H a r r y (N/A: Chegou o babaca!)
-"Wherever I go... You bring me home."- A plateia ia a loucura ao som de Sweet Creature. Eu amo fazer show aqui em Paris! Os fãs são animados e fazem cada concerto parecer o primeiro. Infelizmente, essa é a penúltima música e neste momento estou bebendo um pouco de água, me preparando para a última música: Medicine.
Eu sei que a música é minha e eu devia ama-la, mas sempre que escuto eu lembro de Isabela. O nosso término não foi culpa minha! Ela se negava a dormir comigo, tinha vezes que não me deixava a tocar, nunca fazia o que eu pedia e comia demais, estava ficando imensa!! Ela não arrumava a casa direito, se arrumava para os outros e postava fotos de lingerie ou de decote nas redes sócias. Eu tentei colocar ela no lugar dela, a forcei a fazer uma dieta mas não adiantou nada, ela continuava feia, gorda e não me obedecia, então a deixei alguns dias tomando apenas uma sopa pela manhã e água. Convenhamos que, ela mereceu aquele chifre... Quando um homem não tem comida em casa, ele procura na rua. Ela deveria ter pensado duas vezes antes de fazer isso. Não me arrependo do que fiz!
Helene sim era a mulher certa pra mim. Eu tinha sexo sempre que quisesse, fazia tudo o que eu pedia. Eu estava no céu com ela, aquela mulher fazia loucuras na cama! Obvio que não era a mesma coisa que Isabela... Mas dava pro gasto.
- "I had a few, got drunk on you and now Im wasted
And when I sleep Im gonna dream of how you [tasted]
If you go out tonight, Im going out cause I know youre persuasive
You got that something, I got me an appetite; now I can taste it
We're getting dizzy, oh, we're getting dizzy, oh
La la la la la
We're getting dizzy, oh, we're getting dizzy, oh..."- Eu cantava animado, de acordo com a música. Olhei para a plateia e todos estavam eufóricos com canção. Várias meninas tentavam me seduzir dançando e mostrando parcialmente os seios. Eu ria daquilo tudo, até que mundo a minha volta parou. Eu a vi ali, Isabela estava ali no meio da multidão. Ela estava coberta de sangue, magra e assustada, olhando em volta como se procurasse alguém. Fiquei paralisado e me perdi da música. Os instrumentos continuaram a todo vapor e as fãs se entreolharam confusas- Alguém a ajude? Ela está sangrando!!- Exclamei voltando a mim- Por favor, alguém socorra ela?- Eu gritava. Alguém da produção me tirou do palco a força, eu simplesmente não conseguia me mover. Os seguranças rondaram a plateia mas não acharam nada de anormal.
Sai do backstage as pressas, peguei meu celular e chaves do carro e arranquei dali. Em alguns minutos já estaria perto da casa de Isabela. Eu preciso me desculpar pelo o que fiz, eu jamais irei me perdoar se algo acontecer. Eu não posso estar maluco, eu a vi! Bem no meio da multidão, sangrando e pedindo ajuda. Eu não consigo tirar essa imagem da minha mente!
[...]
Assim que dobrei a esquina do nosso antigo apartamento, avistei inúmeras pessoas na porta da farmácia, ali haviam também ambulâncias, bombeiros e carros da polícia. Entrei em desespero e desci do carro quase em movimento, assim que me aproximei do estabelecimento, eu pude ver que estava tudo queimado. Olhei para a ambulância à procura de feridos, e Joanna estava sentada com algumas ataduras e um cobertor, aos prantos. Corri em sua direção, e assim que a morena me viu, intensificou seu choro.
-Cadê a Isabela! Onde ela está?- Perguntei um pouco exaltado e a morena me olhou com ódio.
- Isso é sua culpa! Foi você!! Eu te odeio, Harry Styles, eu quero que você queime no fogo do inferno, seu demônio!!!- As pessoas em volta seguraram Joanna, e a colocaram de volta na van.
Ela estava vermelha de tanto ódio, se debatia e gritava olhando para a farmácia. Olhei para a mesma direção que ela, e me faltou ar. Os paramédicos estavam carregando uma maca com algo que parecia um corpo, dentro de um saco prateado fechado. Tudo passava em câmera lenta, eu corria mas parecia não sair do lugar, empurrei um dos paramédicos e abri o saco. O corpo ali dentro estava com uma parte do seu cabelo faltando, com o rosto completamente queimado e coberto de sangue, mas mesmo assim foi fácil reconhecer. Minha menina, o amor da minha vida estava dentro de um saco, completamente sem vida. Minhas pernas falharam e eu cai aos prantos. Senti alguém atrás de mim, era Louis. Ele me levantou e eu me preparei para o abraça-lo, quando ele me acertou um soco no nariz. Caí novamente no chão e ele cuspiu em mim.
-Eu te odeio, seu assassino!- Suas palavras me acertaram como uma bala. Olhei para sua face e vi nojo estampado. Os policias o seguraram e me ergueram novamente, me colocaram encostado na viatura para recuperar a consciência que eu estava prestes a perder. Isso é tudo culpa minha, se eu não tivesse sido um babaca, ela ainda estaria aqui.
Os policiais estavam trazendo Leonel algemado, justamente para a viatura que eu estava. Parei em sua frente e um policial me seguiu.
- Você matou ela! Como pôde? Seu problema era comigo, por quê não eu?- Agarrei em sua camisa e o encarei.- Responde!- Gritei.
- Eu não fiz nada... Você fez.- Ele respondeu sorrindo.
-VOCÊ A MATOU!- exclamei
-Não! Você a matou. Isabela estava com um tumor no fígado e pneumonia, iria morrer de qualquer jeito. Você a matou aos poucos. Ela não comia a dias e a culpa é SUA.- Ele ria. Eu simplesmente não conseguia dizer nada, estava em choque.
-Não, eu não a matei! Você ateou fogo nela! Não ponha a culpa em mim.- Gritei novamente.
-Cara, você estava acabando com a garota. Eu só acelerei o processo, nada demais.
-Não!!! Eu a amava. Nunca faria isso com ela- Ou eu faria?
-Não se preocupe. Eu tenho inveja de você! Conseguiu matar e torturar a Isabela melhor do que eu. Eu só te dei uma ajudinha.- ele piscou- não precisa me agradecer por essa ajuda. E da próxima, mata ela mais rápido, eu tive um trabalhão aqui.- Ele sorriu para mim.— ah, é... Não vai ter próxima vez.
O ódio se apossou do meu corpo, virei para o policial ao meu lado e peguei seu revolver em sua cintura, em frações de segundos, acertei dois tiros na testa daquele filho da puta, que caiu sem vida no chão. Os policias disparavam contra mim, mas eu corria o mais rápido que podia. Me escondi em um beco, me abaixei e esperei que eles passassem. Eu estava ferido, fui baleado de raspão no ombro, estava sem amigos e a mulher da minha vida estava morta. Eu não consigo me perdoar por isso.
Eu devia ter protegido ela, devia ter cuidado dela, devia ter dado mais atenção. Eu sou um idiota, que perdi tudo que eu tinha de importante, eu culpei a única pessoa que não tinha culpa de nada nessa vida. E agora ela está morta, e talvez eu, de alguma forma, também já esteja.
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Medicine || hes
Fanfiction"Eu tomei algumas doses, me embebedei em você e agora estou bêbado. E quando eu dormir vou sonhar com o seu.. gosto." . . . Copyright by Rafaela Moura #concursoglobodeouro