CAPÍTULO QUARENTA E DOIS

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Edward andava sem rumo pelos corredores da escola após a aula de Poções, buscando algo divertido para fazer no fim da manhã. Ele atravessou as escadas até o sétimo andar e encontrou Sirius com a varinha em mãos e um pergaminho dobrado ao meio.

— Oi, Sirius! – o menino cumprimentou-o com um sorriso ingênuo no rosto — O que está fazendo com essa coisa?

— Não é qualquer coisa. – Sirius acenou com a mão para indicar a aproximação de Edward — É um mapa.

O menino de doze anos analisou atentamente os detalhes do pergaminho na mão de Sirius, reparando em um emaranhado de fios vermelhos que representavam o castelo. Uma etiqueta no mapa com o nome Catherine Deshayes o interessou sobre as propriedades mágicas.

— Esse mapa mostra tudo?

— Tudo. – Sirius sorriu — Todo mundo. Onde estão. O que estão fazendo. Mostra tudo desde que esteja dentro das imediações do castelo.

— Onde arranjou isso? – Ed perguntou, curioso.

— Essa é uma informação privilegiada demais para você. – Sirius voltou a atenção ao mapa e o menino soltou um longo suspiro — Filch está vindo na nossa direção. Malfeito feito.

Os escritos no mapa desmancharam-se com o soar das palavras de Sirius, deixando Edward cada vez mais confuso e intrigado com o artefato mágico. A mente do estudante ainda vagava sobre o mapa quando ele ouviu um som conhecido, os passos arrastados do zelador Filch.

— Sirius Black. – ele disse, com uma expressão carrancuda no rosto. Sirius escondeu o pergaminho atrás do corpo — Veja se não é o senhor perambulando pelos corredores mais uma vez.

— Só estava andando. – Sirius assobiou e continuou a caminhar de volta às escadas.

— Mostre as mãos.

Filch parou a sua caminhada. O corpo de Sirius gelou ao pensar na reação dos Marotos quando soubessem que o mapa estava prestes a ser confiscado, justo pelo zelador. O jovem deu um sorriso amarelado e ergueu o pergaminho em direção ao homem.

— O que é isso? – Filch interrogou-o.

— Um pergaminho. – Sirius deu de ombros — Não me diga que você é cego.

— Detenção! – ele ordenou e Sirius fechou os olhos com a exclamação. Os olhos de Filch pousaram em Edward, fazendo-no estremecer — Muito suspeito. Você irá para a detenção com ele.

— Eu não fiz nada! – Edward protestou.

— Está negando os fatos. – Filch interrompeu o menino — Venham comigo antes que eu arraste vocês pelo chão desses corredores.

— A gente vai cumprir detenção com quem? – Sirius provocou o homem — Só essa semana já foi com a Madame Pince, Madame Sprout, McGonagall e Flitwick. Vamos ver como será a minha sexta-feira.

— Vou levá-los ao Slughorn, e se reclamar, eu vou cuidar do seu castigo. – o velho riu, desdenhoso.

— Não sei quem eu detesto mais. – Sirius cochichou e revirou os olhos.

Com o zelador de Hogwarts fixando os olhos arregalados em seus rostos, Sirius e Edward chegaram às masmorras. Filch guiou os alunos até o encontro de Horácio Slughorn na sala de aula de Poções, ele e mais alguns alunos sentados ao lado de caldeirões faziam anotações.

COURAGE - REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora