Callie Torres
Depois do beijo, eu me afastei lentamente e olhei para Arizona que mantinha os olhos fechados que logo foram se abrindo lentamente.
- Você ainda me beija como antes. - comentei e sorri.
Ela desviou o olhar de mim e mordeu o canto dos lábios.
- Você está certa...- ela falou e respirou fundo.
- Sobre o quê?
Ela me olhou.
- Eu ainda te amo. - eu sorri esperançosa.- eu te perdôo. - meu sorriso aumentou. - mas eu não volto pra você.
Eu revirei os olhos e bufei.
- E por que não? - ela ia falar mas eu interrompi. - Por que eu te machuquei? Por que eu te traí? Eu cresci, Arizona. Eu quero coisas com você, que nunca quis com ninguém. E você nunca vai saber se poderia ter valido a pena se não me der mais uma chance. - segurei na mão dela. - deixa eu te provar que eu mudei, que eu mereço você.
Trocamos olhares por alguns segundos até que ela fechou os olhos, abriu e me encarou.
- Você tem uma chance.- ela sorriu.- Mas, por favor, Calliope, não me machuque.
O meu coração chegou a bater mais forte, chego acreditar que ele errou algumas batidas, uma alegria sem igual tomou conta de mim, meu sorriso era o maior do mundo.
- Eu não vou te machucar, eu prometo.- falei sorrindo e a beijei.
- Que pouca vergonha é essa na minha sala, posso saber?
Ouvimos a voz de Amélia e eu sorri no meio do beijo.
- Arizona voltou pra mim!
- Meu casal! - Carina, que estava com Amélia, comentou feliz.
- Mas já era hora, né? Casalzinho mais complicado...
Amélia comentou rindo vindo até nós e nos abraçou. A mesma disse que só foi em casa buscar um casaco para ir até o parque e que depois dormiria na casa de Carina, se é que aquelas duas vão dormir.
Ao saírem, eu e Arizona continuamos na sala conversando.
- Sua irmã e Carina deram certo, né? - eu comentei.
- São perfeitas uma para outra. Me irritam de uma forma sem igual. - Eu gargalhei da forma dramática de Arizona falar. - Você quer sorvete?
Eu a olhei assustada.
- Arizona, nós comemos sorvete ainda agora.
- Eu quero mais, poxa. - fez manha. - vem comigo.
Saiu me puxando até a cozinha do apartamento. Chegando lá, puxou um pote de sorvete do congelador, abriu e pegou duas colheres e começamos a comer.
- Por que você tá insistindo em nós? - ela perguntou me olhando confusa.
- Porque eu acredito em nós. - falei sujando a ponta do nariz dela de sorvete e ela sorriu.
- Você me ama mesmo? Eu esperei você dizer isso muito tempo.
- Eu te amo, Arizona. Eu só tinha que amadurecer um pouco.
Ela riu, pegou a colher e encheu de sorvete.
- Vamos ter um filho. - riu.
- Vamos ter um filho! - eu ri.
Ela veio colocar a colher na minha boca e sorvete caiu na minha camisa.
- Caralho, tá gelado!!
Arranquei minha camisa e com ela mesma limpei minha barriga, Arizona ria pelas minhas costas, virei de frente e a encarei. Não pude deixar de sorrir ao ver o olhar dela cair sobre meus peitos que estavam tampados só pelo sutiã, coloquei as mãos na cintura.
- A visão está boa? - sorri.
- Ham? - ela olhou pra mim e viu que eu tinha percebido. - Deixa de ser idiota. - revirou os olhos.
Me aproximei dela.
- Eu idiota? - sorri e segurei as mãos dela. - vai dizer que você não estava olhando pra cá. - coloquei as mãos dela nos meus peitos.
Ela engoliu a seco.
- Porra, Calliope. Isso é jogo baixo com meus hormônios.
Sorri sacana e puxei o cabelo dela deixando um beijo cheio de desejo em sua boca. Cheguei até seu ouvido e sussurrei.
- Esse é o meu jogo, baby.
Ela respirou pesado.
- Torres, Torres. Coloca essa camisa, vai.
Eu sorri e coloquei.
- Já que eu vou dormir aqui, posso tomar banho?
Ela me olhou.
- Você vai dormir aqui? - riu.
- Você acha que vou deixar você dormir sozinha? Está enganada.
Ela sorriu.
- Nem me pediu em namoro e já quer deitar na minha cama, é isso mesmo? - ela brincou.
- Você quer que eu mude isso? - perguntei.
- Vamos com calma. E você conhece tudo aqui, tudo ainda fica no mesmo lugar, eu vou buscar uma toalha pra você.
- Está bem.
E assim foi feito, ela me deu a toalha e me emprestou uma calça de moletom e uma blusa regata, eu tomei banho no banheiro do corredor para que ela fizesse o mesmo no banheiro do quarto. Eu só conseguia pensar em como eu sou uma puta mulher de sorte, eu não vou deixar nada, nem absolutamente ninguém estragar essa chance que o destino está me dando com Arizona.
Ao sair do banheiro, vou até o quarto e vejo Arizona completamente linda numa camisola soltinha mas que me dava a bela visão da barriga que carregava meu filho, a extensão de mim, eu olho para ela grávida de mim e me sinto mais sortuda ainda.
- Aonde eu vou dormir? - perguntei inocente.
- Pode ser aqui comigo. - Ela disse e bateu ao seu lado.
Eu deitei e ela apagou a luz do abajur, tudo escuro, e um completo silêncio.
- Callie?
- Oi
- Você pode me abraçar?
Eu não respondi, simplesmente a abracei formando uma belíssima conchinha e ela entrelaçou nossos dedos sobre a barriga aonde sentíamos o bebê mexer. Eu estava em casa, Arizona e o pequeno Carlos são meu lar.
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A extensão de mim
Fanfictiono que fazer quando descobre que depois de 5 meses sua ex aparece grávida em uma rede social e a possibilidade do filho ser seu é gigante? é o que Callie Torres mais se pergunta desde que viu a foto de Arizona em sua rede social Instagram.