"Vibrações e Terremotos"

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Desembarcamos em uma cidade próxima e de lá seguimos com o carro até a casa dos meus pais. Coloquei uma musica no rádio para ouvir enquanto olhava para fora do veiculo apreciando as paisagens que toda hora alternam entre si. Minha cabeça ainda está a mil com tudo que se aconteceu nas últimas horas, mas meu coração está para lá de cambalhotas e pulinhos de alegria.

-Comida preferida?

Pergunto rindo com o cotovelo apoiado na janela.

-A eu...amo os bolinhos de chuva do Alfred.

-E salgado?

-A lasanha da sua mãe é maravilhosa! Mas não conte isso a ela porque é muito orgulhosa e vai ficar se achando. –Rimos juntos. –E a sua?

-Sou chocólatra! Então vou amar tudo que tiver chocolate. Amo a lasanha da minha mãe também, mas adoro a comida da Eve e da Biga. Céus! Elas arrasam na cozinha e a Chilli tem sorte de não engordar á toa.

-Sim, isso é verdade! Musica preferida?

-Não acredito que não sabe qual a minha musica preferida?!

Falo como se estivesse ofendida, mas não estou.

-Você é eclética!

-Oh merda! É bem isso! Sou eclética e amo tantas músicas que fica difícil decidir entre uma delas. –Faço beicinho de desanimo falso. –E você?

-Hum...deixe-me ver. –Ryan deixa os olhos quase em uma fenda antes de falar. –Gemidos da Angel!

-O que?!

-Ah seus gemidos são sinfonia amor! Eu amo ouvi-los.

Gargalho cobrindo o rosto com as mãos. Eu não deixei de notar que ele me chamou de "amor".

-Algo que odeia?

Pergunto.

-Aspargos! Odeio aspargos.

-Não perguntei de comida. –Digo rindo. –Tipo, eu odeio julgamentos.

Ele faz uma careta como se estivesse pensando, mas noto a forma como seus dedos apertam com força o volante.

-Eu odeio que toquem em você para te fazerem mal. Odeio que te magoem e odeio quando julgam você nem que seja só com o olhar.

Aqueço-me por inteira e sinto como suas palavras foram verdadeiras.

-Eu odeio mentiras Ryan, por isso demorei tanto para me abrir literalmente para você. –Olho a estrada a minha frente e continuo. –Eu sentia que devia lhe contar a verdade, mas não sabia como fazer sem te afastar.

Ele alcança minha mão em minha perna e entrelaça nossos dedos os levando a boca para dar um beijo terno. Chego suspirar com o gesto.

-Eu tenho um presente para você.

-Pra mim?

Pergunto.

-É! Eu já havia comprado, mas queria que você estivesse bem a vontade para usá-lo.

-Devo me preocupar? –Ele alcança uma sacola pequena de papelão com um lacinho Pink no banco de trás e me entrega. –Hum...vejamos.

Minha nossa! Praticamente congelo ao tirar o objeto de dentro.

-Sabe o que é?

Puxo o ar com força com o negocio na minha mão. Não consigo disfarçar a minha cara de surpresa e espanto.

-Um anel...peniano? –Vinco a testa e então pergunto preocupada. –Porque me daria um anel peniano?

-Para usarmos ué.

Dedo de Moça "Perigosamente Inocente" •Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora