Na manhã seguinte, Aurora permanecia desacordada sob os cuidados do elfo doméstico, em uma casa abandonada no campo florido do vilarejo. Na sala de estar do local, encontrava-se Remus com os olhos cansados por conta da preocupação noturna com a namorada e os seus ferimentos.
Remus se sentou à mesa e refletiu sobre a atual situação. Em uma semana, Aurora, Sirius e ele haviam encarado problemas com a Lua Cheia, desentendimentos e Comensais da Morte. Ele colocou as mãos em sua nuca devido à cabeça dolorida, e se surpreendeu com a presença de Sirius ao sair da cozinha, com uma bolsa de gelo em seus machucados faciais.
— Bom dia.
— Está doendo? – Remus perguntou, cortando um próximo clima de silêncio. O garoto assentiu com a cabeça — Eu sinto muito por não ter ficado com vocês.
— Não é para mim que você deve desculpas.
— Eu me sinto um idiota.
— É porque você é um. – Sirius deu de ombros. Ele fez uma careta por conta da ardência do gelo sobre os ferimentos — Que droga.
— Não fique pressionando o machucado ou vai doer mais.
— Para ser sincero, você deveria ter levado esse soco. Eu já levei muitos socos por ser um babaca, e até agora você não levou nenhum. É injusto.
— Você quer mesmo disputar quem é mais babaca justo comigo? – Remus ergueu a sobrancelha direita.
— Um outro dia. – ele se sentou em uma poltrona empoeirada e tossiu brevemente — Hoje não é um bom dia para gracinhas.
— Vemos que vocês acordaram de mau humor.
O irmão de Aurora adentrou a sala de estar com um cobertor em mãos. Ele notou a árdua conversa entre Sirius e Remus, e decidiu interrompê-los.
— A culpa é do Remus.
— Por quê? – Edward indagou — O que ele fez?
— Porque eu estou dizendo que a culpa é dele. – Sirius retrucou e cruzou os braços, nervoso. — Não se intrometa na minha intromissão, ou eu vou falar com a Aurora.
Um profundo silêncio atingiu a casa antiga e os três garotos arrumaram tarefas para fazer como um método de combate ao tédio. Remus e Edward jogavam um snap explosivo encontrado no porão da casa, enquanto Sirius repousava na poltrona com um livro em mãos. No começo de sua leitura, o garoto se lembrou de um aviso para Remus.
— E antes que eu me esqueça, Remus, é melhor preparar os seus ouvidos quando Aurora acordar.
O elfo doméstico apareceu na sala de estar e preocupou Remus, Sirius e Edward por conta de sua expressão neutra no rosto. Após alguns instantes, Minty deu um sorriso e olhou ao lado direito, no qual Aurora aparecera com o rosto pálido e atordoado.
— Aurora! – Sirius exclamou, sorrindo. Ele deslizou da poltrona e foi ao encontro de Aurora. O garoto tentou um abraço mas Minty o impediu por conta dos curativos — Por favor, Minty.
— Tenha cuidado comigo. – Aurora sussurrou e abraçou o melhor amigo.
— Ela está bem? – ele perguntou e Minty afirmou com um gesto com as mãos — Eu espero que a Bellatrix sofra o dobro do que ela fez com você, Aurora.
Aurora deu um sorriso dificultoso para retribuir diante da preocupação de Sirius, e os seus olhos pousaram sobre a imagem de Edward em sua frente. O seu coração se aqueceu ao vê-lo sorrindo e salvo dos Comensais da Morte.
— Eu estive tão preocupada com você. – ela o abraçou com lágrimas escorridas por suas bochechas.
De repente, Aurora notou a presença de Remus e foi ao seu encontro. Ele esperou um cumprimento, mesmo após os desentendimentos na floresta, mas a garota o encarou com um olhar mortal e começou a socar cada centímetro do corpo dele ao seu alcance.
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COURAGE - REMUS LUPIN
FanfictionEm meados da década de 1970, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts se tornou a segunda casa de Aurora Waterhouse, uma nascida-trouxa que tinha sido agraciada por uma habilidade conhecida como legilimência. Pertencente à Grifinória, a bruxa se enq...