J a l - 2

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- Esse negócio está muito bom. - diz Kat, saboreando o docinho que compramos.

- Não era você que estava de dieta? - pergunto, com as sobrancelhas levantadas.

- Assim como Jesus se sacrificou por nós, eu me sacrifico por esses doces aqui. - sorri a loira, com a boca cheia.

O doce tem um nome estranho, chamado baba au rhum. De acordo com o vendedor da confeitaria, "os baba au rhum são bolinhos regados de xarope de rum, normalmente cobertos com frutas e chantilly".

Os meninos haviam saído em busca de algum restaurante para almoçarmos. Já estava chegando o horário do almoço, e depois de termos tirados várias fotos na Torre Eiffel, ficamos famintos. Enquanto eles procuravam, eu e Kat entramos nessa confeitaria e fizemos amizade com o dono. Isso nos rendeu a esses bolinhos maravilhosos, de graça.

- Talvez eu me arrependa de ter comido eles com fome, mas, é melhor comer todos agora, do que os meninos comerem primeiro. Não sobraria nada. - digo e ela ri.

- Com certeza. Vamos comer logo, antes que eles nos procurem.

Terminamos de comer e agradecemos ao dono da confeitaria, no qual não conseguimos pronunciar o nome. Eu insisti em pagar pelos bolinhos, mas ele não aceitou. Disse que era um presente de boas vindas a Paris.

Saímos do local e voltamos para onde os meninos marcaram de nos encontrar - perto de uma senhora que estava vendendo flores-. Não demorou muito e os quatro apareceram. Estavam todos sorridentes e alegres.

- Por acaso vocês viram um passarinho verde? - pergunto.

- Não. Muito melhor. Vimos um restaurante verde. Com comidas de vários lugares do mundo! - exclama Daniel. - ELES TEM ACARAJÉ! - gritou.

Algumas pessoas nos olharam e todos fuzilaram Daniel com o olhar.

- O que é acarajé? - Seok pergunta.

- É uma comida típica da Bahia, que é o local que eu nasci no Brasil. - explica.

- Quero provar! - eu disse, animada.

- Vem, vamos logo porque já reservamos a nossa mesa. - Justin diz.

Seguimos para o tal restaurante verde. Fomos a pé, e não era longe. Ao dobrarmos duas esquinas, avistamos o restaurante. Ele era verde, com janelas grandes de vidro e algumas mesas do lado de fora. Várias plantas e quadros com frases decoravam o ambiente da frente. Logo acima, estava escrito:

Francis's Restaurant.

"Le restaurant dans le monde."

- Que falta de criatividade para o slogan desse restaurante. - diz Kat, fazendo uma careta.

Rimos e entramos no local. O ambiente era acolhedor e calmo. Não tinha muita gente, e a mesa onde nos sentamos era perto da parede. Tínhamos a vista para a cidade pelas grandes janelas de vidro. Adam sentou ao meu lado. Me senti nervosa. E se ele tentasse algo? Eu estava o evitando a todo o momento, desde que saímos do carro, mas, depois que voltarmos para a Mon'Art, como vai ser?

- Vamos fazer o seguinte. - diz Jacob, atraindo a atenção de todos na mesa. - Como temos um brasileiro e um coreano e uma garota que já morou em vários países, vocês escolherão um prato do país de vocês que mais gostam e nós vamos experimentar. Topam?

- Eu topo! - Katherine fala.

- Eu também. - Adam diz sorrindo.

- Opa, topo sim. - diz Daniel.

O garçom chega e fizemos os nossos pedidos. Cada um pediu um prato diferente do outro. No final, nós iríamos dividir tudo e provar os diferentes sabores.

Be just mine || [PORTUGUÊS-BR] - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora