"A Liberdade é uma Perdição"

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Angel

Grudo em seu pescoço sem conseguir me conter. Não sei como, mas o Ryan me tirou da cadeia. Ele conseguiu de alguma forma que retirassem a denuncia sobre mim e fui solta de imediato. Ele e o Dr. Rubens fizeram questão de me darem a noticia juntos, não tão agradável quanto o doutor, mas veio. Também o achei meio desconfortável, não sei se foi por quatro dias atrás quando eu estava na enfermaria e senti seus dedos correndo pelo meu rosto quando abri os olhos, mas enfim! O que importa é que estou livre novamente. Passo pelo portão e olho para o imenso céu azul e brilhante respirando profundamente. Algumas partes do meu corpo ainda doem pelas porradas que levei, mas estou bem melhor.

-Chega de admirar o céu e vamos embora. Temos um vôo preparado.

Olho pra ele sorrindo.

-Estou aproveitando a minha liberdade!

-Aproveite mais quando estivermos em Los Angeles.

-Claro senhor chatonildo que não conhece o termo "Liberdade"

-Ah eu conheço! E conheço tão bem que a dei pra você.

-Vai tacar assim na minha cara? –Falo com beicinho. –Beleza! Vou aceitar porque você me ajudou.

-Na verdade minha doce Angel, não será de graça! Você vai trabalhar assim que chegarmos.

-Eu super topo! –Falo empolgada. –Na onde?!

-Ué para mim com certeza.

Desfaço meu sorriso e quase tenho que pegar meu queixo no chão. Trabalhar para ele é o fim! Pelo menos para mim! Ficar perto dele, tê-lo no mesmo ambiente, sentir esse cheiro amadeirado com capim e limão entorpecente, ver aqueles olhos que gelam meu corpo.....pra merda! Eu posso superar isso.

-Ok. Você quem sabe. -Ando na frente dando de ombros como quem não esta nem ai pra nada, mas por dentro to morta. –Só tenho um problema.

-Mais um?!

Ele pergunta com uma sobrancelha erguida e um sorriso de deboche enquanto entro na parte de trás do carro.

-Não é bem um problema assim. Eu só preciso ficar em Santa Rosa pra pegar a minha moto e algumas coisas minhas que deixei com meu irmão.

-Você tem irmão?

-Kalel e Angelina. Os dois mais novos que eu.

Ryan me observa por um instante antes de soltar uma baforada de ar.

-Então eu espero por você e fretamos a moto. Vai ser melhor do que você correr atrás de passagens agora.

-Eu acho melhor eu ir sozinha. –Fico mexendo nas pontas dos dedos como se estivesse caçando o que fazer enquanto ele me olha com um olhar inquisitivo. –Tudo bem! Mas prometa que não vai entrar lá.

Acabo cedendo.

-Como assim?

-A minha família tem algumas regras e ver você sozinho comigo vai ser....meio...perturbador.

Sua testa vinca como se estivesse intrigado.

-Ta! Então não é só a filha que é maluca, é a família inteira?

Dou um tapa em seu braço no impulso enquanto ele sorri como nunca tinha visto. "Droga!" o sorriso dele é mais lindo ainda do que imaginei. Mordo os lábios e foco no encosto do carro para não correr o risco de falar merda, merda do tipo -nossa como seu sorriso é lindo e eu gamei!- ou -já te contei que você é lindo pra cacete?!- ou aquela malditinha coisa que a gente nunca deve-se dizer -acho que estou apaixonada por você!- Não! isso não se deve dizer, principalmente se o cara for o Ryan. Ele é claramente como a Pepper diz, te leva pra cama e lhe fornece uma noite incrível que provavelmente você não vai esquecer, mas no outro dia ele nem vai lembrar que cor era o seu vestido ou a sua calcinha.

Dedo de Moça "Perigosamente Inocente" •Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora