As folhas alaranjadas das árvores caíam suavemente do lado de fora da janela da casa, enquanto Remus e Hope brincavam sobre o tapete da sala de estar e Aurora lia as notícias do dia no Profeta Diário. O homem colocou as mãos para cobrir o rosto, enquanto Hope se levantou do chão para se esconder em algum lugar da sala de estar.
— Lá vou eu!
— É pra contar até dez, papai! – Hope bateu os pés no chão, dramaticamente.
— Tudo bem. – Remus soltou um suspiro e fechou os olhos novamente — Eu vou achar você de qualquer jeito!
— Não vai não.
Hope soltou uma risada mansa e correu para se esconder atrás de um armário. A mãe da criança se levantou rapidamente do sofá da sala de estar, correndo até o encontro da filha de três anos e pegando-a em seus braços.
— Mamãe, me deixa brincar! – ela se debateu nos braços de Aurora.
— É melhor você se esconder em outro lugar, meu amor. – Aurora cochichou — Aqui tem uma coisa que vai te deixar com medo.
— O que é, mamãe?
— Uma vassoura.
No primeiro aniversário da criança, James Potter havia mandado uma pequena vassoura de presente que levantava apenas sessenta centímetros do chão. O presente era ótimo até o momento em que a vassoura se descontrolou, fazendo com que Hope adquirisse um medo de altura e chorasse ao ver qualquer vassoura em sua frente.
— Joga fora.
Ela olhou para a mãe com uma expressão de súplica e Aurora deu uma risada fraca com a reação de sua filha e depositou um beijo na bochecha de Hope.
— É melhor se esconder ali.
A mulher apontou em direção à uma brecha próxima de uma cortina lilás. Ela colocou Hope no chão e a criança correu entre passos desleixados até o esconderijo secreto. Quando Remus terminou a contagem, ele lançou um olhar de desconfiança para Aurora, de volta ao sofá.
— Você ajudou ela. – Remus cerrou os olhos, enquanto segurava uma risada em seus lábios — Eu também vou querer a sua ajuda na hora de me esconder.
O homem lançou uma piscadela na direção de Aurora e ela o advertiu com um olhar de reprovação.
— Você é péssimo. – Aurora riu — Agora vá procurar a sua filha.
Ele soltou uma risada sarcástica e ouviu um barulho na direção do esconderijo de Hope. A menina juntou as suas pernas para tentar disfarçar, mas Remus a viu e caminhou lentamente até a cortina. Ele deu um sorriso de vitória e puxou o tecido com força para o lado, revelando Hope com as mãos no rosto.
— Eu estou invisível. – ela brincou — Você não pode me ver assim, papai.
— Puxa! – Remus exclamou, entrando na brincadeira ingênua de sua filha — Como a Hope não está aqui, eu acho que posso ficar com o chocolate que comprei só para mim.
— Chocolate? – Hope e Aurora disseram em uníssono.
— Eu quero! – Hope agarrou as pernas do homem — Por favor!
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COURAGE - REMUS LUPIN
FanfictionEm meados da década de 1970, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts se tornou a segunda casa de Aurora Waterhouse, uma nascida-trouxa que tinha sido agraciada por uma habilidade conhecida como legilimência. Pertencente à Grifinória, a bruxa se enq...