Uma gargalhada sonora escapa dos lábios de Betty quando Jughead grunhe em frustração ao ouvir o choro de Evie ecoar do quarto ao lado. Ela se levantou do colo do noivo e vestiu o robe que ele havia acabado de jogar no chão e seguiu para o quarto para checar a filha.
Hoje era o dia do fim do resguardo de Betty, e Jughead estava enlouquecendo depois de ficar dois meses inteiros sem sexo propriamente dito.
Dez minutos mais tarde, Betty escorou-se no batente da porta e observou Jughead escorado no parapeito da varanda, observando a movimentada madrugada de Nova York. Ela se aproximou dele lentamente, e envolveu-o com os braços pela cintura.
- Ela já voltou a dormir. - sussurrou, depositando um beijo no ombro de Jughead.
- Isso é a coisa mais sexy que você me disse em vinte e quatro horas. - brincou ele, arrancando uma risada sonora de Betty.
Jughead colocou-se de frente para sua nova e a suspendeu pela cintura. No mesmo instante, Betty prendeu as pernas em seu quadril e envolveu seu pescoço com os braços, dando-lhe um selinho suave nos lábios.
- Nunca pensei que sentiria tanto sua falta com você dormindo ao meu lado todos os dias. - murmurou o moreno entre o beijo.
Ele caminhou com Betty em seus braços de volta para o quarto e jogou-a na cama, fazendo com que o robe abrisse e deixasse exposto o corpo da loira coberto apenas por uma pequena lingerie de renda.
- Você está ainda mais gostosa. - ditou ele entre dentes, antes de avançar nos lábios de Betty, tomando-os em um beijo quente e profundo.
Ela o arranhava nas costas com as unhas, enquanto seus pés empurravam com dificuldade a cueca de Jughead para baixo. Betty gemeu quando a língua quente de Jughead rodeou seu mamilo sensível e depois voltou para o meio de seus seios.
Ele corria os dedos pelo corpo dela como se quisesse gravar cada pequena curva e sinal de nascença. As mãos firmes apertando-a deixava claro que ela pertencia inteiramente a ele e a mais ninguém.
O casal vivia numa saudade constante graças ao tempo extremamente curto. Eles precisavam cuidar de Evie, estudar, trabalhar e manter a casa em ordem, e isso acabava diminuindo o tempo dos dois juntos.
- Jug... - Betty balbuciou em um gemido entrecortado quando Jughead encaixou-se em sua entrada.
- Porra.
Ele grunhiu tomando a cabeça para frente e afundando o rosto no pescoço de Betty quando conseguiu colocar-se por inteiro dentro dela.
Logo o barulho de corpos se chocando tomou conta do quarto.
Os dois se movimentavam como se a vida deles dependesse daquela transa.
Betty agarrava o cabelo de Jughead e arranhava suas costas enquanto gemia despudoradamente seu nome. Enquanto ele a penetrava com tamanha intensidade, que se a cama estivesse encostada na parede, a essa altura estaria causando um enorme estrondo.
Não demorou muito para que os dois gozassem juntos, afinal, estavam sedentos um pelo outro a dois meses.
Jughead colocou-se ao lado de Betty na cama ofegante e puxou-a para o seu peito.
- Não posso nunca mais ficar esse tempo todo sem estar dentro de você ou eu vou enlouquecer. - dita entredentes.
Betty solta um riso nasalado e se aconchega no peito de Jughead, puxando a coberta para cima de seus corpos.
- Não se preocupa, não pretendo ficar de resguardo nem tão cedo outra vez. - ela o beija no maxilar.
- Espero que nunca mais. - murmura Jughead e fecha os olhos.
Betty o encara por alguns segundos, sentindo um pequeno aperto no peito com as palavras de seu noivo.
Se ele esperava que nunca mais, era sinal de que não queria outro filho.
Betty sabia melhor que ninguém que Evie não havia sido planejada, mas o lampejo de dor que passou por seu peito ao imaginar que em algum momento Jughead não quis a filha deles, a fez engolir em seco e forçar-se a dormir.
Na manhã seguinte, como em todas as manhãs, Betty acordou sozinha na imensa cama kingsize. Colocou-se de pé para tomar um banho antes que Evie acordasse, mas parou no caminho quando viu um pequeno bilhete com a letra de Jughead sobre a escrivaninha.
"Vou chegar tarde hoje. Não precisa me esperar para o jantar. Amo vocês duas. Se precisar, me liga."
Betty amassou o papel e respirou fundo.
Jughead não estar em casa para o jantar era uma rotina constante a mais de um mês, e por mais que ela tentasse fingir que não, aquilo a incomodava profundamente.
Talvez, a ideia de família de Betty fosse outra. Talvez ela não tivesse contado com os imprevistos e obrigações da vida adulta.
Ele tinha que trabalhar, tinha que ir para a faculdade. Não podia ficar com ela vinte e quatro horas por dia como ela gostaria.
A ausência de afazeres a fazia sentir-se inútil.
A casa tinha uma empregada e cozinheira, e Evie tinha uma babá. Ambas estavam à disposição de lili seis dias por semana, oito horas por dia. Ela só precisava estudar e manter os empregados em ordem.
Talvez não fosse isso o que ela queria.
Betty nunca sonhou em ser dona de casa, ou apenas mãe. Ela queria conhecer o mundo, fazer parte de uma equipe de jornalismo investigativo. Mas, agora, aqueles sonhos pareciam distantes demais.
_____
Primeiro capítulo da segunda temporada. Espero que gostem. Comentem muito, e não deixem de votar. Lembrem-se do quanto feedback é importante! Até o próximo capítulo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ᴄᴏɴsᴇϙᴜᴇɴᴄᴇs 彡 ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈ
RomanceEra para ser um caso de apenas uma noite, mas tudo muda quando Elizabeth Cooper descobre que está esperando um filho de um cara que ela nem se quer sabe o nome. Mas o destino resolve brincar com a jovem, e o pai da criança que ela espera é transferi...