"Excitada de ciumes!"

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Angel

Saio apressada da Mary depois de ficarmos por algumas horas combinando com a Kheyte como ela irá querer o seu aniversario de dezoito anos. Mary é tão doidinha quanto a filha e a nora, adorou a ideia mesmo que todas nós já saibamos que os irmãos mais velhos irão odiar.

-Tchau Cay! –Grito ao passar pelos portões. –Droga!

Digo entrando no carro preto parado em frente.

-Boa noite senhorita.

O motorista todo formal me cumprimenta sem nem me olhar.

-Boa noite. –Fico em silencio enquanto ele dirige pela cidade. –Rhum!

Faço um barulho raspando a garganta.

-Algo lhe incomoda senhorita?

-Ah...qual o seu nome?

-Eric senhorita.

-Prazer Eric! E pode me chamar de Angel.

-O senhor Ocornnel gosta das formalidades profissionais senhorita Angel.

-Mas eu não sou ele e me sinto desconfortável com tudo isso.

Recebo um aceno com um meio sorriso como resposta, pelo menos acho que aquilo foi um sorriso. O restante do trajeto acabamos por fazer em silencio. Meio tapada como sou, nem percebi que desviamos do caminho da minha casa e entramos bem no meio do centro de Los Angeles.

-É-é desculpe perguntar, mas a onde é que estamos indo?

-Para a residência do senhor Ocornnel.

-E porque não posso ficar na minha casa?

Pergunto vincando a minha testa.

-Tenho ordens para levar a senhorita direto para a residência do senhor...

-Ocornnel, já sei!

Suspiro derrotada e o carro entra em um estacionamento subterrâneo e desvia de algumas colunas antes de entrar em uma vaga cercada por paredes de vidros escuros e privativos. Luzes se acendem quando saímos do carro e o Eric começa a caminhar em direção ao elevador. O sigo olhando para todos os lados, isso me parece mais uma armadilha do que uma casa. Tudo muito chique e cheio de cuidados. Ele para na porta e indica para que eu entre vindo em seguida apertando o botão com o número um. Fico meio confusa com a numeração em relação ao tamanho da torre que vi antes de entrarmos no estacionamento. Será que o Ryan moraria no primeiro andar? Mas o elevador demora a chegar ao destino, então com certeza tem algo errado com essas numerações.

Começo a ficar agoniada com os segundos dentro da caixa de metal parecendo horas. Ajeito a jaqueta no meu corpo apertando-a mais e abraço-me, respiro fundo olhando para os espelhos e acabo ajeitando até os cabelos e analisando se eu ainda estou apresentável. Eu não deveria estar agoniada por vê-lo, mas estou! Ryan saiu sem mais nem menos antes do jantar e nem falou nada, mas ok! Finalmente um pequeno apito soa no elevador indicando a chegada ao andar desejado, as portas se abrem e quando penso ser o hall do condomínio, simplesmente dou de cara com uma parede inteiriça de vidro sobre a visão noturna perfeita de Los Angeles e com cortinas ainda abertas, mas que fechadas, cobrem toda a sua extensão.

-Senhorita. –Eric fala e estende o braço rumo à saída para mim. –Tenha uma boa noite.

Saio e me viro de frente para ele com um olhar de socorro! Onde estou? Mas as portas se fecham e sou obrigada a ficar ali. Sem escolha, cruzo os braços e começo a andar pela sala enorme, dois sofás grandes em formato oval estão de frente um paro o outro, poltronas espalhadas junto a eles ambos em uma cor de mistura entre o cinza escuro e o marrom, uma mesa de centro bem diferente com papeis em cima meio bagunçada parece me indicar que ele esteve por aqui trabalhando.

Dedo de Moça "Perigosamente Inocente" •Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora