CAPÍTULO TRINTA E DOIS

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Os três adolescentes caíram juntos sob as folhas secas e amarronzadas de uma floresta aparentamente deserta. Aurora levantou-se com pressa e verificou o estado de seu medalhão, aliviando-se pelo objeto estar intacto devido à queda. No ato de se levantar, Aurora empurrou Sirius para cima de Remus e ele soltou um grito de exaltação juntamente à xingamentos contra a sua amiga da Grifinória.

— Eu me sinto no palácio da rainha com essa elegância saindo de sua boca, Sirius. – Aurora reclamou e guardou o medalhão em seu bolso. Ela olhou a sua volta e estranhou o silêncio ensurdecedor da floresta — Estranho.

— Você está me chamando do quê? – Sirius indagou e colocou as mãos em sua cintura.

— Ela não está falando de você, centro das atenções. – Remus riu — O que está estranho?

— Muito silêncio.

— Nós estamos em uma floresta. – Sirius falou em um tom sarcástico — Não me diga que a senhorita sabe-tudo esperava uma festa de boas-vindas.

— Controle o seu amigo ou eu vou quebrar o nariz dele de novo. – Aurora se dirigiu a Remus, e acelerou o seu passo à frente dos garotos distraídos com as folhas secas grudadas em suas roupas — Vamos. O meu irmão está correndo perigo.

Os garotos assentiram à ordem de Aurora e começaram a caminhar em ritmo acelerado. A garota sentiu o suor grudando os cabelos em sua nuca e o seu coração entrou em um ciclo de batimentos extremamente rápidos. Ela parou a sua caminhada e repousou sobre o tronco cortado de uma árvore.

— Aurora. – Remus ajoelhou-se à sua frente. Ele levou um choque térmico ao colocar a sua mão gelada na testa quente de sua namorada — Você está praticamente queimando de febre. Sirius, me ajuda.

— Eu estou legal. – Aurora disse, fazendo pausas na fala por conta de sua respiração.

— Eu não sou nem um médico mas posso afirmar que uma pessoa saudável não estaria do jeito que você está agora, Aurora. – Sirius murmurou.

— O que vamos fazer?

— Nós estamos no meio do mato. Sem nada e ninguém por perto. – o jovem acariciou os seus cabelos sedosos — Eu vou entrar em desespero.

— Não, nós precisamos manter a calma. – Remus alertou e encarou Aurora. Ela transpirava por todas as suas vestes e o seu rosto adquiriu uma palidez acentuada.

Remus alertou a si mesmo sobre os sintomas de sua namorada. Certamente, ele já havia lido os efeitos de uma transformação, que se pareciam com os sinais de sua namorada. O garoto encarou Sirius com um olhar de descrença e deixou o seu melhor amigo com um ar de indagação.

— Eu não acredito.

— Pode me dizer o que está acontecendo para eu também não acreditar? – Sirius perguntou, curioso.

— Diga a verdade, Aurora. – Remus apanhou as mãos gélidas da jovem e desejou que a sua hipótese pudesse estar errada – O que você andou fazendo nos últimos meses?

— Não me diga que você acha que ela está grávida. – Sirius deu um sorriso sarcástico — Pobre Aluado.

— Sirius, cala a boca. – ele se irritou. Aurora forçou uma risada e balançou a sua cabeça em um sinal de negatividade.

A garota de cabelos áureos riu novamente com um pouco de dificuldade devido às suas condições momentâneas. Ela leu a mente de seu namorado e soube sobre a sua dúvida em relação aos sintomas de Aurora, e ele estava certo em pensar que a jovem havia se envolvido com animagia clandestina.

COURAGE - REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora