Capítulo 08- Não me deixe

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"Só estou fazendo o que você fez comigo, não se assuste se doer, machuca, eu sei, mas não mata.'

Narração Valéria*

Depois daquela conversa Maria nos trás nosso jantar, conversamos sobre outras coisas mas Padre Augusto me olhava a todo momento como se eu fosse uma criminosa.

Depois do Jantar ele vai embora e eu fico ali a espera de Luan que aparece alguns minutos depois.

- Eu preciso falar com você. - Afirmo

- O que foi? - Ah, sua voz..

- Eu acho melhor eu ir embora.. - Eu não sabia para onde eu iria.

- Você quer ir? - Ele se aproxima.

- Não, mas eu devo. Padre Augusto falou comigo e insinuou que algo anda acontecendo e eu não quero que pensem mal do Senhor que é tão bom comigo. - Baixo a cabeça.

- Insinuou o quê exatamente? - Se aproxima mais.

- Que temos sentimentos um pelo outro e que era errado, que o senhor não era um homem comum, não quero que pensem isso. - Afirmo

- Ele mentiu? - Tão próximo.

- O quê? - Mal conseguia raciocinar com ele tão perto.

- Não sentimos coisas um pelo outro? Porque eu não sei se você mas eu não consigo mais mentir ou fingir que não sinto.

Meu coração dispara.

- É errado. - Tento raciocinar.

- Por favor não vá, não me deixe. Quer mesmo ficar longe de mim? - Seus olhos era de súplicas.

- Não, eu não quero mas..

Paro de falar e observo o homem parado ali diante de mim, porque era isso que ele era não? Antes de ser padre, um homem.

- Se eu estiver condenada por amar você, que seja. - Afirmo juntando nossos corpos e colando meus lábios nos dele em um beijo cheio de necessidade.

Sua mão me puxa e me aperta mais contra seu corpo, seus lábios eram doces.

- Seja minha.. - Pede entre o beijo.

- Sou sua desde que te vi pela primeira vez. - Respondo, porque não parava de pensar nele desde o primeiro momento.

Padre SantanaOnde histórias criam vida. Descubra agora