CAPÍTULO CINQUENTA E NOVE

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Quinze anos se passaram desde aquele dia dois de maio. Muitas mudanças aconteceram na vida de todos os bruxos e bruxas, principalmente na vida de Aurora. A sua família estava maior, desde então, e os seus netos pareciam crescer mais a cada dia.

Nessa manhã de outono, ela estava caminhando pelas ruas de Londres ao encontro de Hope e George na Estação King's Cross. Era a primeira ida de Fred Weasley II, o filho do meio de Hope e George, para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Como um típico primeiro de setembro para os bruxos londrinos, a estação estava cheia e quando Aurora atravessou a barreira, lembrando-se dos seus momentos de escola, como se tivessem sido há pouco tempo.

— Fred, você quer colocar essa touca? – disse Hope, colocando o acessório na cabeça do filho do meio — Está frio!

— Eu não vou vestir isso.

— Quer parar de ser teimoso? – ela retrucou, olhando o filho de onze anos.

— Eu não sou mais um bebê para ficar usando essas coisas. – ele resmungou — Eu vou ficar feio. Quando as pessoas me virem assim, elas vão rir de mim.

— Você não vai ficar feio porque você é bonito.

— Eu sei, mas não quero correr risco de ficar feio que nem o meu irmão.

— Fred! – Hope exclamou.

— Falei alguma mentira, mamãe? – ele sorriu — Eu sou o filho mais bonito.

— Poderia ser o filho mais obediente se colocar essa touca. – Hope aproveitou a distração do menino e colocou o acessório na cabeça do filho.

— Você não tem nenhum filho obediente, Hope. – George zombou ao lado da esposa — Esqueceu quem é o pai deles?

— Não atiça a fera. – a mulher riu. Ela se virou para Fred e apertou as bochechas do menino — Você está uma graça.

— Uma graça mesmo porque eles vão rir de mim! – Fred revirou os olhos.

As risadas de Caleb Weasley e Amélia Weasley chegaram aos ouvidos de Hope apesar do barulho reinante na estação; seus dois filhos estavam brincando e atrapalhando a passagem de algumas pessoas com os seus carrinhos e malas.

— Posso rir se eles caírem no chão? – Fred riu, olhando a sua mãe.

— Pode. – George cochichou ao menino — Porque eu também vou dar risada.

— Quer levar um beliscão? – Hope provocou, repreendendo a família — Caleb, dá um tempo!

— Eu só estava tentando animar Amélia. Ela ficou triste porque não vai pegar o trem também. – explicou-se o mais velho — Uma pena, Amélia, você ia adorar a escola.

A menina choramingou. O irmão mais velho, no entanto, viu o olhar de reprovação da mãe e se calou com um tanto de medo.

— Só falta um ano, querida — Aurora disse para a neta, abraçando a menina de dez anos.

— Mãe! – Hope sorriu ao vê-la — Não vi você chegando.

— É, vovó, ela estava muito ocupada brigando com o seu neto favorito. — Fred piscou para Aurora e fez a mulher dar risada.

COURAGE - REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora