Be just mine || [PORTUGUÊS-BR] - COMPLETO

A d a m

Eu achava que esse passeio fosse me divertir e fazer com que as coisas entre mim e Jal andassem um pouco, mas parece que me enganei. Maldita hora aquela em que tinha apenas um táxi disponível. Quando ela sentou em meu colo, inocentemente, eu tentei me controlar, mas conforme o carro ia andando e o corpo dela balançando em cima de mim... nossa, aquilo estava me deixando louco. Até que eu fiz o que fiz e falei besteiras. Agora ela estava com raiva de mim.

Jal me evitou quase o passeio inteiro, e na hora do almoço, quando tentei me desculpar, ela foi super grossa e eu fiquei puto da vida por isso. Mas o que eu queria? É claro que ela não gostou daquilo que eu fiz. Aquilo foi quase um assédio sexual. Ela estava vulnerável, em um momento de distração e eu - mesmo sem querer - me aproveitei disso. Agora estou me sentindo um completo merda.

Depois daquilo, preferi me levantar e ir para fora do restaurante tomar um ar e pensar um pouco.

Ah Deus, se você estiver me ouvindo, me dê um sinal. Me ajude. O que eu preciso fazer para concertar as coisas?

Paro em frente a uma lojinha. De acordo com a placa em frente, vendiam perfumes, flores e bijouterias. Por algum motivo, me senti atraído pela pequena loja e entrei na mesma. Era pequeno, mas aconchegante. Fui até a mesinha com algumas flores a venda e fiquei vendo as mesmas. Uma mais linda que a outra. Bem cheirosas e cuidadas. Em cada flor havia uma plaquinha com o seu nome é características das mesmas.

Depois, me virei e fiquei olhando os frascos de perfumes sobre a outra mesa. Uma senhora, que suponho ser a dona da loja, sai debaixo de um balcão. Ela, literalmente sai debaixo dele. Depois, percebo que há uma escada que leva para outro compartimento que suponho ser um depósito.

- Olá, meu jovem. - diz ela, sorridente.

- Olá. - sorrio.

Logo lembrei de minha avó e da enorme saudade que sinto dela e do vovô. Essa senhora se parecia com eles. Sempre com um sorriso no rosto, que ilumina até a alma de quem está na escuridão.

- Você não é daqui, certo? - ela me olha.

- Vim morar aqui recentemente.

- Nossa, que magnífico. Seja bem vindo a Paris. - e me abraça.

Retribuo ao abraço, um pouco surpreso pelo gesto inesperado.

- Você está tão desanimado, querido. Suponho que você não seja assim. - ela me encara e segura as minhas mãos.

Meu Deus, ela é uma feiticeira ou o que?

- Coisas da vida, senhora. - sorrio fraco.

Ela solta as minhas mãos e caminha até a mesa de perfumes, onde pega cada um, como se tivesse escolhendo algum.

- O que eu preciso fazer para melhorar as coisas com uma garota? - pergunto, diretamente.

A senhora então me olha e sorri, devolvendo os perfumes para a mesinha.

- Você a ama?

- O que? - arregalo os olhos.

- Quero saber se você ama essa garota. Se ela te deixou assim, é porque tem um sentimento muito forte aí.

Fico um pouco pensativo. Eu amo Jal? Desde que a vi, senti algo diferente, algo forte. Mas, é amor? Ou será que é uma simples atração?

- Quando você a vê, seu coração acelera? - ela pergunta.

Resolvo ser sincero.

- Sim.

- Suas mãos tremem?