Dedo de Moça "Perigosamente Inocente" •Vol 2

*Me, you and us!*

Ryan

Alguns anos depois no Chalé...nosso lugar.

Sentei na espreguiçadeira e tentei ler um livro quando na verdade eu estava quase dormindo por trás dos óculos escuros. Ouvi alguns passos atrás de mim e de repente uma sombra cobriu o sol sobre meu rosto. Olhei para cima e vi minha ruiva linda com seu biquíni azul e sua saída de praia aberta mostrando o corpo todo tatuado e maravilhoso que me faz suspirar sempre que o vejo. Parada em minha frente com seus cabelos agora compridos balançando ao vento, ela me olha de ladinho e sorri delicada.

-O que esta lendo querido?

Olho o livro novamente antes de responder.

-Um livro mais filantrópico.

-Huuuum.

Faz um beicinho juntando as mãos de forma nervosa. Suspiro e fecho o livro colocando ao lado. Puxo-a para o meu colo e sorrimos em cumplicidade.

-O que lhe incomoda meu anjo?

Pergunto já lendo suas expressões. Me olha. Sorri. Desvia os olhos para o mar e então toma coragem.

-Você quer ter filhos?

Sua pergunta me pega de surpresa. Depois de um incidente que tivemos, não tocamos mais no assunto. Minha vez de olhar, sorrir e desviar os olhos para as ondas se quebrando na praia.

-Um dia sim. Mas porque a pergunta?

-Nada.

Ela puxa os fios do crochê em sua roupa e por conhecê-la, sei que está pensando em algo.

-Angel... –Os olhos azuis profundos que parecem refletir sua alma, voltam-se para mim e brilham com a luz que nos cerca. –Sabe que pode conversar comigo querida. Sou seu companheiro lembra?

Angel estala os lábios e eu faço círculos na pimenta tatuada em seu ombro. Me ajeito e dou um beijo na tatuagem chamando sua atenção.

-Olha, eu acho que está na hora de Pitéco ganhar um irmãozinho.

-Puta que pariu Angel! Achei que você estava falando de filhos e não do gato demoníaco.

Comento franzindo a testa sem entender a confusão. Minha ruiva gargalha jogando a cabeça para trás e o familiar som de porquinho sai de seus lábios.

-Pitéco é nosso filho também Ryan! E eu sei que aprendeu a gostar dele.

-Até hoje não posso deixar minhas camisas perto dele que surta rasgando tudo. Mas eu gosto do demongato sim.

Admito e ela sorri com carinho antes de mudar de assunto.

-Já arrumei tudo no deck para o jantar em família.

-Porque insistiu em convidá-los? Não é uma data especial hoje, é?

Pergunto.

-Não. Mas não tem que reunir a família somente em uma data especial querido.

-Podíamos ter marcado na Dona Mary e mantido nosso lugar em segredo.

-Nosso lugar não é um segredo porque minhas amigas já sabem. E a propósito, eu queria fazer o jantar! Se fosse na minha sogra, não seria feito por mim.

Dou um tapa em seu traseiro sorrindo. Ela morde os lábios e suspira me presenteando com um belo sorriso. Sai do meu colo e deixa a saída de praia cair aos pés. Vira de costas rindo e faz um coque no alto da cabeça prendendo os cabelos indo rumo ao mar. Sorrio ao ver minha garota. Sou completamente apaixonado por ela e todos os dias acho que a amo cada vez mais. Leio a frase – Não farei nada que você não queira... – descendo em sua coluna. Angel propôs a tatuagem a mim e um pouco relutante, aceitei fazer com ela. Mas diferentemente de sua escolha, eu preferi por a minha na costela – Mas vou te provocar até você querer. – Ela disse que isso nos descreve e mostra um pouco do que vivemos até ficarmos juntos de verdade.