníaca, ele agarra os cabelos dela e a arrasta até o corpo de Cláudia, e a joga em cima da mesma. – não é lindo?

– Por que? – diz Riga chorando.

– Por que? – ela agarra Riga novamente pelo cabelo e a levanta que solta um enorme grito de dor, assim que seus rostos se encontram ele continua em um tom de felicidade. – porque, eu amo acabar com as esperanças de mortais como você! Isso me diverte vê-los morrendo por minha causa é minha ração de viver! – então ele muda de tom para um mais frio e solitário – ou porque eu simplesmente odeio vocês. Agora vamos.

Morte prende Riga em uma cela, e coloca runas que impedem de recitar ou usar magia. Morte fica a olhando até parecer um homem magro, por volta de trinta e dois anos, seu olho da esquerda era azul, e o da direita avermelhado, seus cabelos eram longos e negros como a noite, usava uma camisa de de ceda branca e uma calça marrom e botas de couro.

– Maga eu te apresento o novo rei, Rei Brian.

– Moça você está bem? – diz uma voz calma. – Bem? Ela, vai está bem quando estiver pelada na minha cama! –  agora com tom de voz mais agitado. – eu vou torturar você, e depois vou arrancar seus braços e pernas e jogar para os cães, e pendurar sua cabeça em uma estaca! – diz agora com um tom mais maliciosos e instável.

– Quem é ele demônio? – tuge Riga para Morte.

– O Brian era mais conhecido como Cão do Inferno. – Riga fica surpresa com a resposta.

– Não me diga que ele é o assassino da capital que matou mais de quarenta pessoas em três meses?

– É ele sim. Agora ele é rei, e já que estamos em guerra ele será mais útil no meu lugar. – ele começa a rir. – vamos. – diz ele com um tom de superioridade.

– Mais uma vez desculpe moça. – tenta confortar a maga Brian.

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