Capítulo XXVI

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O Kraken já estava perto do Porto Billwallen, ele ficava perto de uma área rochosa, as pedras da aquela região já tinham tom desértico. A vila que o porto fazia parte não era muito grande, as pessoas viviam ali na base do comércio e da pesca, o porto não era de longe um dos melhores, mas servia. Sarceu avisa a tripulação  que logo iriam atracar, Ashy e Jason já estavam prontos para descer, mas esperavam a Lili terminar de se arrumar para subirem até o deque principal. A manhã estava agradável, o céu limpo com um Sol morno e gaivotas por todos os lados, assim que o navio atraca no porto, Sarceu chama os três para dar um conselho.

– Escutem, principalmente a nanica aí, a viagem de navio até o Reino da Areia levaria mais um dia, mas como perceberam que não será possível continuar por barco, já que estão  com pressa , não vou fazer que fiquem aqui e esperar o conserto, mas ainda vou cobrar com um pequeno desconto.

– Da pra ir logo não temos tempo. – interrompe Jason já impaciente.

– Jason! Mais respeito! – adverte Ashy.

– Rapaz impaciente, bem ele tem razão, eu me alonguei demais, quando saírem da vila, sigam a estrada principal e depois peguem o caminho  das montanhas, isso reduz o tempo de viajem em umas cinco horas, mas tomem cuidado o caminho não é um dos mais seguros,  já que passa dentro de uma fenda, deve ter bandidos ou monstros lá  já que ninguém retornou. Mas são só boatos, com o caminho que eu indiquei reduz sua viagem para um dia.

– Bem isso não é problema para nós. – diz Lili.

– Pra alguém do seu tamanho, seu ego está nas alturas. – rebate Sarceu.

– Bem agradeço, nos vemos no Reino da Areia. – se despede Ashy.

Então  os três  seguem seu caminho, Ashy estava guiando o grupo, no meio Lili não calava a boca, já que era tudo novo para ela, e Jason cuidava da retaguarda, com o passar do dia o Sol ficava cada vez mais quente, dificultando  ainda mais a viajem, já era por volta das duas da tarde quando chegam a bifurcação.

– Bem eu sugiro seguir a rota mais segura. – opina Jason.

– Está com medinho? – diz Lili.

– O pirralha, olha o seu tamanho, se um monstro aparecer ele te engole com uma mordida.

– E se um monstro te comer, e capaz de te cuspir, afinal até eles tem bom gosto! – rebate Lili.

– Chega os dois! – usando um tom mais autoritário Ashy. – vamos pelo caminho mais curto não temos tempo.

– Mas se a gnomo morrer, você se entende com seu pai!

  Com a rota decidida os três continuam a viagem, chegando perto das montanhas o caminho começa a ficar mais íngreme e perigoso, a estrada era toda irregular percorria uma beira da montanha de pura pedra, a altura já era muito grande, então os três tomavam muito cuidado na onde pisam, o Sol já começava a ir embora quando chegam até a fenda, Ashy fecha a mão,  e em alguns segundos ela abre a mesma saindo três esferas pequenas de pura luz.

– Isso deve servi para iluminar o caminho.

– Quem diria, você  tem algumas cartas na manga Ashy. – elogia Jason.

  Com o caminho iluminando,  eles conseguem caminhar com segurança, desviando de relevos e buracos, mas não demora até chegarem ao primeiro corpo, os três se assustam com o achado, fazendo  sua viagem se tornar tensa. Lili se aproxima do corpo e se abaixa.

Visão Fantasma. – as íris  da garota de castanhas ficaram brancas.
– Que habilidade é  essa? – pergunta Jason.

– Bem, minha família por parte de mãe  possui esse olhos, mas não é todos que despertam, eu sou um desses casos. – responde Ashy.

– É o que eles fazem?

– Bem a Visão  Fantasma, serve para seguir rastros, ver coisas que os nossos olhos normais não enxergam.

– Fiquem quietos. – diz Lili, interrompendo a conversa dos dois, ela observa o corpo, e percebe  que várias cortes profundos pelo corpo, ela olha em volta e nota alguns rastros. – bem, ele foi morto a algumas horas, foi esfaqueado algumas vezes no tórax,  mas ele não morreu aqui, ele foi arrastado para cá, o rastro vem da mesma direção que estamos indo.

– Você não está com medo? – pergunta Jason, se recordando quando eles se encontraram com Lili, após o ataque pirata.

– Bem, estou mas não posso ser um peso morto.

– Bom argumento. – assim que termina de falar, Jason desembanha sua espada. – vamos, Jason vá na frente, a Lili com sua visão no meio, e eu fico atrás.

– Se a chefia tá dizendo,  quem sou eu pra discordar. – brinca Jason.

Em formação  os três seguem com maior cautela  possível,  a Lua já estava quase no auge da noite, quando os três  conseguem ver o fim da fenda.

– Só mais um pouco meni...

  Jason leva um soco no rosto vindo da sua esquerda, sem tempo de reposta Ashy tem seus dois braços segurados por dois brutamontes, e Lili  é segurada pelo cabelo por um homem grande.

– Veja o que encontramos! Jason Grinfor, você é bastante famoso. – diz o homem apontando uma arma na cabeça dele.

– Quem é você?

– Olha, eu sou Bill,  apenas um membro dos Ratos do Deserto, acha que esquecemos que você matou nossos parceiros na Cidade das Engrenagens?

– Puta merda.

No meio do Mar do Polvo, começa  um grande tremor, no meio das rochas no fundo do mar, se levanta uma estrutura cilíndrica feita de pedra, havia corais e musgo na estrutura, assim que para de se levantar, os tremores começam a ficar cada vez mais fortes, indo deste aquele ponto até  a terra firme, os tremores chegam a onde Jason estava encurralado, a fenda começa a desmoronar,  uma pedra cai em cima da cabeça do brutamonte que segurava o braço esquerdo de Ashy, que aproveita e soca na cara o outro que a solta, Bill se distrai com Ashy, e Jason pega a sua arma e dispara, o tiro acerta o peito do homem, Ashy pega seu laço  e ataca o homem que a segurava, o golpe acerta o olho esquerdo dele o ferindo seriamente, Jason aponta a arma para o homem que segurava Lili,  que a solta imediatamente.

– Vão  embora! – ordena Ashy.

Os dois últimos  vêem a desvantagem,  e aproveitam queaks algumas pedras caem para escaparem, e direção oposta deles, Ashy e os outros correm para o fim da fenda, assim que a cruzam se deparam com uma paisagem belíssima, em meio a areia havia a capital do Reino da Areia, ela ficava na costa e era muito maior que a capital do reino  deles. 

– Vocês estão bem? – pergunta Jason.

– Sim, cara esse bandidos são como aqueles dois nos disseram. – responde Ashy.

– Depois disso merecemos um descanso não acham? – sugere  Lili.

– Sim eu concordo. – apoia Ashy.

Os três acham uma pequena caverna perto da fenda e descansam nela, no meio do mar, a estrutura levanta uma passagem na sua lateral, e de dentro dela saem sereias, possuíam dentes afiados e garras na mão, na manhã seguinte eles continuam sua viagem,  a descida é um pouco complicada até que chegam em uma pequena área plana.

– Falta pouco, já consigo ver a cidade daqui. – fala Ashy.

– Finalmente! – exclama Lili de alívio.

Mas a felicidade deles logo acaba, um rugido monstruoso é solto, era um dragão, suas escamas eram douradas, seu corpo musculoso, suas asas na parte interna das membranas, tinha a cor de vermelho vinho, ele media nove  metros cada, em sua cabeça possuia dois chifres dourados na parte de cima que apontavam para trás, e olhos avermelhados,  pousa diante deles, era uma criatura gigantescae belíssima.

– Puta merda só faltava isso. – diz Jason

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