13.

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Callie Torres

Eu machuquei Arizona no passado, mas passado passou, já era. Eu errei, a deixei ir embora naquela noite que a contei sobre Penélope, ela merecia ser feliz. Ela fez bem, ela exerceu amor-próprio e se protegeu de mim, eu a machuquei demais e ela reagiu de forma inteligente e saudável, afastando-se de mim. 

Já eu, eu errei, muitas vezes por descuido ou inocência, magoei pessoas que não o mereciam, fiz escolhas que também me fizeram sofrer. Mas, sabe, Não me envergonho por ter falhado, embora mudasse algumas coisas se pudesse voltar ao passado. Mas o que mais me orgulho em dizer, é que removi o que estava errado em mim, meu jeito imaturo e que continuarei lutando por ser alguém melhor nos dias que me restam.

Voltar atrás é uma tarefa difícil, reconhecer os erros é dolorido, mas necessário, mesmo sem merecer a atenção de Ari, estou aqui na frente de seu prédio para assumir que errei muito com ela, só consigo pensar em como fui egoísta, deixei o amor da minha vida ir embora e carregando nosso filho.  Quero recomeçar com Arizona e nada vai me impedir.

Entro no elevador e meu pensamento é somente se por acaso ela escolher Eliza, eu vou ficar desnorteada sem ela. Eu quero uma família, poder cuidar dela e de nosso filho.

As portas do Elevador se abrem e eu caminho até o apartamento daquela loira que reapareceu e mexeu comigo. Quando me aproximo da porta ouço a voz desprezível de Minnick dizendo que Arizona iria se arrepender, me preocupei quando não ouvi uma resposta da loira.

Não pensei duas vezes em chutar a porta e a mesma abriu, a cena que eu vi fez meu sangue borbulhar.

- A única que vai se arrepender aqui é você, Minnick! - Falei com raiva e em dois segundos estava do lado dela e acertei um soco no rosto dela que a fez cair no chão. - Você está bem? - perguntei para Ari que estava vermelha e chorando.

Ela assentiu e eu olhei furiosa pra Eliza.

- Callie, não...- Ari segurou no meu braço quando viu que eu ia acertar outro soco naquela mulher.

Eu me segurei e respirei fundo, Eliza se pôs de pé.

- Vocês vão me pagar por isso. - eu a encarei e ela saiu do apartamento e eu fui atrás e fechei a porta, ou pelo menos o que tinha da porta, eu iria precisar concertar isso.

Voltei para Arizona que chorava e passei a mão pelo rosto dela.

- Ei, está tudo bem. Não chore! - limpei as lágrimas dela.

- Eu tive medo Calliope. - ela se aninhou nos meus braços e eu a abracei como se pudesse protegê-la de todo mal, talvez eu não pudesse mas tentaria com todas minhas forças.

Segurei cada lado do seu rosto e a fiz me encarar.

- Eu estou aqui com você e com o bebê, nada vai acontecer a vocês, eu te prometo. Você pode confiar em mim de novo? - ela desviou o olhar, eu selei nossos lábios num demorado selinho, quando finalizei, ela sorriu e eu olhei dentro dos seus olhos.- Você pode?

- Está bem, Calliope, eu posso. - sorriu.

- Obrigada. - a abracei.

A levei até o quarto, vi se as costas dela estava machucada, ela disse que Eliza a empurrou contra parede, passei uma pomada em seu pescoço e a deixei sozinha para que ela tomasse um banho.

- Arizona, antes de eu te esperar na sala, posso fazer uma pergunta? Na verdade, duas.

- Sim.

- Você terminou com Eliza por mim?

Ela olhou para os dois lados, eu já tive minha resposta mas a deixei mentir..

- Terminei por mim.

Eu sorri de canto.

- Certo. A segunda é, você topa ir até a minha casa? Estive trabalhando em um projeto o dia inteiro, gostaria que você visse.

- Você me chamou para sair para, na verdade, trabalhar?

Eu gargalhei.

- Não, sua boba. É algo que você vai gostar.

Ela me olhou por breves segundos e sorriu.

- Está certo. Eu topo.

- maravilha!

A deixei ir tomar seu banho e passei pelo corredor, quando cheguei na sala dei de cara com uma morena muito brava me encarando.

- Eu posso saber o que houve com a minha porta?

Eu cocei a nuca e sorri.

- Eu vou concertar, Ams.

- Por que você fez isso, Torres?

Amélia cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha, ela me dava medo.

- Não acho que eu deva te contar.

- Eu achei que não devia te contar sobre você ser a mãe do bebê e você me fez abrir a boca, agora conta. Foi algo com Arizona?

Eu respirei fundo e a fiz sentar. Me sentei do lado dela e contei a mesma história que Arizona havia me contado enquanto eu cuidava dela, Amélia ficou em choque porém furiosa.

- Eu vou matar aquela vadia! - Amélia se colocou de pé e já ia em direção a porta -- ou quase porta -- quando ouvimos a voz de Arizona.

- Não vai matar ninguém, vai ficar longe dela o máximo que você puder, avise a Carina também, não quero nenhuma de nós 4 em problemas com ela.

- Irmã. - Amélia correu e a abraçou quase chorando - Me desculpa por não ter estado aqui.

- Tudo bem. - Arizona me olhou. - Callie chegou na hora certeza.

- Obrigada, Callie. - Amélia me abraçou também.

- Só cuido do que é meu. - brinquei e as duas riram.

- Vamos? - Arizona perguntou e eu assenti.

A extensão de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora