Era para ser um caso de apenas uma noite, mas tudo muda quando Elizabeth Cooper descobre que está esperando um filho de um cara que ela nem se quer sabe o nome. Mas o destino resolve brincar com a jovem, e o pai da criança que ela espera é transferi...
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Nunca me senti tão patética. Nunca fui a namorada possessiva e ciumenta. Mas ver Jughead todo derretido com a colega de trabalho estava me dando nos nervos, por mais que eu tentasse disfarçar.
Respirei fundo espantando minha irritação quando notei Polly aproximando-se de mim com Evie em seus braços, entretida com a enorme argola na orelha de minha irmã.
- Desembucha. O que está acontecendo? - indagou Polly.
- Eu estou com medo. Talvez frustrada. Um pouco infeliz, e claramente com ciúmes. - confesso em tom baixo suficiente para que apenas minha irmã mais velha escute.
- Quero uma explicação para cada uma das sensações que você acabou de ditar. - Pediu ela.
- A primeira e a última andam um pouco de mãos dadas. - encolho meus ombros e pego minha filha dos braços de Polly, que me dá um abracinho apertado, fazendo meu coração derreter em suas pequenas mãozinhas.
Encaro minha irmã por alguns segundos antes de tomar coragem de falar.
- Sempre imaginei que eu seria a mulher independente de negócios, sabe? A jornalista que saiu de Riverdale e fez a vida no mundo. Basicamente o mesmo tipo de mulher que meu noivo está babando agora.
Meu tom de voz vai diminuindo até que eu me refira a Jughead.
- Eu me sinto frustrada e cansada mesmo sem fazer absolutamente nada. Me sinto sobrecarregada com o mínimo, e aí me sinto culpada por isso. - admito. - Estou com medo de não ser quem eu sempre sonhei, com medo de que o Jughead passe a não me achar boa o suficiente e desista de mim.
- Betty... - Polly sorri com ternura. - Jughead está sendo um imbecil deslumbrado agora com os colegas de trabalho, mas ele ama você. Acho que todos nós aqui temos certeza de que ele jamais trocaria você por ninguém.
Minha irmã me abraça de lado, deixando um beijinho em meu rosto e outro no rosto de Evie que apertou a mãozinha gordinha na bochecha de Polly brevemente.
- E quanto à sua frustração e autopiedade... Acho que seria bom que você começasse a ver um terapeuta. Você passou por coisa demais e está sendo obrigada a crescer rápido demais, minha irmã. Seria bom que tivesse alguma ajuda de um especialista - ela dá de ombros. - e, quanto a você querer ser uma mulher de negócios... O que você acha de estagiar na minha empresa? Preciso de alguém para escrever as colunas da minha página, seria ótimo para nós duas. - oferece animada.
Em outra ocasião eu não aceitaria. Talvez por ser boba o suficiente por acreditar que minha irmã estava fazendo aquilo por pena. Mas, agora, tentando forçar a melhora da minha confiança, aceito a proposta da minha irmã, acreditando que sua oferta é porque ela acredita que sou boa no que faço.
Depois da conversa com Polly, ouvi alguns conselhos de minha mãe e tentei ignorar ao máximo as coisas que estavam me incomodando, como Jughead ignorando minha existência e dando apenas atenção a tal Katherine sem nem ao menos ter me apresentado como sua noiva ou como nada.
