CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO

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Em um súbito, Aurora viu-se no chão da enfermaria da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, com Remus em seus braços. As suas mãos tremiam e as manchas de sangue ainda estavam frescas para recordar a jovem do desastre ocorrido em Hogsmeade.

A enfermaria correu até o encontro deles após um susto, colocando Remus em uma das macas com a ajuda de Aurora.

— O que aconteceu com ele? – perguntou Madame Pomfrey, exasperada, enquanto abria o seu armário de poções — Hoje não é noite de Lua Cheia.

— Atingiram ele com uma maldição. – disse Aurora, a voz tremendo.

— Uma maldição?

— Uma maldição que pode matar uma pessoa de hemorragia se não for curada rápido. – ela explicou.

Os olhos de Madame Pomfrey se comprimiram em uma expressão desgostosa. Ela examinou os ferimentos de Remus, misturados às cicatrizes ganhas durante as noites de Lua Cheia, e aplicou um líquido cor de púrpura nas mesmas, que fumegava e ardia. Aurora sentiu o coração pesando em seu peito ao ouvir os gemidos de Remus.

— Eu preciso informar ao diretor sobre o caso. – a enfermeira tocou as feridas com a varinha, e Aurora viu os cortes se fecharem instantaneamente.

— Ele vai ficar bem?

— Sim. – Pomfrey afirmou com a cabeça — Não o deixe sair da cama em hipótese alguma! Eu volto em um segundo.

A enfermeira saiu apressada do local, deixando os dois adolescentes na companhia de mais alguns doentes na ala hospitalar.

— Por que as pessoas sempre se machucam quando eu estou por perto? – ela sussurrou, enquanto segurava a mão de Remus.

— Para de se culpar por tudo.

Ela ouviu murmúrios baixos saindo dos lábios do namorado. O garoto forçou os seus olhos para abri-los.

— Eu estou vivo. – disse ele, enquanto procurava se ajeitar na cama. Aurora impediu com a sua mão no peito de Remus — É isso que importa.

— A Madame Pomfrey mandou você não sair da cama. – ela orientou — Fique aí. Quieto.

— Eu preciso parar de obedecer quando você me manda ficar quieto. – Remus riu e tossiu por conta do esforço — Onde estão os outros?

— Eles ficaram lá. – Aurora franziu os lábios — Você estava muito machucado e James me disse para trazer você até a enfermaria. Eu estou preocupada.

Um silêncio se seguiu à conversa dos adolescentes. A garota começou a andar sofregamente de um lado para o outro da ala hospitalar, agoniada com a demora em relação às respostas sobre a batalha no vilarejo bruxo. As horas se passavam e a tensão aumentava constantemente.

— Duas horas e nenhuma notícia! – Aurora exclamou, mordendo o lábio inferior por conta da impaciência.

— Você precisa se acalmar.

— Não me peça para ter calma em uma situação dessas – ela bateu os pés no chão — Eles estão lutando lá sozinhos, eu deveria estar lá com eles para ajudar.

COURAGE - REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora