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Eu estou extremamente feliz em saber que Adam acordou do coma. Mesmo com seus pais proibindo-me de o ver, eu tive ajuda do médico que sempre me dava notícias de seu estado.

Depois da formatura e de toda aquela tragédia, eu fui parar na delegacia para dar testemunho do ocorrido. Jessyca está em prisão domiciliar. Estamos esperando Adam se recuperar para que ele possa depor no tribunal, e eu como testemunha. Os policiais ainda não sabem de onde Jessyca tirou aquela arma, já que seus pais não tem nenhuma no nome deles e os mesmos negaram qualquer envolvimento com o ocorrido.

Eu ainda não voltei para os Estados Unidos, pois há muita coisa a se resolver aqui na França. Meus pais estão comigo e estamos hospedados em um hotel. Mesmo com todo esse alvoroço, dois dias depois, várias propostas de trabalho me foram feitas: ser capa de revista, patrocinar maquiagens e roupas, fazer comerciais, tirar fotos e tocar em eventos. Ainda não confirmei nada, pois a minha prioridade agora é o Adam e minha família.

- Filha, no que está pensando? - meu pai me tira de meus pensamentos.

- Em como minha vida mudou em poucos dias. - sorrio fraco. - É tanta coisa, que ainda não me acostumei. - rio.

Eu havia acabado de chegar do hospital, depois de ter passado horas com Adam. Agora estou no hotel. Mamãe levou Noah para brincar no parquinho e Bob está sei lá aonde.

- Você sabe que pode desabafar comigo, né? Se estiver se sentindo muito sobrecarregada, e quiser relaxar um pouco, eu te ajudo a sumir por uns dias. - diz e ri.

- Não, eu dou conta. Eu pedi isso. Não pedi fama, mas eu pedi a Mon'Art, e a fama é automaticamente uma consequência disso. Não vou jogar tudo fora a essa altura do campeonato. - digo decidida.

- Essa é a minha garota. - sorri e me abraça. - Mas você precisa de um empresário, assessor, sei lá. Alguém para te ajudar a administrar tudo isso.

Concordo com a cabeça e penso no que ele disse. Logo uma idéia surge em minha mente e eu o olho, sorrindo.

- Quero que seja o meu empresário! - falo, de voz firme.

Ele pisca algumas vezes.

- O que disse?

- Que eu quero que o senhor seja o meu empresário. Você tem faculdade de administração.

Fica pensativo, e eu, impaciente. A quem eu confiaria melhor em deixar meu dinheiro e toda a minha carreira, sem me preocupar em ser traída? Claro que tem que ser o meu pai! Ele gastou tanto comigo em aulas de violino, teatro, dança, música. Chegou a hora de retribuir.

- Por favor, diz que aceita. - imploro, unindo as mãos.

- Tá bom. Eu aceito. - diz por fim, sorrindo.

- Obrigada! - me aproximo e o abraço apertado. - Eu te amo, pai. - fecho os olhos, sorrindo.

- E eu te amo, minha princesa.

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Já está de noite e estamos jantando no restaurante do hotel. Ainda não falei com os meus pais sobre o meu relacionamento com Adam. Na verdade, nem temos um relacionamento, ainda. Ele não fez o pedido.

Termino de comer e pego o meu celular, discando o número de Kat. Me levanto e peço licença, indo para fora do hotel. Vou para a área da piscina e me sento em uma espreguiçadeira, encarando o céu negro com a lua em um formato pela metade. Eu costumava saber todas as fases da lua, minha avó havia me ensinado, mas agora, vejo que não sei mais nada.

- O que aconteceu? - pergunta ela.

- Como você sabe que aconteceu alguma coisa?

- Pelos deuses, Jal. Eu te avisei que estaria nesse momento em um jantar com a família de Jacob.

Be just mine || [PORTUGUÊS-BR] - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora