Capítulo 14- Frieza

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"O amor é como uma lâmina afiada, quanto mais se agarra a ela, mais profunda e dolorosa é a ferida."
- Jardim de Meteoros

Narração Luan*

De joelhos em frente ao altar eu rezava pela alma do meu pai e para ter conforto mas eu não conseguia, só havia uma pessoa que seria capaz de me oferecer algum conforto.

- Já soube Luan?

Me levanto e me viro, minha mãe estava ali, sorrindo.

- Como você pode estar bem com a morte dos outros?

Ela sorri ainda mais.

- Seu pai nunca prestou meu filho, ele era sonhador demais e eu sou pé no chão, fora que era mulherengo e sempre me traia.

Ela estava falando mal de alguém que realmente não estava ali para se defender.

- E isso é motivo para sorrir com a morte alheia?

Ela revira os olhos.

- Cadê a demônia que te tenta? Vim busca lá.

Sim, ela estava se referindo a Valéria.

- Valéria não é um demônia mãe, e ela não está mais aqui, foi embora hoje cedo.

Ela sorri ainda mais como se tivesse acabado de ganhar na loteria.

- Então nos livramos de dois coelhos numa cajadada só.

Eu tinha que ter paciência, mas ela não ajudava.

- Mãe por favor, quero ficar sozinho. - Afirmo já cansado.

- Tudo bem então, - Ela se aproxima e me dá um beijo na testa, depois sai e eu volto a me ajoelhar com lágrimas, meu pai não era ruim, ele era apenas sonhador, acreditava em seus sonhos e que um dia poderia ser um cantor mas minha mãe nunca o apoiou e então ele se separou e meses depois achou alguém, por isso ela o chamou de galinha mas ele não era.

- Padre..

Maria chama e eu seco os olhos antes de olhá lá.

- Eu só queria não ter essa vida Maria, ser qualquer outra pessoa no mundo, qualquer uma, menos eu.

Padre SantanaOnde histórias criam vida. Descubra agora