7.

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Arizona Robbins

Depois de desligar o telefone na cara de Callie, eu finalmente consegui dormir. Acordei cedo e tomei um banho bem relaxante pra tirar a pressão daquela conversa da minha cabeça, mas, eu não conseguia mesmo era tirar Callie de minha cabeça. Depois de tanto tempo, ela resolve simplesmente aparecer como s nada tivesse acontecido, e ainda exigir direitos.

Fecho os olhos e aliso minha barriga pensando na merda que eu fiz, falei que o filho era de Eliza sem nem consultar a mesma, ela talvez pudesse ficar furiosa. Mas admito que foi muito prazeroso ouvir o tom decepcionado de Callie.

Eu não quero que ela tenha nenhum elo com meu filho, mesmo sabendo que talvez ele possa nascer com seus traços latinos, ou até mesmo a cara dela, eu quero olhar pra ele e saber que ele não depende do amor dela. Meu filho não pode se decepcionar sendo rejeitado por aquela mulher.

Saio do banho e coloco um roupão, enrolo meu cabelo na toalha e saio em direção a cozinha, estava um cheiro maravilhoso, deduzi que Amélia estivesse fazendo algo gostoso. Quando cheguei na cozinha fiquei surpresa ao ver Eliza fazendo o café da manhã.

Encostei no batente da entrada da cozinha, cruzei os braços e sorri.

Eliza é uma pessoa incrível. Eu queria amar ela, eu gosto dela, gosto muito até, mas eu só amei uma mulher. Infelizmente foi Callie.

"Não sei como vai ser quando esse garoto nascer com a cara da Callie, é impossível você não perceber um Torres, vai tudo por água a baixo."-Pensei isso enquanto alisava minha mediana barriga.

- Arizona? - fui puxada dos meus pensamentos pela voz de Eliza.

- Oi, querida.- sorri.

- Está tudo bem? Estou te chamando há um tempão.

Eliza falou se aproximando e depositando um beijo em meus lábios e um singelo e simples carinho na minha barriga.

- Está, só estou com muita fome.

Ela riu e me levou até a cadeira para que eu pudesse me sentar.

- Como estar nosso menino?

Ela perguntou de forma tão natural enquanto colocava as coisas na mesa, mas meu coração rejeitou tal comentário, ela nunca tinha falado assim.

-  Ele está bem. Como você entrou? - troquei rápido de assunto.

- Amélia estava saindo para trabalhar quando eu cheguei, decidi fazer um café da manhã para minha namorada linda. - eu somente sorri. - E quanto ao nome? Você já pensou? - ela perguntou enquanto nos serviamos de tudo.

- Gosto de Carlos.- sorri.

Só percebi o que tinha falado quando Eliza largou a xícara na mesa.

- Não gosto de Carlos. - ela falou sem me olhar, ela sempre evitava falar de Callie.

Eliza a odiava e eu me sentia mal fazendo ela ter tanto carinho pelo bebê que é dela.

- Por causa de Callie? - ousei perguntar.

- Eu não quero falar sobre isso.

Eu respirei fundo, agora é a hora.

- Não que tenha algo a ver, mas lembra que eu te contei que existe outra mãe do bebê?

Ela me olhou e prestava bastante atenção.

- Eu lembro. O que houve?

- Ela me ligou essa madrugada. Querendo saber se o filho era dela.

A extensão de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora