Capítulo XXV

2 0 0
                                    


O sol do meio dia batia no Kraken, Sarceu estava no leme, suando feito um porco, Lili ficou ajudando alguns marujos com algumas cordas enroladas, Ashy ficou sentada em cima de um barril e olhando para o mar, e Jason estava do lado do imediato  de Sarceu. O mar era calmo e bonito, quando menos esperavam o sino de alerta toca.

– O que está vendo aí de cima Sr. Topson? – diz Sarceu.

– Capitão um navio pirata vindo em nossa direção! Ele é da frota dos Ratos do Deserto! – responde o marujo.

– Merda! Homens postos de batalha!

– Capitão! Onde é  o lugar mais seguro da fragata? – pergunta Jason.

– Não  há garoto! Mas a área mais provável  que alguém sobreviva é o deque inferior. Mas se for pra lá deixa que eu te mato aqui mesmo.

– Ótimo,  Ashy leve a Lili para baixo agora! Capitão  hoje minha espada será sua!

– Vamos ver se você honra o que tem nos meio das pernas! – ele começa a rir alto.

– Capitão estão a estibordo senhor! – grita Topison.

Ashy leva Lili para o deque inferior e ordena que ela fique abaixada. Assim que ela ia subir ve Jason descendo, e indo para o quarto, ela o segue assim que ele entra, não perde tempo e pega seu arco e flecha, suas pistolas e mais algumas facas, quando ia sair se assusta com Ashy na porta.

– Ashy fique com a Lili.

– Não, eu vou ajudar.

– Você não va... – ele vê em seu rosto que estava decidida. – já que não vou te fazer mudar de ideia vamos.

Não demorou  muito até os dois barcos começarem a batalha, o Kraken e o navio pirata estavam um do lado do outro, balas de canhões eram disparadas ao todo vapor, os dois navios estavam sendo invadidos, Jason com sua espada matava os piratas que o atacavam, Ashy por sua vez com seu laço fazia cortes profundos nos seus alvos, os tiros, os gritos, o aço contra aço  era algo que dava medo para Lili,  pois ela nunca estivera tão perto de  uma batalha. Sarceu pega sua espada e corta as costas de um pirata que atacava seu imediato.

– Sr. Henry, hoje não será a sua morte. –  encoraja o seu imediato. – vamos mostre a esse ratos quem são os marujos aqui!

Jason enfia sua espada no peito do seu inimigo, mas quando ia tirar ela, um pirata saltou nele o derrubando,  o homem pega uma faca, se prepara para cravar ela no peito de Jason,  o mesmo que tenta se defender segurando o braço do pirata, mas a posição era desfavorável para Jason que começa  a perder o embate pela sua vida, um laço se enrola no pescoço do pirata, Ashy  então puxa tirando o inimigo encima de Jason, que aproveita e pega um das suas facas e crava ela no peito dele.

– Tudo bem Jason?

– Melhor agora, obrigado.

– Vamos ainda tem muita luta pela frente.

Em pouco tempo a batalha estava ocorrendo  nos dois navios, Sarceu com sua espada arranca a cabeça  de um pirata,  Henry dispara com suas duas pistolas, a luta se mantinha equilibrada, Ashy por um momento olha para navio inimigo, vê um barril de pólvora no navio pirata.

– Jason olha! – ela aponta para a direção  do barril.

– Tá me zoando né?

– Não.

– Não, tenho uma visão clara do alvo, além do mais eu teria muitos inimigos no outro navio até chegar lá.

– Eu tive uma ideia, mas deve confiar em mim. – ela ativa um círculo mágico avermelhado e o lança  perto da ponta do navio, ele para e fica ali sobre o ar. – vai pula nele, eu vou criando mais até você chegar no outro  navio!

– É  uma idéia  insana!

– Eu falei que eu tinha uma idéia,  mas não falei que era boa.

– Ótimo. – Jason pega sua arma. – eu não sou  muito bom com essa pistola ainda, é  tudo ou nada.

– Você consegue. Se não conseguir  foi bom conhecer  você.

Sem perder tempo Jason  parte para cima, assim que ele pisa no primeiro  círculo  Ashy consegue criar o do próximo  passo dele, assim consecutivamente, ele não perde tempo e mira no barril e então  dispara, o tiro acerta em cheio causando uma enorme explosão, destruindo o deque inteiro. E Jason é jogado para longe, a fumaça  toma conta do navio pirata, Jason pega sua pistola mas parece que estava danificada, suas flechas estavam espalhadas pelo chão, um homem aparece no meio da fumaça, e vai em direção  de Jason, que pega sua outra arma mas o disparo falha, o homem mau encarado pega sua espada, Jason sabia que no corpo a corpo não  seria uma boa opção, sua única opção  era o arco e flecha,  mas da posição que se encontrava seria impossível  se levantar e disparar com seu arco, não daria tempo.

– Tomara de que certo. – deseja Jason, que pega uma das flechas no chão,  e tira o arco das costas, usa a perna para impulsionar  a corda, através  da parte de madeira e com a mesma mão que está a flecha, segura  a corda ele mira e então dispara, a flecha acerta em cheio o peito do homem  que cai no chão sem reação. – puta merda, essa foi por pouco.

Jason se levanta e coloca seu arco de volta nas costas, logo os piratas são rendidos, e colocados de joelhos.

– Então Jason você que nos deu a vitoria, explodindo aquele barril  de pólvora, decida  se os matamos ou deixamos vivos? – diz Sarceu.

– Ashy me ajudou, os créditos são dela, já que a mesma teve a ideia da pólvora. Mas eu não  sou o capitão, então  decida você Sarceu. – Jason sobe no Kraken, quando Ashy se aproxima dele.

– Essa batalha foi um pouco intensa  né?

– Sim. Acho melhor você ver a Lili.

– Já estava indo ver ela. – quando Ashy termina de descer os degraus, que leva ao deque inferior, ela escuta disparos, ela se assusta mas é  só momentâneo, Lili  estava no mesmo canto com um escudo,  em formato de cúpula, que pussuia tom de azulado que  a mesma criou. – Lili?

– Ashy! – nesse momento o escudo se desfaz. – eu estava com medo.

– Vem aqui. – Lili pula nos braços de Ashy que a abraça . – agora esta tudo bem.

O restante do dia foi calmo, mas por conta da batalha o navio teria que atracar, no Porto de Billwallen, e os três teriam que seguir a pé  até o Reino da Areia. Já estava a noite quando Ashy e Lili estavam na proa olhando para o céu  limpo e cheio  de estrelas. Jason estava somente  observando  as duas de longe, em pouco tempo o mar toma um brilho azul esverdeado, os três olham e se surpreendem com a vista vinda do fundo do mar, era um esqueleto colossal, de uma espécie de gigante humano, mas possuía uma cauda, seus osso possuíam marcas antigas que brilhavam tanto, que dava pra ver o esqueleto no fundo do mar claramente.

– Gostaram da vista criança? Isso é um puta esqueleto não acham? – diz Sarceu.

– O que era isso? - pergunta Lili.

– Como que eu vou saber. Isso está aí a no mínimo há milênios.

– Cada vez que eu exploro e viajo mais nesse mundo, cada dia me surpreendo como eu era leiga. – reflete Ashy.

– Esse mundo tem muitas coisas que nem imaginamos. – pensa Jason. – Será que quando  tudo isso acabar, a Ashy terá algum tempo livre, acho que vou chamar ela para sair. Mas até lá ainda tem muito chão.

Luz e SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora