CAPÍTULO QUARENTA E NOVE

5.9K 639 376
                                    

Sem dúvidas, a época favorita do ano de Aurora sempre foi o Natal. Todos os anos, a mulher adorava ver as decorações, o clima festivo, a família e os amigos reunidos, procurando manter a mente à distância do mundo caótico.

Ainda realizando as missões da Ordem da Fênix, a mulher se encontrava no Largo Grimmauld, número doze, e embora estivesse desconfortável com a residência e o passado que ali morava, ela não poderia ir embora, mesmo que fosse o seu maior desejo no momento.

Todos estavam animados na véspera e passaram a noite pendurando decorações. Uma das pessoas mais bem-humoradas era Sirius, e Aurora e Remus não se lembravam de ter visto o homem assim a não ser na época de escola.

— Esse clima me faz lembrar de associações.

— Associações?

— Sim. – Sirius sorriu — Aurora inventou a associação Caídinhas por Sirius Black e eu inventei a Remus Lupin apaixonado por Aurora Waterhouse, no Natal do quinto ano.

— Por Merlim. – Remus riu, descontroladamente — Eu quero participar da segunda associação.

— Faça a inscrição, amigão. – Sirius piscou — É uma sorte que não esteja lotada como a Caídinhas por Sirius Black.

— Eu fiz biscoitos. – Aurora entrou na sala, deparando-se com Sirius cantalorando e Remus enfeitando uma árvore de Natal conseguida por Mundungo Fletcher, ambos também conversando.

A mulher estava com uma bandeja de biscoitos com gotas de chocolate ao leite nas mãos. Estavam quentes devido à recente preparação.

— Eu espero que não estejam envenenados. – Sirius brincou, fazendo Aurora abafar uma risada. Ele apanhou um biscoito e levou aos lábios para experimentá-lo.

— Se eu quisesse envenenar você, eu já teria feito há muito tempo. – Aurora ironizou — Estão bom?

— Ótimos. – Sirius limpou as mãos nas vestes — Mas eu estou triste e ofendido.

— Perfeitos. – Remus deu um sorriso de orelha a orelha.

— Eu quero mais um pouco.

— Não fiz só para vocês comerem. – ela afastou a bandeja de Sirius. O homem colocou as mãos no peito em um tom de ofensa — Eu vou levar para as crianças.

— E se eu ainda for uma criança? – Sirius cruzou os braços.

— A sua mentalidade é de uma criança. – Remus riu.

— E mesmo que pareça às vezes, você não é mais uma criança. – ela completou a frase do marido.

— Quem precisa de inimigos quando se tem amigos como vocês? – ele revirou os olhos.

Ele voltou a arrumar as decorações natalinas na sala de estar, cantarolando uma outra canção, enquanto Remus acompanhou Aurora até o segundo andar, onde estavam os quartos provisórios das crianças.

— Eu preciso conversar com você sobre a Hope.

— Não me diga que vocês brigaram de novo. – Aurora proclamou.

— Não. – Remus levantou uma sobrancelha. Ele parou a mulher na metade dos degraus da escada — É sobre a escola.

— Você está me deixando preocupada.

— Ontem à noite eu vi ela chorando escondido em um dos quartos. – ele começou a explicar o que estava o aflingindo como figura paterna — Ela não me contou sobre nada, mas eu desconfio de que seja algo com a Alta Inquisidora.

— Umbridge? – Aurora apertou os olhos e o rosto pálido ficou em um tom vermelho. Ela rangeu os dentes, irritada.

— Sim.

COURAGE - REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora