Luz e Sombra

Capítulo XII

O Norte, o lar das maiores montanhas do reino, os seus picos passavam as nuvens, os trilhos dos carrinhos de mina passavam por fora da montanha, pedras preciosas, ouro e prata eram carregados em montes para fora. Em volta da fortaleza Gárgenn havia uma pequena vila onde viviam anões e humanos, eram bastante movimentado durante o dia, os ferreiros nunca tinham tempo livre, ferro e aço chegavam em pequenas montanhas para cada um. Toda hora saiam no minimo seis carruagens cheias de riquezas ou cheias de armas. E no centro de tudo isso Gárgenn, a fortaleza possuía três torres pequenas e muros baixos, e no centro uma mansão simples sem muito luxo ou coisas parecidas. O portal de Ashy se abriu no portão da fortaleza logo foi recebida por três guardas que a levaram direto para Robert Delufa, ele tinha por volta de trinta anos, sua barba era rasa, seus olhos castanhos e seu tom afrodescendente o deixavam muito atraente, não possuia cabelo mas parecia não o incomodar tal fato. Ele estava sentado em sua cadeira quando Ashy é trazida até ele.

– O quê isso significa? – indaga Robert aos seus guardas.

– Ela estava no portão mi lorde.
– O que quer Friguel!? – seu tom era de raiva quando se dirigiu a Ashy.

– Lorde Robert de Gárgenn, estou aqui para pedir sua ajuda, e a ajuda dos anões.

– Nos deixem sós. – os soldados saem da sala. – vou deixar claro uma coisa, sua família e a minha não se dão bem, então te pergunto, o porque eu ajudaria você?

– Não é para mim! E sim pelo Leste, inimigos invadiram nossas terras e mataram Luffic e Muffar Grinfor! Agora o Rei Orc Durdari está a caminho das três muralhas.

– Então o Muffar se foi? E o seu irmão? – ele abaixa a cabeça por alguns segundos, e contém suas lágrimas  – Paulo! Tyon! – um homem com uma armadura de prata de cabelos ruivos e olhos escuros, e um anão com um pequenho machado nas costas e uma barba media entram na sala. – Paulo.

– Sim meu lorde? – diz o homem.

– Reuna os nossos homens vamos para o Leste imediatamente!.

– Sim. – então Paulo sai da sala imediatamente, sem questionar.

– Tyon. Separe as melhores armas que possuímos.

– O que aconteceu Robert?

– Vamos pagar nossa divida.

– A divida. – Tyon fica quieto por alguns segundos. – os anões iram junto ao Leste.

– Lorde Robert. – interrompe Ashy. – poderia me conceder um guia até a escola Olho de Dragão.

– A escola de bruxas e magos? Eu te levo até lá garota. – se oferece o anão.

– Se isso é tudo lady Ashy gostaria que me deixasse um tempo sozinho. – pede Robert, com uma expressão abatida.

– Claro obrigada por nos ajudar.

Os dois saem da mansão e vão em direção as minas quando Ashy quebra o silêncio.

– O que aconteceu entre os Delufa e os Friguel?

– Puta merda, seu pai não te contou? Bem, a uns vinte anos atrás o pai do Robert o lorde Sully, junto dos anões concertaram o Ether, uma arma tão antiga que levou anos só para entender o básico dela. O Ether é uma arma magica sem igual, ela utiliza a energia solar para carregar seu disparo, realmente quem a criou queria destruir esse mundo. Depois de concertarmos essa arma, Dórfus não gostou da idéia então quis os planos da arma. Ele acreditava que o desequilíbrio de poder, geraria uma guerra civil, mas era só uma desculpa,  então ele moveu seu exército até Gárgenn, nisso o lorde Luffic e Muffar assim que entraram nas terras do Leste o atacaram, assim o impediram de sua ambição, e assim colocando ele no seu lugar. Após isso Dórfus ficou uns meses sem aparecer, até que no dia da Reunião dos Cinco, misteriosamente Sully foi morto, por sombras que logo desaparecerão. Robert acusa até hoje Dórfus da morte do seu pai.