18.

3.6K 240 59
                                    

Callie Torres

Depois do beijo, eu me afastei lentamente e olhei para Arizona que mantinha os olhos fechados que logo foram se abrindo lentamente.

- Você ainda me beija como antes. - comentei e sorri.

Ela desviou o olhar de mim e mordeu o canto dos lábios.

- Você está certa...- ela falou e respirou fundo.

- Sobre o quê?

Ela me olhou.

- Eu ainda te amo. - eu sorri esperançosa.- eu te perdôo. - meu sorriso aumentou. - mas eu não volto pra você.

Eu revirei os olhos e bufei.

- E por que não? - ela ia falar mas eu interrompi. - Por que eu te machuquei? Por que eu te traí? Eu cresci, Arizona. Eu quero coisas com você, que nunca quis com ninguém. E você nunca vai saber se poderia ter valido a pena se não me der mais uma chance. - segurei na mão dela. - deixa eu te provar que eu mudei, que eu mereço você.

Trocamos olhares por alguns segundos até que ela fechou os olhos, abriu e me encarou.

- Você tem uma chance.- ela sorriu.- Mas, por favor, Calliope, não me machuque.

O meu coração chegou a bater mais forte, chego acreditar que ele errou algumas batidas, uma alegria sem igual tomou conta de mim, meu sorriso era o maior do mundo.

- Eu não vou te machucar, eu prometo.- falei sorrindo e a beijei.

- Que pouca vergonha é essa na minha sala, posso saber?

Ouvimos a voz de Amélia e eu sorri no meio do beijo.

- Arizona voltou pra mim!

- Meu casal! - Carina, que estava com Amélia, comentou feliz.

- Mas já era hora, né? Casalzinho mais complicado...

Amélia comentou rindo vindo até nós e nos abraçou. A mesma disse que só foi em casa buscar um casaco para ir até o parque e que depois dormiria na casa de Carina, se é que aquelas duas vão dormir.

Ao saírem, eu e Arizona continuamos na sala conversando.

- Sua irmã e Carina deram certo, né? - eu comentei.

- São perfeitas uma para outra. Me irritam de uma forma sem igual. - Eu gargalhei da forma dramática de Arizona falar. - Você quer sorvete?

Eu a olhei assustada.

- Arizona, nós comemos sorvete ainda agora.

- Eu quero mais, poxa. - fez manha. - vem comigo.

Saiu me puxando até a cozinha do apartamento. Chegando lá, puxou um pote de sorvete do congelador, abriu e pegou duas colheres e começamos a comer.

- Por que você tá insistindo em nós? - ela perguntou me olhando confusa.

- Porque eu acredito em nós. - falei sujando a ponta do nariz dela de sorvete e ela sorriu.

- Você me ama mesmo? Eu esperei você dizer isso muito tempo.

- Eu te amo, Arizona. Eu só tinha que amadurecer um pouco.

Ela riu, pegou a colher e encheu de sorvete.

- Vamos ter um filho. - riu.

- Vamos ter um filho! - eu ri.

Ela veio colocar a colher na minha boca e sorvete caiu na minha camisa.

- Caralho, tá gelado!!

Arranquei minha camisa e com ela mesma limpei minha barriga, Arizona ria pelas minhas costas, virei de frente e a encarei. Não pude deixar de sorrir ao ver o olhar dela cair sobre meus peitos que estavam tampados só pelo sutiã, coloquei as mãos na cintura.

- A visão está boa? - sorri.

- Ham? - ela olhou pra mim e viu que eu tinha percebido. - Deixa de ser idiota. - revirou os olhos.

Me aproximei dela.

- Eu idiota? - sorri e segurei as mãos dela. - vai dizer que você não estava olhando pra cá. - coloquei as mãos dela nos meus peitos.

Ela engoliu a seco.

- Porra, Calliope. Isso é jogo baixo com meus hormônios.

Sorri sacana e puxei o cabelo dela deixando um beijo cheio de desejo em sua boca. Cheguei até seu ouvido e sussurrei.

- Esse é o meu jogo, baby.

Ela respirou pesado.

- Torres, Torres. Coloca essa camisa, vai.

Eu sorri e coloquei.

- Já que eu vou dormir aqui, posso tomar banho?

Ela me olhou.

- Você vai dormir aqui? - riu.

- Você acha que vou deixar você dormir sozinha? Está enganada.

Ela sorriu.

- Nem me pediu em namoro e já quer deitar na minha cama, é isso mesmo? - ela brincou.

- Você quer que eu mude isso? - perguntei.

- Vamos com calma. E você conhece tudo aqui, tudo ainda fica no mesmo lugar, eu vou buscar uma toalha pra você.

- Está bem.

E assim foi feito, ela me deu a toalha e me emprestou uma calça de moletom e uma blusa regata, eu tomei banho no banheiro do corredor para que ela fizesse o mesmo no banheiro do quarto. Eu só conseguia pensar em como eu sou uma puta mulher de sorte, eu não vou deixar nada, nem absolutamente ninguém estragar essa chance que o destino está me dando com Arizona.

Ao sair do banheiro, vou até o quarto e vejo Arizona completamente linda numa camisola soltinha mas que me dava a bela visão da barriga que carregava meu filho, a extensão de mim, eu olho para ela grávida de mim e me sinto mais sortuda ainda.

- Aonde eu vou dormir? - perguntei inocente.

- Pode ser aqui comigo. - Ela disse e bateu ao seu lado.

Eu deitei e ela apagou a luz do abajur, tudo escuro, e um completo silêncio.

- Callie?

- Oi

- Você pode me abraçar?

Eu não respondi, simplesmente a abracei formando uma belíssima conchinha e ela entrelaçou nossos dedos sobre a barriga aonde sentíamos o bebê mexer. Eu estava em casa, Arizona e o pequeno Carlos são meu lar.

A extensão de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora